quinta-feira, 18 de maio de 2017

Orçamento deficitário compromete contratações na Zambézia

Falta de cobertura orçamental comprometeu a contratação de novos profissionais de saúde na Zambézia

A falta de cobertura orçamental comprometeu a contratação de novos profissionais de saúde, na Zambézia, no primeiro trimestre do ano. Trata-se de profissionais formados nos institutos de ciências de saúde de Quelimane e Mocuba.

“No primeiro trimestre, não absorvemos nenhum recém-graduado, porque estamos a fazer um trabalho de harmonização do nosso orçamento. Para este ano, temos orçamento para contratação de 250 funcionários, dos quais 194 serão absorvidos pelo fundo comum, e as restantes vagas serão para absorver 110 graduados até ao fim do ano, através de um concurso público”, disse o director da Saúde na Zambézia, Hidayat Kassim.

No primeiro trimestre, a prioridade na contratação foi para funcionários que, mesmo estando a trabalhar, ainda não tinham vínculo com o Estado.

“Tínhamos, no ano passado, 534 funcionários que ainda não estavam a ser contratados, foram esses que priorizámos durante o primeiro trimestre”, concluiu Kassim.

Relatório da Kroll deve servir de lição para Governo melhorar transparência

Maleiane aguarda com grandes expectativas a divulgação do relatório da Kroll


Embora o conteúdo do relatório da auditoria às polémicas dívidas da Ematum, ProIndicus e MAM não seja do conhecimento público, o Governo tem expectativas sobre o documento, e diz que as possíveis recomendações devem servir de ensinamento para que o Executivo faça uma gestão clara das suas contas.

Adriano Maleiane pronunciou-se, ontem, sobre a matéria e diz que tal como qualquer moçambicano, o seu Executivo espera com grandes expectativas a divulgação do documento produzido pela Kroll. “Isto é mais um passo para tornar mais transparente os actos de governação. Esperamos que algumas recomendações que vierem, ajudem este Governo a melhorar a transparência”, disse o governante, numa curta comunicação ao jornal O País, à margem de uma reunião do sector de estradas, que dirigiu na capital do país, em representação do ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Bonete.

Neste momento, o relatório da Kroll sobre a auditoria às dívidas polémicas está na posse da Procuradoria-Geral da República, sem data para a sua divulgação.

Maleiane falou, também, do ponto de situação da renegociação das dívidas da ProIndicus e MAM, iniciada no ano passado, e diz que o processo ainda não está fechado. “O processo continua e precisamos tê-lo concluído o mais breve possível, porque faz parte do programa que temos para discutir com o Fundo Monetário Internacional, no sentido de termos o próximo programa”, explica o dirigente do pelouro das finanças.

A empresa MAM falhou a sua primeira prestação em Maio de 2016, tendo o Governo anunciado, na altura, que está em renegociação, a dívida da empresa. Já a ProIndicus falhou, a 21 de Março de 2017 o pagamento da sua segunda prestação. As duas empresas contraíram dívidas de pouco mais de 1.1 bilião de dólares norte-americanos, com o aval do Governo, mas sem o conhecimento da Assembleia da República e do Fundo Monetário Internacional.

Bancos comerciais uniformizam cálculo dos juros

Bancos comerciais devem aplicar a mesma base para calcular a taxa de juro que aplicam ao crédito que concedem aos clientes

A partir de 1 de Junho, os bancos comerciais devem aplicar a mesma base para calcular a taxa de juro que aplicam ao crédito que concedem aos clientes. O Banco de Moçambique (BM) e a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) materializaram ontem, através de um acordo, a medida que visa aumentar a transparência nas condições de fixação do preço do dinheiro e assegurar maior controlo do Banco Central sobre as taxas de referência do mercado financeiro.

No fundo, a decisão vem eliminar fragilidades, que já eram reportadas, há anos, na relação entre as taxas de juro de referência (também designadas por taxas directoras) e as taxas aplicadas pelos bancos comerciais. É que nunca havia impacto visível no facto de o BM mexer nas taxas de referência, com a intenção de sinalizar os bancos comerciais a seguirem o mesmo caminho para com os clientes.

Com o acordo, assinado pelo governador do Banco De Moçambique, Rogério Zandamela, e o presidente da AMB, perante representantes de vinte instituições  financeiras, o BM assegura maior controlo sobre as taxas de referência do mercado financeiro.

“O principal destinatário deste acordo é o consumidor dos serviços bancários. Estamos em crer que o público almeja e espera de todas as instituições o respeito e implementação dos termos acordados, pelo que, na nossa qualidade de supervisores e reguladores do sistema  financeiro, assumimos desde já o compromisso de velarmos pela rigorosa na implementação deste acordo”, avançou Zandamela.

A base de cálculo resulta de negociações com as instituições financeiras do país, representadas pela associação de Bancos que pediu colaboração do BM.

Taxa estava liberalizada há mais de 20 anos

O acordo assinado ontem vem pôr fim a um ciclo de mais de 20 anos em que a base de formação da taxa de juro estava determinada por critérios próprios dos bancos comerciais. Após a adesão de Moçambique às instituições de Breton Woods em 1997, o Banco Central deixou de fixar as taxas de juro aplicadas nas operações financeiras. Esta forma de estar veio a ser reforçada em 1997, com a criação do Mercado Monetário Interbancário e em 1999, o acordo de adesão a MAIBOR.

Metical passa a ter assinatura de Rogério Zandamela

Notas com assinatura de Zandamela começam a circular a 16 de Junho


O metical vai ter uma nova série de notas com a assinatura do actual Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.
As de 100, 50 e 20, de maior circulação, continuam em polímero, ajustadas a climas húmidos, e as de 200, 500 e 1 000 meticais continuam em papel. Os elementos de segurança também não serão alterados

Lançadas hoje, data em que o Banco de Moçambique celebra a sua criação, as novas notas deverão começar a circular em Junho próximo, em simultâneo com as antigas.


As moedas não sofrem nenhuma alteração. O Banco de Moçambique diz que a impressão e divulgação das novas notas não vão ter custos adicionais.

CNE pede pacto geral para credibilizar próximos pleitos

                         CNE trabalha para garantir “eleições livres, justas e transparentes”


A Comissão Nacional de Eleições (CNE) reuniu, ontem, com os partidos políticos nacionais, para dar início ao processo de harmonização rumo às quintas eleições autárquicas, agendadas para 10 de Outubro de 2018.

A 17 meses do escrutínio, os órgãos eleitorais querem que, desde já, todos os intervenientes trabalhem em sintonia, para que, desta vez, os processos eleitorais deixem de constituir factores de tensão e se faça jus ao lema de “eleições livres, justas e transparentes”.

“No uso das boas maneiras na vossa relação com os órgãos eleitorais, unamo-nos em prol da paz e estabilidade nos nossos processos eleitorais. Cultivemos a prevenção, a credibilização e a aceitabilidade dos resultados eleitorais, para que a legitimidade dos eleitos seja uma realidade”, apelou o presidente da CNE, Abdul Carimo.

Com as memórias frescas do que tem sido as fases pós-eleitoral, em particular, a CNE quer uma colaboração de todos os actores, com destaque para os órgãos eleitorais e partidos políticos, de modo a que as quintas eleições autárquicas se tornem um ponto de viragem, para que os pleitos sejam momentos de festa e de celebração da democracia.

“Nós queremos que seja um processo em que todos nós saiamos vencedores. E ser vencedor significa que mesmo aqueles que não sejam eleitos saiam confortáveis, seguros de que concorreram. Ainda que não tenham sido eleitos, o processo foi limpo”, disse Carimo, reiterando o apelo à união de todos.

O presidente da CNE apelou a que os partidos abdiquem da mobilização dos membros e simpatizantes para o chamado “controlo de voto” e optem pelo cumprimento da lei.

Preços de produtos básicos baixam em Quelimane

                          Preço do saco de arroz de 25kg baixa de 1800 para 1400 meticais

Os produtos da primeira necessidade estão a registar baixa de preços nos supermercados de Quelimane, na ordem dos 20%. A apreciação do metical em relação ao dólar, e a cessação das hostilidades militares são apontadas como os principais factores.

O saco de dez quilos da batata reno, que estava a ser comercializado a 550 meticais até a semana passada, hoje custa 330. Vinte e cinco quilos de arroz de primeira baixou de 1800 para 1400 meticais. Dez quilos de cebola que custava 500 meticais baixou para 400 e o quilo do alho que custava 400 meticais hoje está a ser comercializado a 300 meticais.

Membros da direcção provincial da Indústria e Comércio visitaram, hoje, estabelecimentos comerciais, na capital da Zambézia, para se informarem dos preços praticados.

Dominguez campeão na África do Sul

                   Bidvest Wits vence por duas bolas a zero e sagra-se campeão sul-africano

O internacional moçambicano, Elias Pelembe ou simplesmente Dominguez, acaba de se sagrar campeão sul-africano pelo Bidvest Wits.

A vitória diante do Polokwane City (2-0) permitiu ao conjunto do capitão dos Mambas conquistar o inédito título. E este é o primeiro título de campeão sul-africano do “Puto Maravilha” pela sua actual equipa. Antes, Dominguez sagrou-se campeão pelo Supersport United.

A vitoria foi conquistada numa partida onde o “Puto Maravilha” foi substituído aos 88 minutos.