sexta-feira, 15 de março de 2013

Nampula: População receia denunciar casos de tráfico de pessoas

A procuradoria provincial de Nampula está preocupada com o receio de alguns cidadãos em canalizar a esta instituição queixas relacionadas com o tráfico de pessoas naquela parcela do país. Com efeito, de Janeiro a esta parte, ainda não foram reportados os casos criminais relacionados com este tipo de tráfico, o que torna estranho numa província extensa como Nampula. Mas em 2012, aquela instituição registou três casos de tráfico de pessoas, ocorridos nos distritos de Angoche, Ribáuè e na cidade de Nampula. O Procurador Provincial de Nampula, Cristóvão Mondlane, disse que o cenário de tráfico de pessoas em Nampula está controlado porque, segundo as suas palavras, tem a ver com a mudança de estratégia de actuação, por parte dos traficantes. Mondlane, referiu-se a dois factores relacionados com a denúncia do crime, nomeadamente o desconhecimento da lei, por parte das pessoas, e o medo de sofrer algumas represálias por parte dos criminosos. O Procurador provincial de Nampula defendeu a importância da expansão e massificação das mensagens de sensibilização sobre o tráfico de pessoas nas comunidades, escolas, igrejas, mesquitas e nos locais de maior aglomerado populacional.

3 crianças roubam 300 mil meticais e 35 telemóveis numa loja em Manica

Em Manica, três crianças estão a contas com a polícia, indiciadas de assalto a um estabelecimento comercial esta semana, no centro da cidade de Chimoio, onde retiraram trezentos mil meticais em dinheiro, 35 telemóveis e alguns electrodomésticos. O grupo era composto por seis menores, dos nove aos doze anos de idade, não tendo sido localizadas outras três, aquando da busca da polícia. Em seguida, as três crianças retidas foram soltas, por se tratar de menores que são inimputáveis de responsabilidade criminal. Os petizes fizeram-se ao recinto do estabelecimento comercial na madrugada do último domingo, escalaram a parede, introduziram-se no interior, derrubando de seguida a porta de acesso à loja, de onde tiraram os bens. Os pais, segundo a polícia, privaram-se de se dirigirem ao comando da PRM, quando foram intimados para comparecerem nas audiências para se responsabilizarem dos actos dos seus filhos, alegando estarem desgastados com o comportamento dos mesmos. O caso veio a baila quando as crianças, em plena via pública, vendiam ao preço mínimo de cem meticais e o máximo de duzentos, cada telemóvel, o que despertou curiosidade dos cidadãos. O porta-voz do comando provincial da polícia da República de Moçambique em Manica, Belmiro Mutadiwa, disse que interrogados os menores confirmaram o facto, mas que estranha a falta de comparência dos pais na esquadra da polícia, para a responsabilização pelos actos dos menores.