quarta-feira, 27 de março de 2013

Frelimo avança para eleições com ou sem Renamo na peleja

A Frelimo reitera que vai participar nas eleições autárquicas deste ano e nas gerais de 2014 em todo o país, com ou sem a presença da Renamo no processo. Em resposta a várias inquietações ontem colocadas por jovens durante uma audiência concedida ao Parlamento Juvenil (PJ), a líder da bancada parlamentar maioritária na Assembleia da República garantiu estar fora de hipótese não participar nas eleições municipais deste ano e nas gerais de 2014 devido às recorrentes ameaças de boicote propaladas pela Renamo, o maior partido da oposição. “A nossa participação nas eleições é crucial e irreversível com ou sem a participação da Renamo. Nunca houve ameaças da Frelimo aos partidos políticos, porque a Frelimo é pelo diálogo e não pela intimidação”, afirmou Talapa. Para a chefe de bancada, as organizações juvenis e não só devem fazer trabalhos de mobilização para chamar a liderança daquele partido à razão e integrar-se nos pleitos eleitorais. Aliás, preocupada com as ameaças de boicote, Margarida Talapa reconhece que não se faz democracia sem a participação dos outros actores políticos nos processos eleitorais. “Vocês do Parlamento Juvenil devem pegar nestas ameaças e colocarem na vossa agenda de trabalho, para mobilizarem este partido a retratar-se e a apresentar-se nas eleições”, acrescentou. Margarida Talapa diz não fazer sentido, absolutamente nenhum, que um partido se exclua do processo e ponha em causa a realização de eleições por desinteresse de um grupo. Mesmo assim, admite que a credibilidade das eleições e da democracia está na participação de todos os intervenientes e interessados no processo. “Nós estamos conscientes, sim, que neste processo é preciso que todos os actores sociais participem pelo desenvolvimento do país”, afirmou. Por seu turno, o Parlamento Juvenil defende que a sua intervenção nas eleições visa contribuir para reduzir os altos índices de abstenção. “Nós queremos que os jovens se apropriem destes processos, desde a mobilização, recenseamento, participação nas eleições à observação, entre outros para credibilizar as eleições”, afirmaram. A audiência serviu para depositar as preocupações dos jovens congregados no que chamam de Manifesto Político da Juventude. O PJ já manteve encontros com a liderança da Renamo, MDM e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral.

Funcionários da Miramar ameaçam paralisar transmissões de rádio e televisão

A reivindicação de melhores condições de trabalho na Rádio Comunicação Miramar, delegação da Beira(RCM-Beira), não vem de hoje. Iniciou em princípios do segundo semestre de 2011. Após inúmeros encontros e sem sucesso com a direcção local, os trabalhadores decidiram enviar uma carta à sua sede em Maputo e esta, em resposta, “despachou” para Beira, em Novembro de 2011, o antigo administrador Vila Machungo, acompanhado por um elemento da KPMG, que gere os recursos humanos da RCM. De acordo com Rendição Obede, porta-voz dos trabalhadores da RCM-Beira, numa reunião entre a comitiva e os trabalhadores prometeu-se aos trabalhadores novos salários e atribuição de categorias, algo que não existia na Miramar. Obede adiantou ainda que os trabalhadores passaram por duas entrevistas que trouxeram várias irregularidades na atribuição das categorias. “...só para citar um exemplo, na Miramar Beira existe um funcionário com 15 anos de trabalho, eis que lhe foi atribuído a categoria júnior. Quantos anos de serviço este indivíduo com domínio técnico invejável precisaria para ascender à outra categoria”?, questionou. Quase um ano depois, ou seja, em outubro passado, os trabalhadores, por não terem recebido os salários prometidos e devido a erros graves de atribuição de categorias, remeteram uma carta à direcção da Miramar a exigir que se cumpra a promessa. Em resposta, o PCA da Miramar mandou uma equipa à Beira para implementar tal promessa. “Para a nossa surpresa, foi-nos apresentada uma tabela salarial diferente da que nos foi apresentada numa reunião anterior. Mesmo nesta tabela, os locutores e operadores não auferiam de acordo com o valor apresentado. No mês seguinte e na sequência da nossa reclamação, a Miramar aumentou apenas salários de 2 locutores, um da categoria júnior e outro da categoria pleno, passando os dois a receber o mesmo valor. Quando questionámos, a direcção da Miramar alegou erros e elevou automaticamente a categoria de júnior, passando este a ser pleno, para justificar o salário em questão”. Em Fevereiro passado, o PCA da Miramar, solicitado a participar no centro de mediação e arbitragem laboral de Sofala para resolução definitiva de caso, mandou uma equipa para o representar, que era composta por Muaneima Nhachengo, Silvério Simango, da KPMG, e Duarte Casimiro. No encontro, vários assuntos foram abordados, com destaque para o reajuste das carreiras e salários dos trabalhadores em função da realidade.

Vicente Ramaya reconduzido aos calabouços

Vicente Ramaya desfrutava da liberdade que lhe havia sido concedida há sensivelmente dois meses, após ter cumprido metade da pena a que foi condenado pelo seu envolvimento na morte do jornalista Carlos Cardoso. Esta terça-feira, a polícia bateu a sua porta com um mandado de captura emitido pelo Tribunal Judicial do distrito municipal Kampfumo. A imprensa tomou conhecimento da detenção de Ramaya e ficou de plantão defronte do tribunal. Por volta das 12h00 desta terça-feira notou-se um movimento estranho de familiares de Ramaya que saíam desesperados do tribunal eentravam em viaturas. tudo indicava que iam buscar a roupa de Vicente Ramaya, uma vez que o mesmo já não regressaria à casa. Abdul Gani, advogado de Ramaya, deambulava também desesperado pelos corredores do tribunal. Em seguida, um grupo de polícias à paisana ainda tentou desviar as atenções dos jornalistas, mas minutos depois Vicente Ramaya saía acompanhado pelos agentes da polícia numa viatura do tipo mini-bus. Confirmava-se, assim, o regresso às celas de um dos nomes mais sonantes no dossier Carlos Cardoso. Depois de uma passeata pelas ruas da cidade de Maputo como forma de desviar os jornalistas, a STV acompanhou a viatura que transportava Vicente Ramaya até à Cadeia Civil.

Vicente Ramaya desfrutava da liberdade que lhe havia sido concedida há sensivelmente dois meses, após ter cumprido metade da pena a que foi condenado pelo seu envolvimento na morte do jornalista Carlos Cardoso. Esta terça-feira, a polícia bateu a sua porta com um mandado de captura emitido pelo Tribunal Judicial do distrito municipal Kampfumo. A imprensa tomou conhecimento da detenção de Ramaya e ficou de plantão defronte do tribunal. Por volta das 12h00 desta terça-feira notou-se um movimento estranho de familiares de Ramaya que saíam desesperados do tribunal eentravam em viaturas. tudo indicava que iam buscar a roupa de Vicente Ramaya, uma vez que o mesmo já não regressaria à casa. Abdul Gani, advogado de Ramaya, deambulava também desesperado pelos corredores do tribunal. Em seguida, um grupo de polícias à paisana ainda tentou desviar as atenções dos jornalistas, mas minutos depois Vicente Ramaya saía acompanhado pelos agentes da polícia numa viatura do tipo mini-bus. Confirmava-se, assim, o regresso às celas de um dos nomes mais sonantes no dossier Carlos Cardoso. Depois de uma passeata pelas ruas da cidade de Maputo como forma de desviar os jornalistas, a STV acompanhou a viatura que transportava Vicente Ramaya até à Cadeia Civil.