segunda-feira, 15 de abril de 2013

Papa promete rezar pela paz em Moçambique

Em audiência que o sumo pontífice concedeu ao primeiro-ministro, Alberto Vaquina, na quinta-feira, no quadro da visita que este efectuava à Itália, o líder da igreja católica manifestou-se satisfeito com as boas relações existentes entre a Santa Sé e Moçambique, reforçadas pelo acordo bilateral entre as partes, assinado a 7 de Dezembro de 2011 e ratificado no ano passado. No encontro entre Alberto Vaquina e o Papa Francisco, fez-se uma análise sobre a situação política e social no país onde, de acordo com o primeiro-ministro, o Papa disse estar preocupado com os últimos acontecimentos de instabilidade política no país, que culminaram com a perda de vidas humanas. O primeiro-ministro deu a conhecer ainda que o Papa foi devidamente informado sobre os incidentes de Muxúnguè, bem como dos esforços que estão sendo empreendidos para se ultrapassar a crise. Neste contexto, o Papa Francisco prometeu rezar para que nenhuma força leve ao retrocesso o actual estágio de desenvolvimento no país. Ainda no Vaticano, Vaquina privou com o secretário de Estado da Santa Sé, Tarcicio Bertonni, e vice-secretário, que assume as funções de ministro dos negócios estrangeiros, tendo dado a conhecer a situação geral do país e as acções que estão sendo desenvolvidas pelo chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, para pacificar a região, tendo, a título de exemplo, feito alusão ao acordo de paz e cooperação para a República Democrática do Congo, assinado recentemente. Vaquina encontrava-se na Itália em representação do chefe do Estado a convite do município de Torino, para onde foi um dos oradores principais da mesa redonda subordinada ao tema “áfrica do futuro entre democracia e desenvolvimento”, um evento que contou com a presença do vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, em representação de José Eduardo dos Santos; ministro da Comunidade da República de Congo, Bienvenu Okiemy, entre outros convidados.

FADM apelam à Renamo a não perigar a paz em moçambique

O Ministério da Defesa Nacional (MDN) recomendou a Renamo para não perigar a paz e tranquilidade em Moçambique. “As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) recomendaram à Renamo a parar com atitudes que periguem a paz e a tranquilidade no país”, disse o director Nacional da Política de Defesa no MDN, Cristóvão Chume, falando no término de um encontro entre representantes do MDN e da Renamo, a principal força da oposição em Moçambique. Chume garantiu que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) continuarão a preservar a paz no país, independentemente das discussões de natureza política. “Nós vamos deixar que os políticos continuem a discutir todos os assuntos do processo democrático estabelecido no país”, disse aquele quadro, que fez parte do grupo de quatro elementos do exército, encabeçado por Graça Chongo, inspectora-geral das Forças Armadas, incumbido para receber uma delegação da Renamo. Segundo a fonte, as preocupações que a Renamo apresentou incluem questões de natureza política, tais como a revisão da Lei Eleitoral, que os militares não discutiram por se tratar de um outro fórum. Refira-se que a Renamo tem vindo a boicotar todo o debate que tem a ver com a revisão do pacote eleitoral e já anunciou que não tenciona participar e que vai impedir a realização dos próximos pleitos. Sobre as questões de âmbito militar, tais como a “despartidarização” das forças armadas, “nós respondemos que as FADM são apartidárias”, asseverou Chume. Prosseguindo, Chume disse que o MDN explicou com factos que nunca houve discriminação dos homens provenientes da Renamo no exército nacional. “Convivemos num clima de amizade, unidade e camaradagem dentro do exército”, disse.

Chipande sugere que Renamo não boicote eleições autárquicas

O general Alberto Chipande, que chefia a brigada central do partido Frelimo em Sofala, apelou aos líderes da Renamo para abandonarem a ideia de não participar e impedir a realização de eleições autárquicas deste ano por não concordarem com a actual legislação eleitoral. O político diz que para o bem da paz e da democracia seria importante que aquele partido participasse nos pleitos em pé de igualdade com os outros partidos. “Apelámos aos dirigentes da Renamo para que ponham a mão na consciência e abandonem os métodos que estão a usar e pautem pelo diálogo com o governo”, disse. Chipande entende ainda que os confrontos de Muxúnguè têm por objectivo intimidar as pessoas a não aderirem ao processo eleitoral, pelo que pede a população para ser vigilante e denunciar casos de ameaças, portadores de armas e que tenham a intenção de desestabilizar e semear medo nas comunidades, de modo a que a polícia os possa deter e mandar para os tribunais.