quinta-feira, 10 de outubro de 2013

No Hospital Geral José Macamo Enfermeiros trocam recém-nascido por nado morto

Como tem sido praxe nas várias maternidades do País, mais um caso de desaparecimentode recém-nascido aconteceu no Hospital Geral José Macamo, na cidade de Maputo, onde, numa situação inexplicável, roubaram uma criança depois da paciente dar à luz um bebé com vida. Em contacto telefónico com a nossa Reportagem, Raquel Bernardo, mãe do bebé desaparecido, mostrou-se indignado com a situação e empurra a culpa aos enfermeiros. “Eu não tenho muito por dizer agora, mas os enfermeiros que estiveram em serviço é que são culpados”, disse Raquel Bernardo, para em seguida questionar: “eles não viram a fita que eu já tinha colocado no braço com o nome do meu filho? Vi o nome do bebé que me entregaram já morto. Não era do meu filho”, disse, comovida, Raquel Bernardo. Referência do caso Por volta das 14 horas de ontem, quarta-feira, os pais da criança receberam, com desagrado, a informação sobre a morte da criança sem nenhuma explicação dos enfermeiros daquela unidade sanitária, mas quando foram convidados a assinar o laudo os pais da criança supostamente trocada constataram, primeiro, que não era um menino, mas, sim, uma menina e com outro nome, acto que criou muita agitação no hospital. O assessor de comunicação no Hospital Geral José Macamo, em contacto com o repórter do Canalmoz, na cidade de Maputo, negou dar qualquer informação sobre o assunto alegando que a direcção daquela unidade sanitria, irá emitir um comunicado em torno deste caso. “A direcção do hospital irá enviar um comunicado a todos os órgãos de comunicação social a explicar o assunto em torno deste caso”, disse o assessor de comunicação do Hospital Geral José Macamo.

Assembleia Municipal de Quelimane critica Manuel de Araújo

O presidente da Assembleia Municipal de Quelimane, Afonso João, acusa o edil Manuel de Araújo de falta de vontade para pagar os retroactivos do ano 2008 e décimos terceiros salários dos anos 2011 e 2012, valores que a edilidade deve aos membros daquele órgão. Afonso João explica que quando esteve na gestão interina do município, depois da renuncia de Pio Matos, mandou pagar parte da dívida em causa a alguns membros, daí que não há motivações para o não prosseguimento do pagamento aos restantes. É que a Inspecção-Geral das Finanças (IGF) trabalhou no município de Quelimane para averiguar as contas da edilidade depois da gestão de Pio Matos, a pedido do edil Manuel de Araújo. Na ocasião, a referida inspecção constatou uma dívida de pouco mais de quatro milhões de meticais.

Antigos operacionais do SISE amotinam-se no ministério dos combatentes

Antigos agentes dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) amotinaram-se, esta quarta-feira, defronte do Ministério dos Combatentes para exigir compensações justas. Os mesmos avisam que se não houver entendimento vão marchar até ao gabinete do Chefe de Estado, Armando Guebuza. Depois do gabinete do primeiro-ministro, os desmobilizados dos Serviços de Segurança decidiram, esta quarta-feira, manifestar-se defronte do Ministério dos Combatentes, para pressionar o Governo a pagá-los uma compensação justa. É que nos princípios deste ano disponibilizou-se um valor por parte do Governo para pagar os antigos desmobilizados de segurança do Estado, mas o mesmo não chegou a ser pago na totalidade. Os mesmos defendem que o que combinaram com o Governo não é o que está a ser pago e prometem lutar até ao fim. “Nós somos desmobilizados da segurança do estado... fomos chamados para ser compensados pelos préstimos que demos na nossa juventude. Só que depois do chamamento para cá houve muitas ondulações na resolução do problema. O ministério dos combatentes não está a ser honesto e sincero nos pagamentos. Estamos agastados. Nove anos aquartelados e com a idade que temos não dá para estarmos no quartel. Há muita manobra e manipulação à volta deste processo. Por sabermos que há quem nos pode atender, viemos até aqui para apresentar esta preocupação”, lamentou o porta-voz dos antigos homens das “secretas”. Outra questão levantada no encontro tem a ver com os sucessivos descontos feitos às viúvas, que os consideram “arbitrários”. “Não sabemos de onde veio essa orientação. Os documentos que assinámos com o Governo eram para todos, para os combatentes e órfãos receberem valor igual. Todavia, sem nenhuma explicação, as viúvas estão a receber valores descontados. Quando perguntámos disseram que existe um documento oficial no ministério das finanças que preconiza que as viúvas, de acordo com a data da morte do marido, fossem descontadas. Nós queremos ter acesso a esse documento”, desabafou.

Prisidênca acusa Renamo de se recusar a agendar encontro

O conselheiro e porta-voz do Presidente da República acusa a delegação da Renamo de se recusar ao debate da preparação do encontro entre o Chefe de Estado, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama. É que no âmbito da presidência aberta, Guebuza visita as províncias de Manica e Sofala a partir do dia 20 deste mês, mas o seu conselheiro afasta a possibilidade de se encontrar com Afonso Dhlakama. Porém, questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade deste diálogo ao mais alto nível, Macuácua disse que tudo depende da delegação da Renamo, que deve preparar as condições para o efeito. “O encontro continua a ser aguardado com muita expectativa. A delegação do Governo nas negociações, encabeçada pelo ministro José Pacheco, tem estado a insistir para as duas partes prepararem o encontro entre o chefe de Estado e o líder da Renamo, mas a Renamo furta-se, recusa-se, nega, não quer debater a preparação deste encontro”, afirmou Macuácua. O conselheiro do Chefe de Estado diz igualmente que os tais encontros preparatórios iriam conferir a dimensão e os resultados desejados.

Obras iniciaram no troço Moamba–Malhampsene

A Trans African Concession, empresa concessionária da estrada Maputo-Witbank, ou simplesmente EN4, anunciou, ontem, em Maputo, a reabilitação daquela infra-estrutura. Na verdade, os trabalhos, tal como fez saber Fenias Mazive, director-geral da TRAC em Moçambique, iniciaram na segunda-feira passada, mas os trabalhos estão a ser feitos apenas no troço que liga o distrito da Moamba ao bairro de Mahlampsene, no município da Matola. Este é o troço que se apresenta em estado mais avançado de degradação, quando comparado com o resto da estrada. Fenias Mazive diz que o problema deve-se ao facto de muitos carros que se fazem àquele local estarem sobrecarregados. No geral, são várias as causas que contribuem para o desgaste da estrada, desde o envelhecimento natural do pavimento da EN4, tendo em conta que foi reabilitado em 2006, à exposição ao clima, drenagem deficiente, excesso de carga, entre outras. Mas a TRAC acredita que o excesso de carga é a principal causa do desgaste daquele troço.

Renamo publica comunicado violento onde ameaça repetir guerra dos 16 anos

A Renamo publicou, ontem um comunicado violento, onde diz que está disposta a qualquer sacri­fício, incluindo a guerra, para salvar a democracia em Moçam­bique. Aliás, desta vez o partido extremou a sua posição e ameaças, e diz estar pronto para mais um conflito como o dos 16 anos, caso a Frelimo e o MDM ten­tem realizar as autárquicas a 20 de Novembro. “Não podemos esconder que se a Frelimo re­alizar sozinha as eleições, com o MDM como combinaram, as consequências serão da própria Frelimo(...). Daqui para frente, chega! A nossa luta pela demo­cracia vai continuar, mesmo que seja necessário mais um sacri­fício do que aquele de 16 anos, estamos dispostos e somos volun­tários até que o povo consiga a verdadeira democracia”, diz um comunicado do partido. Numa mensagem divulgada no Jornal Notícias, no âmbito da celebração dos 21 anos da Paz, a Renamo reitera as suas ame­aças de inviabilizar as eleições autárquicas, alegadamente por a actual Lei Eleitoral beneficiar apenas o partido Frelimo. “Nós, a Renamo, estamos aqui para informar a toda a população de Moçambique que nunca acei­taremos participar em eleições que sabemos de antemão que a Frelimo vai ganhar com roubo, porque esta lei só favorece a Fre­limo”, lê-se no comunicado. Ali­ás, a Renamo diz que só aceitará as eleições se houver uma lei ra­zoável que garanta que ninguém vai manipular o processo através da Lei Eleitoral. “A Frelimo quer que os par­tidos políticos participem com essa lei anti-democrática, que só permite manobras do partido no poder”, escreve o partido. Esta formação política vai mais longe e diz que se as eleições au­tárquicas se realizarem, o am­biente de tensão irá prevalecer.

Guebuza condecorado no Uganda

Trata-se da mais alta distin­ção atribuída aos chefes de Estado do Uganda. Na ocasião, Yeweri Museveni, estadis­ta ugandês, justificou a distinção como resultado do contributo político de Armando Guebuza no continente africano. Perante milhares de cidadãos ugandeses, diplomatas acredita­dos em Kampala, membros dos órgãos de soberania e do gover­no de Yeweri Museveni, Arman­do Guebuza viu o seu contributo político no continente africano reconhecido pelo executivo do Uganda, no dia que aquele país celebrava 51 anos de independên­cia nacional. Mas não foi somente o Presi­dente da República que foi conde­corado na tarde de ontem em ple­no Rukungiri District Stadium. Mais de meia centena de perso­nalidades ugandesas, de diversas áreas, nomeadamente, educação, saúde, cultura e política viram também o seu contributo para o desenvolvimento do seu pais des­tacado. Todavia, o momento mais alto destas distinções coube ao convidado de honra do dia da in­dependência do Uganda, Arman­do Guebuza. Aliás, foi o primeiro a ser convidado ao pódio, pelo seu homólogo ugandês, Yeweri Museveni, numa acção antecedida pela apresentação da biografia de Guebuza. A medalha, denominada Or­dem Excelente da Pérola de África, é, na verdade, a mais alta distinção atribuída aos chefes de Estado no Uganda. Para o efeito, Yeweri Museve­ni, no poder desde 1986, justificou a condecoração como reconhecimento do papel ím­par desempenhado pelo estadis­ta moçambicano na política do continente africano, fortalecido durante a sua presidência no blo­co regional da Comunidade dos Países da África Austral (SADC) e na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).