quarta-feira, 18 de setembro de 2013

PRM reforma meios circulantes nos distritos

A Polícia da República de Mo­çambique (PRM), na província de Manica, reforçou, recente­mente, os meios de circulação nos distritos, com a atribuição de motorizadas e respectivas ma­las de expedientes. Os referidos meios não abrangem os serviços operativos policiais. Segundo o comandante pro­vincial da PRM em Manica, Francisco Almeida, os meios fo­ram alocados a todos os serviços distritais de identificação civil, aos departamentos de Infor­mação Interna e de Instrução. Francisco Almeida acredita que, com estes meios, esteja já garantida à partida, a celeridade de tramitações dos processos de identificação civil ao ponto mais distante de uma localidade. Os meios foram providenciados pelo próprio Ministério do Interior com vista a assegurar o bom funcio­namento destes serviços, que cons­tituíam uma das grandes preocu­pações para os cidadãos residentes nas zonas rurais. Natália Maconhere, a chefe dos Serviços Provinciais de Identifica­ção Civil de Manica, explicou que a instituição que dirige recebe mui­tos casos de pedidos de documen­tos de identidade, mas os respec­tivos proprietários, muitas vezes, nunca aparecem para proceder ao levantamento. “Assim, com estes meios, já pode­mos levar as identidades dos cida­dãos às suas zonas e trabalharmos estritamente mais ligados aos serviços distritais, de modo a que não só se espere que a população rural pro­cure adquirir uma identidade, mas também, em colaboração com os líderes comunitários, organizarmos campanhas de trabalhos que nos levem ao encontro da população. Tratar-se-á de um exercício cujo propósito será identificar quem não tem documentos e, por conseguin­te, permitir-lhe trata-los nas suas lo­calidades”, disse Natália Maconhere.

Paulo Zucula assume que cometeu “alguns erros” na sua gestão

O ministro cessante dos Transportes e Comu­nicações assume que cometeu vários erros durante o período em que esteve à frente daquele sector. Falando momentos após o empossamento do seu sucessor (Gabriel Muthisse), cinco anos depois de ascender àquele cargo, Zucula não especificou as fragi­lidades que teve durante o seu “reinado”, respondendo de forma breve e objectiva. Entretanto, apesar de tais er­ros, Zucula diz que sai de cabeça erguida e com orgulho do que fez. “Andei ao ritmo que podia andar, dei a minha contribuição e estou orgulhoso de todas as coi­sas que conseguimos fazer. Co­metemos alguns erros no proces­so e são alguns desses erros que devem ser corrigidos”, afirmou o ministro recém-exonerado, acres­centando que “as realizações e as fragilidades quem deve dizer é o Presidente da República e, aliás, ele falou no seu discurso”. Sobre as reais razões do seu afas­tamento daquele pelouro, Paulo Zucula disse apenas tratar-se de um processo normal de mudança de quadros no Aparelho do Esta­do. “Entrar e sair é normal. Eu já entrei e sai três ou quatro vezes e o próprio Presidente disse que é um processo normal de rotação de quadros”, disse. Sobre os desafios do sector, Zucula disse: “Há que acelerar a questão da intermodalidade dos transportes, os transportes públicos urbanos, e continuar a acelerar a implementação dos projectos de infra-estruturas fer­ro-portuárias em curso”.

Neutralizados 48 estrangeiros ilegais na Zambézia

A Polícia da República de Moçambique (PRM) neutralizou, ontem, no distrito de Nicoadala, provín­cia da Zambézia, 48 cidadãos estrangeiros imigrantes ilegais que se faziam transportar num autocarro de marca Yutong Bus pertencente à companhia Seke­lane. Os referidos imigrantes ile­gais saíam da província de Nam­pula com destino à cidade de Maputo, onde iam à procura de melhores condições de vida. Dos detidos destacam-se cida­dãos de nacionalidades somali, congolesa e Etíope. A maioria apresenta-se bastante debilitada devido à falta de alimentação e água. A neutralização daqueles imi­grantes aconteceu por volta das 09h00 desta terça-feira, depois de os mesmos terem atravessa­do diversos controlos da polícia, desde Nampula, mais precisa­mente no distrito de Murru­pula, zona fronteiriça com o distrito do Gilé, província da Zambézia. Já na província da Zambézia, o autocarro atravessou o con­trolo de Mocuba, local onde, neste momento, a polícia está a desencadear campanha, na via pública, de revista de viaturas, uma actividade que visa neutra­lizar cidadãos estrangeiros em situação ilegal, bem como cadastrados. Se o autocarro conseguiu pas­sar por esses controlos todos, o mesmo já não aconteceu no posto de Nicoadala, onde foi neutralizado e enviado à Direc­ção Provincial da Migração da Zambézia.