quarta-feira, 24 de julho de 2013

Membros da PRM assassinam dois cidadãos em Maputo

Dois membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) identificados por Zélio Rafael, 21 anos de idade, e João encontram-se detidos na terceira esquadra da cidade da Matola, província de Maputo, acusados de terem tirado a vida a dois cidadãos, com recurso a armas de fogo. Entretanto, o porta-voz do Comando Geral da Polícia, Pedro Cossa, não revelou os motivos que terão levado aqueles agentes a tirar vida àqueles cidadãos. Mas, falando ontem no habitual briefing com Imprensa disse que é uma atitude rápida e falta de perícia, pois o agente da Polícia não pode ser o primeiro a se irritar para evitar coisas de género. No mesmo período, Pedro Cossa referiu que para os casos de furtos e homicídios com recursos a armas de fogo, trata-se daquelas armas que são vendidas por alguns indivíduos que estiveram no conflito armado e que mantiveram as mesmas consigo e que acabam sendo atentado a fazer esse tipo de negócio. “As armas de fogo que têm parado nas mãos alheias são vendidas por alguns indivíduos que fizeram parte do conflito armado e ao mesmo tempo ficaram com aquele material que agora já estão a fazer o negócio de venda”, disse. Acrescentou que para os casos de raptos que voltam aterrorizar os cidadãos na cidade de Maputo, a Polícia está a tentar juntar elementos que ajudem esclarecer, pois os cidadãos não podem viver assustados e ter medo de possuir seus bens. “Estamos a trabalhar no sentido de denunciar os malfeitores”, disse. Na semana em análise, a Polícia deteve em todo o País 1425 indivíduos, dos quais 1255 por violação de fronteiras, cinco por migração ilegal, 143 na prática de delito comum. Da vizinha África do Sul foram repatriados 48 cidadãos moçambicanos, sendo 37 homens, 10 mulheres e um menor.

Desconhecidos assaltam agentes da G4S e apoderam-se de 10 milhões Mt do BCI

Quatro indivíduos ainda a monte assaltaram, na manhã de segunda feira (22) em Quelimane, agentes da G4S, que transportavam 10 milhões de meticais do Banco Comercial e de Investimentos (BCI), sede da Zambézia, para a agência do Brandão, localizado no bairro do mesmo nome. O assalto ocorreu pouco depois das 09h00, quando os referidos quatro indivíduos, fazendo-se passar por clientes do banco, posicionaram-se no recinto da agência do BCI, no bairro Brandão, à espera do carro celular que transportava o montante, numa acção bem disfarçada. Chegados ao local, os agentes da segurança tiraram da “viatura celular” o saco onde se encontrava o valor e, na tentativa de transportar para o interior do banco, os assaltantes, fortemente armados, interpelaram os seguranças e de seguida solicitaram o saco que continha o montante. Com a resistência oferecida pelos agentes, um dos assaltantes tirou uma arma de fogo do tipo pistola e disparou contra dois agentes da segurança, atingindo-os gravemente. Na sequência, “pegaram” nos 10 milhões de meticais e colocaram-se em fuga, encontrando-se, neste momento, em parte incerta. Os assaltantes em causa faziam-se transportar num turismo de cor cinzento da marca Toyota Runex.

Professor pede adiantamento salarial para ir ver Papa ao Brasil

Os peregrinos que desembar­caram na cidade do Rio de Ja­neiro para participar na Jornada Mundial da Juventude fazem ma­labarismos e muitas contas para se manter durante a semana no evento. Muitos deles viajaram dos mais longínquos países não só para ver o Papa Francisco, como também para conhecer o Brasil. É o caso, por exemplo, do professor moçambicano Crispin Estevão, 24 anos, de Maputo, hospedado no Morro do Pavão­-Pavãozinho, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, que pediu dinheiro emprestado ao seu chefe para pagar a viagem que lhe permite tomar parte na Jornada Mundial da Juventude. A sorte é que Estevão trabalha para a própria paróquia. Um pa­dre adiantou-lhe 50 mil meticais (1.700 USD). Quando voltar à capital de Moçambique, trabalhará durante um ano sem rece­ber salário. “O dinheiro vai-me fazer falta, claro. Mas já está avaler a pena estar aqui. O meu país é pobre. Parece impossível uma pessoa pegar 50 mil para vir para a jor­nada. Quis mostrar que é pos­sível. É muito emocionante. O Brasil é o país de cores e alegria que eu imaginava, pela TV e pelo futebol”, diz Crispin Estevão pelo portal “Noticias R7”. “Estudo Relações Internacio­nais de dia e dou aulas de edu­cação visual à noite, na Paróquia São Joaquim. Vou ficar um ano sem receber, mas já está a valer a pena. Era um sonho vir para o Brasil”, conta Estevão. Segundo ele, a inscrição cus­tou 266 dólares USD e a pas­sagem 37 mil meticais. Desde sábado (20), está hospedado na casa de uma família na Favela do Pavão-Pavãozinho, ocupada por uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), em Copacabana, zona sul juntamente com ou­tros jovens moçambicanos. O Papa Francisco chegou ante­ontem à noite ao Rio de Janeiro para uma visita oficial ao Brasil, a primeira do seu pontificado.

Primeiras-damas africanas pedem mais recursos para saúde

As primeiras-damas africa­nas apelam aos países do continente a alocarem mais recursos para a área da saú­de, visando melhorar os esforços na prevenção e tratamento de várias doenças que ainda cons­tituem um problema em África. O apelo consta da declaração final da 7ª Conferência sobre o Cancro do Colo do Útero, da Mama e da Próstata em África, que congregou, desde domingo, em Maputo, sensibilidades de diversos quadrantes do mundo para uma reflexão sobre o tema, sob o lema “Juntos podemos sal­var vidas”. “Apelamos aos Estados-mem­bros da União Africana a alo­carem os recursos necessários para a saúde segundo o preco­nizado na Declaração de Abu­ja”, indica o comunicado, que foi rubricado por um grupo de 14 primeiras-damas que partici­param no evento que terminou ontem. VACINA PARA BREVE A vice-ministra da Saúde mo­çambicana, Nazira Abdul, disse ontem, em Maputo, que uma va­cina contra o cancro da mama, do colo do útero e da próstata está em ensaios em vários países africanos e poderá estar dispo­nível entre 2014 e 2015 para uso massivo, escreve a Agência de Informação de Moçambique. Moçambique, Tanzania, Qué­nia e outros países africanos, tais como a Nigéria, Camarões Gâmbia, estão nesta fase e espe­ra-se que em Moçambique, uma vez aprovados os testes, a vacina seja introduzida dentro dos pró­ximos dois anos. A vice-ministra anunciou este facto à margem da visita que os ministros da Saúde efectuaram ao Centro de Saúde da Polana Caniço, ocasião que serviu para a troca de experiências, tanto entre eles como com a impren­sa. Nazira Abdul realçou que o cancro está na lista das 10 doen­ças que mais matam em África, principalmente entre as mulhe­res.

Acidente de viação faz 16 óbitos na Zambézia

Pelo menos 16 pessoas perde­ram a vida em consequência de um aparatoso acidente de via­ção, envolvendo um transpor­te semi-colectivo e um camião cavalo da marca Freight-Liner. Na altura, o transporte semi-­colectivo fazia o trajecto Ile- Quelimane. O acidente ocorreu por volta das 09h00 desta terça-feira, na localidade de Namanda, mais concretamente na ponte sobre o rio Mutapuasse, a 18 quiló­metros da vila sede do distrito de Ile. Presume-se que o excesso de velocidade esteja na origem do sinistro, pois, por aquilo que se sabe, a ponte sobre o rio Muta­puasse é estreita, o que signifi­ca que os dois motoristas não conseguiram imobilizar seus veículos por forma a facilita­rem a passagem de cada um. De acordo com administra­dora do Ile, Ângela Serrote, dos óbitos registados cinco ocorre­ram no local e 10 no hospital rural de Mocuba, para onde as vítimas foram transportadas para socorros. “Lamentamos o facto, pois são vidas humanas de moçam­bicanos que se foram tudo por causa do acidente, por isso, queremos chamar atenção aos nossos compatriotas para pau­tarem por uma condução pru­dente sempre que se fazem à estrada”, apelou. Ao longo do dia de ontem, os números apontavam para 15 óbitos, mas ao cair da tarde mais um cidadão perdeu a vida no hospital, totalizando 16 óbi­tos. As estradas da província da Zambézia estão a registar ní­veis assustadores de acidentes de viação.