quinta-feira, 30 de maio de 2013

Polícia sul-africana ameaçam amotinar


Os Serviços da Polícia sul-africana, incluindo centros de controlo e esquadras, ameaçam paralisar, Quarta-feira, as suas actividades no quadro de uma greve que deverá ser observada por cerca de 50 mil homens.
A mesma foi convocada pelo Sindicato da Polícia e dos Direitos Cívicos das Prisões da África do Sul
A greve vai afectar os serviços de emergência e todas as unidades de prevenção e combate ao crime, cujo pessoal abandonará os seus postos.
Os agentes da lei e ordem também não irão atender casos de crime, nem sequer alguma viatura da corporação estará em circulação.
A causa da greve tem a ver com o incremento salarial e a recusa pela corporação de implementar um acordo sobre gestão policial que, entre outros, preconiza a incorporação do pessoal administrativo.
Uma fonte policial em Pretória, capital sul-africana, disse que a greve será catastrófica para a segurança pública do país.

MDM preocupado com irregularidades que se verificam nos postos de recenseamento eleitorais

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O Movimento Democrático de Moçambique, a nível da cidade de Maputo, convocou a Imprensa na tarde desta quarta-feira para apresentar o balanço dos primeiros dias do recenseamento eleitoral.
No balanço, o MDM diz ter constatado quatro grandes preocupações não só para si, mas para todo o povo moçambicano, nomeadamente a questão do funcionamento dos chamados móbiles, a fiscalização do processo, a composição das comissões distritais de eleições e a publicidade e educação cívica.
Numa conferência de Imprensa, o membro da Comissão Política e chefe da Bancada Parlamentar do MDM na Assembleia da República, Lutero Simango, disse que durante a primeira semana do recenseamento eleitoral, o seu partido constatou, no capítulo do funcionamento dos móbiles, que muitos eleitores não conseguiram recensear devido aos móbiles que não estão a imprimir, situação que está a obrigar a maior parte dos postos de recenseamento a não funcionarem.
Segundo o MDM, as alegações do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) tem sido de que as referências dos tinteiros adquiridos para a substituição não são compatíveis.
Lutero Simango deu a conhecer, por outro lado, que o software dos móbiles está programado para terminar o processo de inscrição e cadastro dos eleitores no dia 23 de Junho e não 25 de Julho como se pretende que dure o recenseamento.

Frelimo com mais fiscais do que previsto na lei

Sobre a fiscalização, Lutero Simango denunciou que o MDM constatou que existem locais onde estão a trabalhar mais de 2 fiscais da Frelimo e a ditarem ordens contrárias à lei eleitoral aos supervisores do STAE.
Na verdade, a lei estabelece que cada partido tenha um membro efectivo e um outro suplente na fiscalização do processo, mas, segundo MDM, a Frelimo tem tido mais elementos, violando deste modo a lei.
Por outro lado, o MDM acusa os directores distritais do STAE, na cidade de Maputo, de darem ordens aos supervisores dos postos de recenseamento para não fornecerem dados de registo diário dos eleitores aos fiscais deste partido, situação que, de acordo com Lutero Simango, tem vindo a dificultar os trabalhos de controlo e fiscalização do recenseamento.

Fabricação de eleitores

Ainda no capítulo da fiscalização, a fonte acrescentou que existem postos de recenseamento onde mais de 69 por cento dos eleitores inscritos num dia usaram testemunhas, pelo que o MDM pensa poderem ser eleitores não elegíveis para recensear naqueles postos, visto que os mesmos faziam fronteira com Marracuene.

Exclusão dos vogais do MDM nas operações

Já sobre a composição das comissões distritais de eleições, Lutero Simango disse a jornalistas que “todos os vogais do MDM nessas comissões foram colocados em outras subcomissões de trabalho diferentes daquela que achamos estratégica e importante para garantir o controlo e a monitoria da organização e operações do processo eleitoral”.
“Os nossos vogais estão a ser colocados nas comissões de finanças e educação cívica, enquanto nós (MDM) não estamos interessados com a gestão de dinheiros”, disse a fonte que estamos a citar.
Em matéria de educação e publicidade, o MDM diz estar preocupado com o facto da publicidade que tem sido veiculada pelo STAE através dos órgãos de comunicação social não esclarecer ao eleitorado que este recenseamento em curso é de raiz e que todos os cidadãos com idade eleitoral devem ir recensear, mesmo aqueles que têm cartão antigo.
“Portanto, o MDM acha que muita gente não está esclarecida sobre o assunto, porque as brigadas de educação cívica também não têm veiculado mensagens esclarecedoras ao eleitorado para todos aderirem ao recenseamento eleitoral promovido pelo STAE”, concluiu Lutero Simango.

Oswaldo Pitersburgo acusado de tratamento desumano e prepotência para com os colegas

Funcionários sem contratos e mais de três meses de atraso salarial

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Caos e má gestão no Conselho Nacional da Juventude (CNJ). Funcionários, alguns desde o inicio do mandato de Pitersburgo, trabalham sem contratos e os salários são pagos de forma irregular e atrasados. Muitos funcionários estão a abandonar a instituição.
O presidente da instituição, simultaneamente membro do Comité Central da Frelimo, Oswaldo Pitersburgo, é acusado de ser desumano, prepotência e falta de sensibilidade em relação aos problemas dos colegas. 
De acordo com o que o Canalmoz apurou,  dos quatro funcionários que trabalham a tempo inteiro, nenhum tem contrato  de trabalho. São eles Dércia Cossa, secretária executiva, Gimo Pernal, Contabilista, Bernardo Matavel, assistente administrativo e um agente de serviço que conseguimos identifica-lo pelo nome único de Muarivai.
 O estafeta trabalha para o CNJ desde a sua criação da organização (há 16 anos), a secretária executiva está  desde Fevereiro e o contabilista a partir de 1 de Março. Todos não possuem contratos.
Apurou ainda o Canalmoz que no mês passado a secretária de direcção do CNJ, Rosa David, que trabalhou desde 2011 , desvinculou-se da instituição, por falta de contrato aliada à remunerações irregulares.

Colaboradores não são pagos...

Além dos já mencionados, os colaboradores: departamentos de Associativismo Juvenil, Jurídico, Relações Internacionais, Género, Administração e Finanças, Comunicação e Imagem, também não beneficiam dos respectivas subsídios.
Prioridade ao Comité Central
Pitersburgo passa a maior parte do tempo no Comité Central da Frelimo. “Ele só vem para cá  para nos tratar como se fossemos objectos”, contam os funcionários.

Tratamento desumano, prepotência e insensibilidade de Pitersburgo

Os funcionários do CNJ dizem-se tratados de forma desumana pelo presidente e confessam que “não há calma que aguente”.
Os mesmos chegam a duvidar que “Oswaldo Petersburgo saiu da barriga de uma mãe”, por conta da forma pouco humana como trata os colegas de trabalho.

Pitersburgo em reunião sem fim…

Para ouvir a versão dos factos a nossa equipa foi ao escritório do CNJ, mas não falou com Pitersburgo porque estava numa reunião do Comité Central.

Em contacto telefónico, aquele disse que retornaria a chamada, pois estava reunido. Voltamos a contactá-lo e simplesmente não nos atendia. Entretanto até ao fecho da edição não tivemos nenhuma declaração de Oswaldo Pitersburgo.

Renamo diz que vai reagir a todas as tentativas de desarmamento dos seus guerrilheiros



A Renamo diz que vai reagir à força a tentativas de desarmar os seus guerrilheiros pela polícia da República, mas aceitará a desmobilização por via negocial. A discordância da Renamo a um desarmamento compulsivo do seu contingente residual foi reiterada pelo partido, numa conferência de imprensa sobre o incidente do último fim-de semana em Gorongosa, Sofala, em que, segundo as autoridades, nove membros da Força de Intervenção Rápida (FIR) ficaram feridos num tiroteio com guerrilheiros da Renamo. Porém, o principal partido da oposição diz que feriu 17 agentes da FIR, alguns dos quais terão morrido em consequência dos ferimentos.
O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, acusou o Governo pela ocorrência, por manter a FIR nas imediações da antiga base central do partido, na Serra da Gorongosa, onde o presidente do partido, Afonso Dhlakama, instalou-se em Novembro do ano passado, em protesto contra a alegada governação anti-democrática da Frelimo.
Dhlakama é guarnecido por homens armados, que não foram desarmados, no âmbito do Acordo Geral de Paz (AGP) de 1992, para garantir a segurança dos altos dirigentes daquele partido. “Quando exigimos que a polícia fosse retirada da Serra da Gorongosa era para desanuviar a tensão na zona e impedir uma hecatombe, que podia resultar de um confronto entre a polícia e os nossos homens”, afirmou Mazanga.

Governo sul-africano condena nova onda de ataques xenófobos

Ameaça contra estrangeiros na África do Sul


A porta-voz do GCIS apelou aos sul-africanos e estrangeiros a “viverem em harmonia”. A violência contra os estrangeiros não será tolerada, na medida em que tem impacto negativo na economia e na imagem do país

O governo da África do Sul condenou, esta terça-feira, os ataques xenófobos contra os cidadãos estrangeiros em algumas áreas de Gauteng e Vaal. “O governo tomou conhecimento com preocupação dos chamados ataques xenófobos contra cidadãos estrangeiros... Nós condenamos vivamente a violência, não só contra cidadãos estrangeiros, mas também sobre sul-africanos”, disse Phumla Williams, a porta-voz do GCIS (Sistema de Informação e Comunicação do Governo), avança o News24.
“A África do Sul é um país democrático que acomoda cidadãos estrangeiros que estão neste país legalmente”, referiu. Phumla Williams disse que o governo elogiou a polícia pela detenção de “cerca de 100 pessoas associadas à recente onda de violência”.
A polícia sul-africana disse, na segunda-feira, que nove pessoas foram detidas por violência pública e posse de bens roubados, após o dono de uma loja ter morto dois homens em Diepsloot, no fim-de-semana. O somali alegadamente alvejou mortalmente os dois indivíduos, acreditando serem cidadãos zimbabweanos, no exterior da sua loja no domingo, disse o coronel Lungelo Dlamini.
As circunstâncias em torno dos disparos ainda não estão claras. O cidadão somali acabou sendo detido e acusado de assassinato, devendo comparecer perante a justiça sul-africana. Residentes locais aglomeraram-se defronte da loja do cidadão somali, atiraram pedras e saquearam o estabelecimento.

Associação Médica diz que encontro com Governo foi apenas um passo





A Associação Médica de Moçambique veio a público dizer que a aproximação foi apenas um passo e que a greve vai continuar até que haja consenso. “Nesse encontro, iniciou-se a primeira fase das negociações e foram colocados vários aspectos na mesa.
Reiteramos que a greve continua em todo o país, pois estes são encontros somente para definição de requisitos para as negociações,” disse o representante da Associação Médica, Hamilton Mutemba. Mesmo com o primeiro passo dado entre as partes, a Associação Médica diz reinar ainda um clima de desconfiança entre a classe e o Governo.
Quando questionado sobre as expectativas desta aproximação, o representante da Associação Médica disse não haver ainda grandes expectativas, porque não há indícios de que o cenário irá mudar. Em relação à medida imposta pelo Executivo, de excluir a Comissão dos Profissionais de Saúde Unidos da mesa do diálogo, a Associação Médica afirma que a questão está fora de hipótese.
Hamilton Mutemba questiona o facto de alguns profissionais de saúde que aderiram à greve continuarem a ser intimidados. “Tivemos um informe de Nampula segundo o qual dois colegas foram escorraçados das suas casas por dirigentes provinciais. E nós questionamos: que tipo de diálogo é que estamos a ter enquanto alguns profissionais de saúde são ameaçados?”

Mulémbwè diz que revisão da Constituição é um sucesso




Eduardo Mulémbwè, disse que este processo, em curso no país, está a ser um verdadeiro sucesso. Falando segunda-feira, em Tete, na abertura do debate público do ante-projecto de revisão da lei mãe a nível daquela província, Mulémbwè disse que os debates públicos realizados nas províncias de Niassa, Nampula, Cabo Delgado, no Norte, e Inhambane e Maputo, Sul de Moçambique, bem como as mesas-redondas realizadas na cidade de Maputo, envolvendo vários segmentos da sociedade, mostraram que o processo está a caminhar a um bom ritmo e que o seu grupo de trabalho está a receber valiosas contribuições.
Na ocasião, Mulémbwè apelou a todos os cidadãos das províncias de Tete, Zambézia e Gaza, locais que acolhem debates públicos, esta semana, para que participem com o ‘espírito aberto’, dando as propostas de solução para os vários problemas que assolam o país. Só a província de Tete tem três centros de debate.
Fora da cidade de Tete, este processo decorrerá nos distritos de Angónia e Marávia, entre os dias 29 e 31. Ratxide Gogo, governador da província de Tete, que participou no debate de segunda-feira, a nível da cidade de Tete, agradeceu a sábia decisão de se submeter, ao público, o ante-projecto de revisão da Constituição.