sábado, 19 de outubro de 2013

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A equipa do Jornal Urbano de Moçambique, conta agora com um novo Website, onde vai abrir um espaço ligado à publicidade, área cultural, desporto, meteorologia e muito mais. Como forma de agradecer aos fieis seguidores e empresários, que acompanham o nosso trabalho, decidimos oferecer aos interessados em fazer publicidade na nossa página, um espaço livre para publicitar a sua empresa de uma forma gratuita por mais ou menos 1 (um) mês. Para mais informações, porfavor contactar a nossa equipa através das seguintes linhas móveis: (+258) 823289582 (+258) 840300315 assim como via email: jornalurbano@sapo.mz www.jornalurbano.comunidades.net

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Malfeitores violam e assassinam mulher

A onda de criminalidade tende a recrudescer na cidade de Nampula, norte do país, e a face mais visível culmina com a violação sexual de mulheres e consecutivos assassinatos. A Polícia da República de Moçambique reporta frequentemente à Imprensa, através do seu comando provincial de Nampula, casos de violação sexual de mulheres e menores. Na semana passada, em briefing com a Imprensa, a PRM, através do seu porta-voz em Nampula, Miguel Bartolomeu, exibiu à Imprensa e colocou ao público um suposto curandeiro acusado de violar quatro menores no bairro de Muahivire Expansão, arredores da capital do norte. No briefing desta semana, realizado na última terça-feira (15), a PRM em Nampula afirmou ter registado um estupro e assassinato de uma mulher de 33 anos de idade no bairro de Muatala. A vítima respondia pelo nome de Júlia Francisco e, segundo Miguel Bartolomeu, porta-voz da PRM, foi encontrada sem vida na sua residência. Os laudos médicos preliminares efectuados pela equipa da PIC no local apontam para um estupro e consequente assassinato por asfixia. A PRM ainda não dispõe de pistas suficientes para esclarecer o caso, mas informações correntes indicam que o acto foi protagonizado por um guarda de uma residência vizinha, cuja identidade não nos foi avançada. No mesmo briefing, Miguel Bartolomeu disse que mais onze supostos assaltantes terão roubado na residência de um comerciante um valor monetário estimado em um milhão de meticais. A identidade do comerciante não foi avançada, mas a PRM apela para que os “homens de dinheiro” possam usar os bancos para guardar o seu dinheiro.

Agentes de PRM enfrentam possibilidade de penas pesadas

Está em curso no Tribunal Distrital de Moatize, o julgamento do processo-crime n. 47/2013, cujos réus são dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), afectos ao Comando Distrital de Moatize. Os agentes, em princípios de Janeiro 2012, reprimiram com violência brutal os manifestantes da comunidade de Cateme, espancando os cidadãos que protestavam contra “más condições de vida na zona de reassentamento” criada pela mineradora Vale. Os agentes Custódio Missasse e Agostinho Traquino foram constituídos arguidos num processo que a Liga dos Direitos Humanos (LDH) move não só contra eles mas também contra o Estado Moçambicano. Ficou comprovado que os agentes em julgamentos espancaram os moradores de Cateme, no dia 11 de Janeiro de 2012, durante a manifestação. A LDH argumenta que houve uso desproporcional de força por parte dos agentes do Estado contra a população que se manifestava sem violência. Os agentes são acusado pelos crimes de prisão ilegal e ofensas corporais qualificadas, visto que para além de agredir os manifestantes, também foram presas 9 pessoas, tidas como “cabecilhas” da manifestação. As detenções acorreram sem mandado de captura emitido por entidades competentes. Depoimento comovente de um cego torturado pela Polícia Esta quarta-feira, o dia foi reservado às alegações finais, a última oportunidade dada tanto aos réus agentes como às vítimas para se expressaram antes da produção da sentença. Antes dos agentes da PRM falarem ao tribunal, a juíza do caso, Ivete Germano, deu palavra às vítimas das sevícias dos polícias. Um depoimento de Raul Manuel, deficiente visual que foi encontrado a dormir na sua casa em Cateme e espancado pela Polícia, deixou todos os presentes na sala de sessões comovidos. “Recordo-me que naquele dia, eu estava em minha casa sozinho. Apenas ouvia pessoas a falarem de manifestações que estavam a acontecer. De repente senti chambocos e pontapés de polícias, que disseram que eu estava na manifestação. Quando lhes disse que eu sou cego, não via nada, não sabia de nada do que estava a passar e pedi para pararem de me bater, não ouviram. Até que um outro polícia disse, ‘vamos deixá-lo que este é cego mesmo’. Foi humilhante o que passei, levei muita porrada”, contou Raul Manuel ao Tribunal, numa explicação emocionante que gelou a sala de julgamento. Amanhã o Canalmoz traz mais incidências do julgamento em que a LDH exige um milhão de meticais de indemnização para as vítimas.

MDM acusa STAE de querer dispersar votos na Gorongosa

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força política, acusou o Secreta­riado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) na Gorongosa, Sofala, centro de Moçambique, de transferência de uma mesa de voto, sob proposta do Governo, para “dispersar” eleitores. Em declarações à Lusa, Daniel Massasse, do MDM, disse que o STAE “validou” uma proposta da Frente de Libertação de Mo­çambique (Frelimo, no poder), através do governo local, para transferir as assembleias de voto da EPC 3 de Fevereiro para EPC 1.º de Maio, num “flagrante pro­tagonismo político”. “As pessoas foram se recensear na EPC 3 de Fevereiro e, chega­da a altura de votação, devem procurar as suas assembleias de voto num outro lugar, porque al­guém decidiu transferir a mesa. Isso vai baralhar os eleitores, e, claro, favorecer o proponente”, disse à Lusa Daniel Massasse, também candidato do MDM à autarquia de Gorongosa.

Dhlakama fala hoje ao país

O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, fala hoje ao país, a partir de Santungira, no âmbito da celebração do seu primeiro aniversário desde que ali se instalou. Com efeito, um grupo de jornalistas dos principais órgãos de informação nacionais chegou, ontem, ao quartel-general da Renamo para, na primeira pessoa, ouvir de Afonso Dhlakama o balanço da sua estadia em Santungira. Os jornalistas esperam igualmente que Dhlakama clarifique o seu posicionamento relativamente ao diálogo em curso, em Maputo, entre delegações do Governo e da Renamo; que diga se está ou não disponível a encontrar-se com o presidente Guebuza para acabar com o actual clima de tensão político-militar, que se vive no país, sobretudo depois das declarações do partido, de que está disponível para repetir a guerra de 16 anos.

Polícia prende delegado político e candidatos à Assembleia Municipal do MDM

A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Gaza deteve na noite da última quarta-feira o delegado político e outros três membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), no município da Macia. Três dos quatro detidos são candidatos à Assembleia Municipal local. Os presos são acusados de terem agredido três membros do partido Frelimo em retaliação à invasão protagonizada por aqueles à sede da Delegação Política do seu partido, naquele município. Entretanto, A PRM na Macia já transferiu, da esquadra policial para a cadeia, os presos. O MDM considera as detenções de ilegais, argumentando que os candidatos à Assembleia Municipal “gozam de imunidade e as detenções foram feitas de noite sem mandado judicial”. "Queremos que a justiça seja feita e que os culpados sejam julgados pela forma como as detenções foram feitas e pelo abuso do poder", referiu o MDM em nota de Imprensa enviada ao Canalmoz. As detenções ou diligências foram feitas ontem à noite. Contudo, a lei estabelece que as buscas e detenções devem ser efectuadas à luz do dia e não à noite, salvo em flagrante delito. O comandante da PRM em Bilene, Isaías Parruque, em contacto telefónico com o Canalmoz confirmou as detenções dos quatro membros do MDM, argumentando que os mesmos "agrediram quatro jovens que neste momento estão hospitalizados no município da Macia". O comandante Parruque negou que os detidos tivessem sido presos à noite da quarta-feira, dizendo que os mesmos foram deditos na manhã do mesmo dia. "Por lei nós não temos mandato para fazer detenções à noite. O que fizemos foi esperar que amanhecesse para irmos fazer as detenções", disse Isaías Parruque, acrescentando que "na Polícia não há celas, por isso todos os presos são levados à cadeia". Há 15 dias uma delegação de quadros do MDM reuniu-se com o Comando Geral da PRM para denunciar a má actuação da Polícia aos membros do MDM em quase todas as províncias e em particular em Gaza. Na ocasião, a Polícia comprometeu-se a agir com isenção em defesa da lei para repor a legalidade.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Polícia identificou suspeitos de raptos de crianças

O ministro do Interior revelou, ontem, que a polícia identificou suspeitos de raptos de crianças, sublinhando que a sua detenção “é uma questão de tempo”. Alberto Mondlane disse ainda que a polícia sempre esteve atenta à onda de raptos e que continuará a perseguir os malfeitores até levá-los a responder em tribunal. Falando em Inhambane, onde avaliava o trabalho da polícia, o responsável pela ordem e tranquilidade públicas defendeu que o combate aos raptos depende da colaboração de toda a sociedade. Nas últimas quatro semanas, duas crianças de nove anos de idade foram raptadas nas cidades de Maputo e Matola. O rapto de crianças terá iniciado no passado dia 24 de Setembro, quando o filho de um proeminente quadro da empresa de petróleos, e empresário, foi sequestrado na avenida Marginal, também a caminho da escola. O menor seguia numa viatura particular que foi abalroada pelos sequestradores que, aproveitando-se da surpresa causada ao motorista e ao irmão adolescente que estava na viatura, e empunhando armas de fogo levaram o menor indefeso. Mais tarde os sequestradores, por via telefónica, contactaram o progenitor da vítima e apresentaram o seu pedido de resgate. Não há informação do resgate ter sido pago, contudo, a menor regressou ao convívio familiar...

“Chapas cem” voltam a paralisar actividade

Os transportadores que operam na rota Xiquelene/Baixa, na cidade de Maputo, paralisaram, ontem, as suas actividades, em protesto contra a alegada má actuação da Polícia Municipal da capital do país. Trata-se da segunda paralisação dos transportadores privados na cidade de Maputo em menos de um mês. Há duas semanas, foram os operadores da rota Missão Roque/Xipamanine que estacionaram os carros a protestarem contra a polícia camarária. Os problemas levantados são os mesmos: alegam má actuação das autoridades municipais, que têm que ver com cobranças ilícitas. “Nós, como chapeiros, estamos a reclamar a atitude da Polícia Camarária. Sempre procuram maneiras de nos extorquir. Aplicam-nos multas avultadas, parqueiam nossos carros sem motivos. Uma das formas encontradas agora para nos roubarem dinheiro é parqueando os carros. Sabem que diariamente o carro marca mil meticais”, disse Orlando Munguambe, um dos transportadores. “A Polícia Municipal não sabe trabalhar. Fazem-nos chantagens que não existem. Cobram- nos dinheiro toda a hora. Veja só na mesma rota param em cinco pontos. Em cada posto, temos que passar e deixar dinheiro”, desabafa Celso, também transportador.

Renamo cumpre ameaça e não negoceia sem facilitadores

A Renamo “cumpriu” a sua promessa e, ontem, não aceitou prosseguir com as negociações sem a presença dos facilitadores, tal como ameaçara na semana passada. É que, para este partido, o tempo que já se levou no diálogo sem qualquer consenso mostra que um terceiro interveniente é que pode ajudar a aproximar as posições sobre a tensão política no país. As duas delegações reuniram esta segunda-feira durante 30 minutos no Centro de Conferências Joaquim Chissano, mas sem resultados. Entretanto, nesta nova tentativa de resolução do impasse político que já se arrastou para a 24ª ronda, o Executivo não cedeu às exigências da Renamo de incluir facilitadores no diálogo. Estupefacto, o governo acusa a Renamo de ter abandonado a sala de negociações. Aliás, José Pacheco diz que não conhece as razões que levaram a delegação da “perdiz” a deixar a sala de negociações. “Quando parecia estar a decorrer normalmente, a dada altura, a Renamo abandonou a sala sem uma justificação plausível. Reiteramos a nossa disponibilidade para nos encontrarmos com a Renamo e, pelos canais próprios, faremos chegar essa vontade”, disse José Pacheco, adiantando que a delegação do Governo está pronta para mais uma sessão negocial na próxima segunda-feira.

Povo vive nas matas após assalto

A população da localidade de Samacueza, distrito de Muanza, Sofala, local onde homens armados, supostamente da Renamo, assaltaram um posto das Forças de Intervenção Rápida, vive um clima de medo e a maioria pernoitou nas matas nos últimos dois dias. Samacueza fica a cerca de 80 quilómetros da cidade da Beira e menos de 40 do paiol assaltado há cerca de quatro meses, por homens armados. Alberto Zacarias, residente em Samacueza, contou que, por volta das 04h00, ele e os vizinhos foram despertados com vários tiros oriundos da unidade da FIR. “Momentos depois, ouvimos gritos e vimos os agentes da FIR a correr. Nós também começamos a fugir para as matas sem entender o que se estava a passar. Cerca de uma hora depois, é que soubemos que homens armados assaltaram o posto da FIR”. João Andrade, também residente em Semacueza, acrescentou que, depois do assalto, que culminou “com o roubo de armas, vestuários e bens alimentares de agentes da FIR, os assaltantes puseram-se em fuga sem deixar rastos. O medo e terror tomaram conta de nós. Muitos dos meus vizinhos fugiram para a cidade da Beira e outros para Dondo.

Liberto menor raptado na Matola

Regressou na noite de ontem ao convívio familiar a criança de dez anos de idade que na semana passada tinha sido raptada na cidade de Matola por quatro indivíduos ainda desconhecidos pouco depois de ser recolhido pela carrinha que diariamente o levava à escola. A informação foi dada pelo porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique, Pedro Cossa, que afirmou que em conexão com este caso foi detido um indivíduo que se suspeita esteja envolvido no rapto. Cossa não deu detalhes sobre as circunstâncias que ditaram a libertação do menor, não se sabendo se teria sido mediante o pagamento de resgate ou se a Polícia teria conseguido localizar os raptores e libertar a criança. O regresso do menor à casa foi igualmente confirmada pela direcção da Escola que a criança frequenta.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Mais um com droga no estômago

UM indivíduo identificado por T. Tendiwa, de 37 anos de idade, de nacionalidade tanzaniana, foi detido ontem, no aeroporto internacional de Maputo após serem detectadas mais de 90 ampolas de cocaína nos intestinos. O jovem, que acabava de desembarcar num voo procedente do Brasil, foi levado para o Hospital Central de Maputo onde foi de imediato submetido ao processo de retirada do narcótico presente no estômago. Até ao final da manhã de hoje o indivíduo encontrava-se naquela unidade sanitária, segundo Orlando Mudumane, porta-voz da polícia no Comando da Cidade. Este é o segundo caso similar que se regista no espaço de uma semana. O primeiro envolveu um moçambicano que também vinha do Brasil com sessenta e cinco ampolas de cocaína no estômago.

Chefe do posto grita "viva Frelimo" na cerimónia do Estado

O chefe do Posto Administrativo de Chidenguele, no distrito de Mandjacaze, província de Gaza, Salvador Chale, partidarizou, na sexta-feira da semana finda, no povoado de Themanine, a cerimónia de lançamento da campanha nacional de pulverização contra mosquitos causadores da malária. A cerimónia teve lugar no último dia do Conselho Coordenador do Ministério da Saúde que decorreu em Chidenguele e foi dirigido pelo ministro do pelouro, Alexandre Manguele. Eis que usando da palavra, Salvador Chale gritou: “Frelimo hoyê, Frelimo hoyê. Viva Frelimo. Estamos aqui para lançarmos a campanha da malária. O nosso administrador não está aqui porque está a acompanhar a visita do camarada primeiro-ministro que está de visita à província de Gaza”, disse. Não houve repreensão ao dirigente local, mas também não houve resposta efusiva às palavras que no regime marxista-leninista eram de ordem e até há moçambicanos que foram mortos por não aceitarem pronunciá-las. Na comunidade Themanine, foram visitadas algumas famílias incluindo pessoas influentes na zona, para que passem a mensagem de sensibilização sobre a pulverização intra-domiciliária a outras pessoas.

Dhlakama recua e diz que não quer Guerra

O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, recebeu, este sábado, uma delegação do Observatório Eleitoral, no seu burgo em Santungira. A organização tentou refrear os ânimos do líder da Renamo e agendar o encontro com o Chefe do Estado, Armando Guebuza. O líder da Renamo esclareceu que não quer a guerra e que a mensagem da Renamo foi mal percebida. Disse ainda que as conversações com o presidente da República têm de ser realizadas a 20 Km de Santungira. Eis as principais linhas da conferência de imprensa de Afonso Dhlakama: A Renamo anunciou que está disponível para repetir a guerra de 16 anos, com o objectivo de salvar a democracia. É esse o caminho que o líder da Renamo quer? A Renamo está disponível para que tenhamos eleições condignas, transparentes, mas através de uma lei boa e não esta fantochada. É boato a ameaça de que a Renamo quer fazer a guerra. Quando iniciámos a guerra em 1977 ninguém sabia quem era André Matsangaissa nem quem era Afonso Dhlakama. Não se avisa uma guerra. O porta-voz da Renamo disse que o partido vai usar todas as forças físicas e intelectuais para salvar a democracia... O que estamos a dizer é que se a Frelimo continuar a atacar-nos, a escravizar-nos e a adiar a esperança do povo, não restem dúvidas que podemos aceitar o sacrifício mais longo que o dos 16 anos. Foi isso que falámos na nossa mensagem de 4 de Outubro e ninguém falou da guerra. Então, em nenhum momento a Renamo volta a pegar em armas? Tenho netos e filhos. Quero conduzir o meu carro com a família e escrever tudo o que fiz durante os 16 anos para trazer a democracia. Com 60 anos, com cabelo branco, não preciso de pegar mais numa espingarda para disparar. Mas uma coisa é certa: sou ser humano e tenho segurança, se alguém vier me atacar, vou responder, para não apanhar o tiro em primeiro lugar. Mas assim nasce a guerra. Isso não é fazer a guerra. É exactamente isso que estamos a advertir. Nunca falámos da guerra. Outra coisa que pusemos naquele documento - para ficar claro - é a seguinte: se a Frelimo ou o MDM como amigos irem às eleições para brincarem com o povo de Moçambique, as consequências são deles. Quais serão as consequências? Não vamos reconhecer os órgãos, porque isso até é um processo inconstitucional.

Vaga de calor causa prejuízos aos avicultores e congestionamento na marginal

A vaga de calor que se fez sentir no passado sábado causou prejuízos avultados a vários criadores de frango na cidade de Maputo. Uma avicultora, de nome Fátima Mussagy, há 20 anos no negócio de produção e venda do produto, perdeu 6 500 pintos e diz que uma conhecida sua teve baixa de 18 mil frangos. Tinha frango morto por todo o lado, ou seja, cerca de metade da sua produção, uma situação que emocionou a criadora. “São prejuízos enormes e difíceis de calcular. Há prejuízos em valores monetários e também um défice no mercado, tendo em conta que abastecemos os supermercados. Isto não aconteceu só comigo, tenho uma colega que perdeu 18 mil frangos que devia tirar hoje (ontem). É triste porque esta situação pode continuar devido a esta vaga de calor”, afirmou Mussagy. Fátima Mussagy critica, porém, a ausência da mão do Estado neste negócio que considera de risco, para além de afectar consideravelmente o mercado de consumo. “não temos nenhum incentivo para o avicultor. Se trabalha com o banco, deve pagar apesar de tudo e é muito difícil trabalhar nestas condições. É mais difícil porque ninguém aceita assegurar o negócio da avicultura no país”, disse. Apesar de reconhecer o risco, a avicultora diz que não há outra coisa senão continuar a produzir o frango, mesmo com estes prejuízos. É um drama que pode repetir-se, já que o verão só está no seu início.

Homens armados atacam posto policial perto do paiol de Savane

Homens armados supostamente da Renamo atacaram, na madrugada de sábado, o posto da polícia em Samacueza, no distrito de Muanza, província de Sofala. Há indicações de ter havido vítimas mortais e feridos por parte das forças governamentais, mas o Ministério da Defesa não confirma. Trata-se do segundo assalto a uma unidade de defesa e segurança, depois do paiol de Savane ter sido atacado em Junho deste ano. Este domingo, “O País” deslocou-se ao local dos acontecimentos, onde constatou que se vive um clima de medo, tendo muitas pessoas pernoitado nas matas. Samacueza está localizado há cerca de 80 quilómetros da cidade da Beira e menos de 40 do paiol de Savane, que se encontra a escassos metros da linha de Sena e da estrada que liga a cidade da Beira ao distrito de Caia. A linha de Sena é o principal eixo de transporte de carvão das mineradoras Vale e Rio Tinto. Alberto Zacarias, residente em Semacueza, conta que, cerca das 04h00, ele e os vizinhos foram despertados por tiros vindos da zona onde está a unidade da polícia. “Momentos depois, ouvimos gritos e vimos os agentes da polícia a correrem. Nós também começámos a fugir para as matas, sem entender o que se estava a passar. Cerca de uma hora depois é que soubemos que homens armados assaltaram o posto da polícia”.

“A Renamo é que atacou e quem procura sarna coça”

O ministro da Defesa, Filipe Nyusi, afirmou, no sábado, que o ataque ao posto policial de Samacueza, em Sofala, foi feito por homens da Renamo e prometeu dar o troco. O governante disse, ainda, que durante os ataques houve troca de tiros entre as forças governamentais e os alegados homens da Renamo, mas ninguém perdeu a vida do lado da polícia e das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). “Pela madrugada, ficámos a saber que numa posição das FADM e agentes policiais que protegem a linha-férrea de Samacueza houve ataques. Os homens que atacaram concentravam mais as suas atenções na pilhagem de alimentos. Não foi bom. É uma acção perpetrada pelos homens da Renamo e não resta mais nada, pois quem provoca sarna é para se coçar”, declarou o ministro aos jornalistas. Esta é a segunda vez que uma unidade de defesa e segurança é atacada por homens armados. Em Junho passado, o paiol de Savane, também em Sofala, foi assaltado, tendo desaparecido vários tipos de armamento. A Renamo distanciou-se da operação e disse tratar-se de uma manobra da Frelimo para desgastar a imagem do principal partido da oposição. O ministro da Defesa avançou que as pessoas que atacaram o posto policial serão perseguidas e responsabilizadas, sublinhando que quem ataca as FADM tem objectivos profundos. “As pessoas podem fazer tudo o que quiserem sem nenhum medo, mas quando alguém ataca outras pessoas, sobretudo as FADM, é porque querem fragilizar a segurança. Portanto, nessas condições é só procurar essas pessoas. Procurar até encontrar”, destacou o ministro da Defesa.

“Dhlakama quer eleições justas”

À terceira vez em Santungira, o Observatório Eleitoral tentou acalmar o homem forte da Renamo, depois das ameaças de guerra. O presidente da organização, Dom Dinis Matsolo, diz que saiu com garantias de que a paz não será perturbada. Numa declaração curta, Matsolo explicou que Dhlakama deixou tudo nas mãos do Chefe do Estado. “O líder da Renamo reitera o compromisso para com paz e disse estar comprometido para fazer de tudo para que não voltemos à guerra. Disse, também, que gostaria de entrar na corrida eleitoral num campo nivelado, em que todos se sintam em pé de igualdade em termos de condições para o jogo. É importante não esgotarmos propostas, agora, na comunicação social, porque precisamos de facto de preparar este encontro e não queremos que o nosso diálogo com Afonso Dhlakama seja esvaziado. É uma questão protocolar e de respeito. Vamos contactar o presidente da República com algumas propostas saídas deste encontro e acreditamos que a partir daí avançamos”.

Mil jovens concluem serviço militar em Maputo

Cerca de mil jovens recrutados à escala nacional encerraram, sábado, mais um curso de instrução básica militar na Escola Prática de Exército em Munguine, distrito de Manhiça, província de Maputo. Tratou-se de uma cerimónia caracterizada por exercícios típicos dos militares e carregada de muito simbolismo. Do rol das actividades, há que destacar ainda a parada militar e o juramento da bandeira. Durante o evento, Filipe Nyusi fez a revista de marcha, observando ao pormenor a prontidão individual dos militares. Só que, desta vez, não teve os habituais exercícios tácticos de demonstração de habilidades, que têm sido um dos momentos mais altos do evento. Descursando na ocasião, o ministro da Defesa explicou aos jovens que encerravam os treinamentos que as Forças Armadas de Defesa Nacional têm a obrigação de vigiar cada pedaço do espaço aéreo que cobre o país. “Tem ainda a obrigação de cuidar cada metro cúbico das águas do nosso mar e defender cada metro quadrado do nosso solo nacional”.

sábado, 12 de outubro de 2013

Governo de Maputo “extorque” empresários para visita da primeira-dama

A primeira-dama vai visitar nos dias 25 e 26 de Outubro corrente a província de Maputo e o Governo local está a exigir que os empresários da província contribuam para a logística que só de alimentação está orçada em mais de 126 mil meticais. Indignados com a situação, alguns empresários contactaram o Canalmoz para denunciar o que consideram “sufoco e extorsão” para o sector privado, uma vez que tanto o Governo como o próprio Gabinete da primeira-dama têm orçamentos próprios pago pelos contribuintes incluindo os empresários que são agora solicitados para pagar a logística da visita. Em carta assinada pelo secretário do Governo provincial de Maputo, Ali Chaucale, a que o Canalmoz teve acesso, lê-se que a província “sentir-se-ia bastante honrada” com a contribuição dos empresários para receber a primeira-dama. “O secretariado da povoação de Djuba sentir-se-ia bastante honrado com a contribuição de V. Excia em apoiar na preparação do evento contribuindo com bens e valores monetários em conformidade com a lista de produtos necessários em anexo”, lê na carta enviada aos empresários. Na lista que está em anexo aparecem produtos como cabeças de gado, frangos, arroz, farinha de milho, refrescos, caldos até papel higiénico, que os empresários devem comprar para a recepção da Primeira-Dama. “Isto pode parecer um pedido, mas sabemos que é uma ordem e quem não contribuir estará lixado” desabafam os empresários. De facto não é a primeira vez que o Governo de Maputo vai ao bolso dos empresários para suportar as visitas do casal da Ponta Vermelha. Recentemente, um outro grupo de empresários baseados em Magude, contactou o Canalmoz para denunciar o Governo local estava a pedir apoio em bens e dinheiro para a apoiar visita de presidência aberta de Aramando Guebuza. Um outro mecanismo usado pelo Gabinete da Primeira Dama, para extorquir empresários e empresas do Estado é a chamada “Revista Chama”, que é editada pelo próprio Gabinete da primeira-dama. É que os empresários recebem cartas da Revista a “solicitar” anúncios publicitários. E num País onde a esposa do Chefe de Estado também tem controlo sobre os circuitos do poder e da distribuição de cargos, nenhum empresário ousa em indeferir o pedido de inserção de publicidade na revista da primeira-dama.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Governo expulsa técnico português Diamantino Miranda

O executivo moçambicano ordena a saída do país ao treinador do Costa do Sol, Diamantino Miranda, por aquele técnico ter afirmado, no final de um jogo, que os moçambicanos são ladrões. Duas semanas depois de Diamantino Miranda ter afirmado que “todos aqui são ladrões”, o Ministério do Tra­balho emitiu um comunicado no qual intima o treinador português a abandonar o país nos termos le­galmente estabelecidos: 48 horas. A nota, assinada pela minis­tra do Trabalho, Helena Taipo, classifica o comportamento do famigerado técnico português de “reincidente de falta de respeito, civismo e consideração aos valores consagrados quer na Constituição da República, quer na legislação ordinária em vigor no nosso país”. Para esta decisão, a ministra do Trabalho socorre-se do uso das competências que lhe são conferidas pelo número quatro do artigo 31 da Lei do Trabalho, conjugado com o número 1 do artigo 14 do decreto número 55/2008 de 30 de Dezembro, para “revogar com efeitos imediatos a autorização im­plícita de trabalho de Diamantino Miranda”.

“Renamo vai convocar todas as capacidades físicas para defender a democracia”

Quando faltam cerca de 40 dias para a realização de eleições autárquicas, a Renamo convocou uma con­ferência de imprensa para dizer que está disposta a tudo para salvar a democracia em Moçambique. Estes pronunciamentos vêm dar voz ao seu comunicado divul­gado quarta-feira no Jornal Notícias, contendo ameaças de re­editar a guerra dos 16 anos para inviabilizar as eleições, caso a Fre­limo e o MDM tentem realizá-las. É que, na referida mensagem, o partido reiterou a sua intenção de inviabilizar as eleições por discordar da actual Lei Eleitoral, que abre espaço a alegadas manobras e roubos de votos pela Frelimo. “O partido Renamo deve con­vocar todas as suas capacidades físicas e intelectuais para defen­der a democracia e lutar pela conquista da paz que, neste momento, não obstante o calar das armas, ainda está a léguas da paz. A paz faz-se com actos concretos e palpáveis”, disse Fernando Mazanga, porta-voz da Renamo, acrescentando que “as armas que estão nas mãos dos seguranças da Renamo são para persuadir aqueles que acreditam no seu uso, mas que acabam por semear luto e dor nas nossas famílias”.

A propósito do candidato corrupto da Frelimo Manter candidatura de Carlos Portimão é “retrocesso civilizacional grave e indisfarçável”

O escândalo do candidato da Frelimo que foi flagrado e condenado por suborno à procuradora distrital de Moatize continua a criar indignação generalizada. E a onda de reacções tem vindo a aumentar desde que o partido Frelimo decidiu, através do seu porta-voz, Damião José, manifestar o apoio “incondicional”ao candidato corrupto e ter apelidado a corrupção de “acidente de percurso”. E quem se juntou ao coro de críticas à postura do partido Frelimo é o antigo bastonário da Ordem dos Advogados, Gilberto Correia, que diz, claramente, acreditar que “actos de corrupção para Carlos Portimão sejam meros acidentes do seu percurso profissional”. Gilberto Correia escreveu na sua página de Facebook que a decisão do partido Frelimo de manter um candidato corrupto confesso é um “retrocesso civilizacional”. “Não é aceitável que o Partido que nos governa, e que se propõe governar-nos por muitos anos, venha qualificar a corrupção activa, confessada e punida desta forma assustadoramente complacente e leviana”. Em tom de indignação o antigo bastonário questiona se “um corruptor confesso e condenado em definitivo pode ser governante de milhares de pessoas sem qualquer problema? E o Partido Frelimo vai apoiá-lo, fornecer meios, disponibilizar o aparelho partidário e fazer campanha para garantidamente isso acontecer?” questiona Correia, acrescentando estar “perplexo e, simultaneamente, muito assustado com o rumo que seguimos neste domínio”. Para Gilberto Correia, na política, como em qualquer outra área, deve haver limites éticos. “Sei que a política não é propriamente um paraíso ético, mas daí até o que está a acontecer em Moatize vai uma distância. Para mim, mais do que uma questão meramente política, a manutenção deste candidato configura um retrocesso civilizacional grave e indisfarçável”, finaliza o antigo bastonário.

“Ameaças da Renamo já não são novidade para ninguém”

O Presidente da República, Ar­mando Guebuza, já reagiu às amea­ças da Renamo de recorrer à guerra para inviabilizar as eleições e diz que os moçambicanos já estão acos­tumados com este tipo de compor­tamentos. “Não é novidade para todos os moçambicanos que a Renamo vai boicotar as eleições. É pena que eles tenham dito isso e todos os moçam­bicanos também lamentam que um partido político, que se diz demo­crático, queira boicotar as eleições, usando métodos nada democráti­cos, como eles próprios estão a di­zer”, disse Armando Guebuza.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

No Hospital Geral José Macamo Enfermeiros trocam recém-nascido por nado morto

Como tem sido praxe nas várias maternidades do País, mais um caso de desaparecimentode recém-nascido aconteceu no Hospital Geral José Macamo, na cidade de Maputo, onde, numa situação inexplicável, roubaram uma criança depois da paciente dar à luz um bebé com vida. Em contacto telefónico com a nossa Reportagem, Raquel Bernardo, mãe do bebé desaparecido, mostrou-se indignado com a situação e empurra a culpa aos enfermeiros. “Eu não tenho muito por dizer agora, mas os enfermeiros que estiveram em serviço é que são culpados”, disse Raquel Bernardo, para em seguida questionar: “eles não viram a fita que eu já tinha colocado no braço com o nome do meu filho? Vi o nome do bebé que me entregaram já morto. Não era do meu filho”, disse, comovida, Raquel Bernardo. Referência do caso Por volta das 14 horas de ontem, quarta-feira, os pais da criança receberam, com desagrado, a informação sobre a morte da criança sem nenhuma explicação dos enfermeiros daquela unidade sanitária, mas quando foram convidados a assinar o laudo os pais da criança supostamente trocada constataram, primeiro, que não era um menino, mas, sim, uma menina e com outro nome, acto que criou muita agitação no hospital. O assessor de comunicação no Hospital Geral José Macamo, em contacto com o repórter do Canalmoz, na cidade de Maputo, negou dar qualquer informação sobre o assunto alegando que a direcção daquela unidade sanitria, irá emitir um comunicado em torno deste caso. “A direcção do hospital irá enviar um comunicado a todos os órgãos de comunicação social a explicar o assunto em torno deste caso”, disse o assessor de comunicação do Hospital Geral José Macamo.

Assembleia Municipal de Quelimane critica Manuel de Araújo

O presidente da Assembleia Municipal de Quelimane, Afonso João, acusa o edil Manuel de Araújo de falta de vontade para pagar os retroactivos do ano 2008 e décimos terceiros salários dos anos 2011 e 2012, valores que a edilidade deve aos membros daquele órgão. Afonso João explica que quando esteve na gestão interina do município, depois da renuncia de Pio Matos, mandou pagar parte da dívida em causa a alguns membros, daí que não há motivações para o não prosseguimento do pagamento aos restantes. É que a Inspecção-Geral das Finanças (IGF) trabalhou no município de Quelimane para averiguar as contas da edilidade depois da gestão de Pio Matos, a pedido do edil Manuel de Araújo. Na ocasião, a referida inspecção constatou uma dívida de pouco mais de quatro milhões de meticais.

Antigos operacionais do SISE amotinam-se no ministério dos combatentes

Antigos agentes dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) amotinaram-se, esta quarta-feira, defronte do Ministério dos Combatentes para exigir compensações justas. Os mesmos avisam que se não houver entendimento vão marchar até ao gabinete do Chefe de Estado, Armando Guebuza. Depois do gabinete do primeiro-ministro, os desmobilizados dos Serviços de Segurança decidiram, esta quarta-feira, manifestar-se defronte do Ministério dos Combatentes, para pressionar o Governo a pagá-los uma compensação justa. É que nos princípios deste ano disponibilizou-se um valor por parte do Governo para pagar os antigos desmobilizados de segurança do Estado, mas o mesmo não chegou a ser pago na totalidade. Os mesmos defendem que o que combinaram com o Governo não é o que está a ser pago e prometem lutar até ao fim. “Nós somos desmobilizados da segurança do estado... fomos chamados para ser compensados pelos préstimos que demos na nossa juventude. Só que depois do chamamento para cá houve muitas ondulações na resolução do problema. O ministério dos combatentes não está a ser honesto e sincero nos pagamentos. Estamos agastados. Nove anos aquartelados e com a idade que temos não dá para estarmos no quartel. Há muita manobra e manipulação à volta deste processo. Por sabermos que há quem nos pode atender, viemos até aqui para apresentar esta preocupação”, lamentou o porta-voz dos antigos homens das “secretas”. Outra questão levantada no encontro tem a ver com os sucessivos descontos feitos às viúvas, que os consideram “arbitrários”. “Não sabemos de onde veio essa orientação. Os documentos que assinámos com o Governo eram para todos, para os combatentes e órfãos receberem valor igual. Todavia, sem nenhuma explicação, as viúvas estão a receber valores descontados. Quando perguntámos disseram que existe um documento oficial no ministério das finanças que preconiza que as viúvas, de acordo com a data da morte do marido, fossem descontadas. Nós queremos ter acesso a esse documento”, desabafou.

Prisidênca acusa Renamo de se recusar a agendar encontro

O conselheiro e porta-voz do Presidente da República acusa a delegação da Renamo de se recusar ao debate da preparação do encontro entre o Chefe de Estado, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama. É que no âmbito da presidência aberta, Guebuza visita as províncias de Manica e Sofala a partir do dia 20 deste mês, mas o seu conselheiro afasta a possibilidade de se encontrar com Afonso Dhlakama. Porém, questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade deste diálogo ao mais alto nível, Macuácua disse que tudo depende da delegação da Renamo, que deve preparar as condições para o efeito. “O encontro continua a ser aguardado com muita expectativa. A delegação do Governo nas negociações, encabeçada pelo ministro José Pacheco, tem estado a insistir para as duas partes prepararem o encontro entre o chefe de Estado e o líder da Renamo, mas a Renamo furta-se, recusa-se, nega, não quer debater a preparação deste encontro”, afirmou Macuácua. O conselheiro do Chefe de Estado diz igualmente que os tais encontros preparatórios iriam conferir a dimensão e os resultados desejados.

Obras iniciaram no troço Moamba–Malhampsene

A Trans African Concession, empresa concessionária da estrada Maputo-Witbank, ou simplesmente EN4, anunciou, ontem, em Maputo, a reabilitação daquela infra-estrutura. Na verdade, os trabalhos, tal como fez saber Fenias Mazive, director-geral da TRAC em Moçambique, iniciaram na segunda-feira passada, mas os trabalhos estão a ser feitos apenas no troço que liga o distrito da Moamba ao bairro de Mahlampsene, no município da Matola. Este é o troço que se apresenta em estado mais avançado de degradação, quando comparado com o resto da estrada. Fenias Mazive diz que o problema deve-se ao facto de muitos carros que se fazem àquele local estarem sobrecarregados. No geral, são várias as causas que contribuem para o desgaste da estrada, desde o envelhecimento natural do pavimento da EN4, tendo em conta que foi reabilitado em 2006, à exposição ao clima, drenagem deficiente, excesso de carga, entre outras. Mas a TRAC acredita que o excesso de carga é a principal causa do desgaste daquele troço.

Renamo publica comunicado violento onde ameaça repetir guerra dos 16 anos

A Renamo publicou, ontem um comunicado violento, onde diz que está disposta a qualquer sacri­fício, incluindo a guerra, para salvar a democracia em Moçam­bique. Aliás, desta vez o partido extremou a sua posição e ameaças, e diz estar pronto para mais um conflito como o dos 16 anos, caso a Frelimo e o MDM ten­tem realizar as autárquicas a 20 de Novembro. “Não podemos esconder que se a Frelimo re­alizar sozinha as eleições, com o MDM como combinaram, as consequências serão da própria Frelimo(...). Daqui para frente, chega! A nossa luta pela demo­cracia vai continuar, mesmo que seja necessário mais um sacri­fício do que aquele de 16 anos, estamos dispostos e somos volun­tários até que o povo consiga a verdadeira democracia”, diz um comunicado do partido. Numa mensagem divulgada no Jornal Notícias, no âmbito da celebração dos 21 anos da Paz, a Renamo reitera as suas ame­aças de inviabilizar as eleições autárquicas, alegadamente por a actual Lei Eleitoral beneficiar apenas o partido Frelimo. “Nós, a Renamo, estamos aqui para informar a toda a população de Moçambique que nunca acei­taremos participar em eleições que sabemos de antemão que a Frelimo vai ganhar com roubo, porque esta lei só favorece a Fre­limo”, lê-se no comunicado. Ali­ás, a Renamo diz que só aceitará as eleições se houver uma lei ra­zoável que garanta que ninguém vai manipular o processo através da Lei Eleitoral. “A Frelimo quer que os par­tidos políticos participem com essa lei anti-democrática, que só permite manobras do partido no poder”, escreve o partido. Esta formação política vai mais longe e diz que se as eleições au­tárquicas se realizarem, o am­biente de tensão irá prevalecer.

Guebuza condecorado no Uganda

Trata-se da mais alta distin­ção atribuída aos chefes de Estado do Uganda. Na ocasião, Yeweri Museveni, estadis­ta ugandês, justificou a distinção como resultado do contributo político de Armando Guebuza no continente africano. Perante milhares de cidadãos ugandeses, diplomatas acredita­dos em Kampala, membros dos órgãos de soberania e do gover­no de Yeweri Museveni, Arman­do Guebuza viu o seu contributo político no continente africano reconhecido pelo executivo do Uganda, no dia que aquele país celebrava 51 anos de independên­cia nacional. Mas não foi somente o Presi­dente da República que foi conde­corado na tarde de ontem em ple­no Rukungiri District Stadium. Mais de meia centena de perso­nalidades ugandesas, de diversas áreas, nomeadamente, educação, saúde, cultura e política viram também o seu contributo para o desenvolvimento do seu pais des­tacado. Todavia, o momento mais alto destas distinções coube ao convidado de honra do dia da in­dependência do Uganda, Arman­do Guebuza. Aliás, foi o primeiro a ser convidado ao pódio, pelo seu homólogo ugandês, Yeweri Museveni, numa acção antecedida pela apresentação da biografia de Guebuza. A medalha, denominada Or­dem Excelente da Pérola de África, é, na verdade, a mais alta distinção atribuída aos chefes de Estado no Uganda. Para o efeito, Yeweri Museve­ni, no poder desde 1986, justificou a condecoração como reconhecimento do papel ím­par desempenhado pelo estadis­ta moçambicano na política do continente africano, fortalecido durante a sua presidência no blo­co regional da Comunidade dos Países da África Austral (SADC) e na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Moçambicano detido com 65 cápsulas de cocaína no estômago

A Policia da República de Moçambique (PRM) deteve na semana passada no Aeroporto Internacional de Maputo, um cidadão moçambicano que transportava 65 cápsulas de cocaína no estômago. De acordo com o porta-voz do Comando da Policia, Pedro Cossa, falando esta terça-feira, o referido cidadão, apenas identificado por Nelson, de 30 anos de idade, foi detido após desembarcar em Maputo oriundo de um voo de Brasil, portando no seu estômago 65 cápsulas de cocaína. Segundo a mesma fonte, “moçambicanos estão a ser usados para transportarem drogas de Brasil e da América Latina”, pelo que apelou aos pais, irmãos, encarregados e familiares para que desencorajam jovens a aceitarem ofertas obscuras de viagens a Brasil e outros pontos.

Indivíduos sequestram menor na Matola

Um grupo de quatro indivíduos desconhecidos, que fazia-se transportar numa viatura de marca Toyota, sequestrou na manhã desta terça-feira, uma menor no bairro de Fomento, na cidade da Matola. Segundo o porta-voz do Comando Geral da Polícia, Pedro Cossa, o sequestro deu-se por volta das sete horas, desta terça-feira, quando um grupo de indivíduos desconhecidos que fazia-se transportar numa viatura de marca Toyota, cuja matrícula não foi identificada, bloqueou uma viatura de transportes escolar de alunos e obrigou os ocupantes a descerem da viatura, tendo de seguida, raptado uma das menores. A mesma fonte, explicou ainda que na semana passada, foi detido no bairro 25 de Junho, um indivíduo, identificado por Carlitos, de 46 anos de idade, acusado de pertencer ao grupo de meliantes que sequestrou há semanas uma menor no bairro de Triunfo, na cidade de Maputo.

Diálogo termina sem entendimento e Renamo ameaça desistir

O Governo e a Renamo voltaram a sair, nesta segunda-feira em Maputo, na XXIII ronda de diálogo, sem nenhum acordo político em torno da legislação eleitoral, mormente os princípios de paridade nos órgãos eleitorais a todos os níveis. Tal como aconteceu na semana passada, o impasse voltou a prevalecer no final de mais uma ronda. Todas as partes à saída do encontro mostravam-se cabisbaixas e a falarem de fracassos. Face ao persistente impasse, a Renamo, através do chefe da sua delegação, Saimone Macuiana, ameaçou à saída do encontro romper o diálogo com o executivo, caso o Governo não aceite a presença dos facilitadores nacionais e internacionais nas conversações em curso. Por sua vez, o Governo, através do ministro da Agricultura, José Pacheco, subestima as ameaças da Renamo, argumentando, como vem fazendo, que não é preciso a presença de facilitadores e mediadores nacionais e internacionais ao diálogo "porque acreditamos que nós como moçambicanos temos capacidades para resolver os nossos problemas sem a interferência de outros".

Desmobilizados ameaçam inviabilizar eleições

O Fórum dos Desmobilizados de Guerra ameaça impedir a realização das eleições autárquicas de 20 de novembro caso o chefe de Estado não se reúna com o grupo para ouvir as suas reivindicações. O Fórum dos Desmobilizados de Guerra, que diz representar milhares de antigos combatentes do exército governamental e da guerrilha da Renamo, mantém com o executivo um diferendo já antigo, devido ao valor da pensão que deve ser pago. No fim-de-semana, a associação distribuiu um comunicado em que ameaça inviabilizar a realização das eleições autárquicas agendadas para 20 de novembro, caso o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, não receba o grupo para uma auscultação sobre as suas exigências. O presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra, Hermínio dos Santos, disse que o grupo vai impedir a realização do escrutínio nos 53 municípios do país. “Os desmobilizados de guerra trouxeram a democracia e a paz e não faz sentido haver essas eleições enquanto eles passam fome e são humilhados. Para haver eleições, o Presidente da República terá de nos receber”, disse Hermínio dos Santos, que já foi várias vezes detido e libertado em conexão com a sua actividade de presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra.

Moçambique realiza primeira feira internacional de turismo

Moçambique acolhe do dia 10 a 13 deste mês a 1a Feira Internacional do Turismo, Organizada pelo Instituto Nacional de Turismo (INATUR) em parceria com a ONEMEDIA. O anúncio oficial da feira foi feito na noite de ontem, na cidade de Maputo, pelo PCA do Instituto Nacional do Turismo (INATUR), José Augusto Pisco. Na ocasião, Pisco disse que o projecto ora lançado vem para ficar e pretende-se que o mesmo seja o mais alto ponto de promoção das potencialidades turísticas nacionais. “Queremos com esta feira divulgar as nossas potencialidades e tornar Moçambique num destino preferencial do turismo, quer para moçambicanos assim como para estrangeiros", referiu. O Canalmoz quis saber dos valores envolvidos na organização deste evento, Cassamo Nuvunga, do ONEMEDIA, falando em representação dos parceiros, não quis revelar o montante que será gasto para organizar a feira por ainda estar a serem feitos contactos juntos de outros parceiros de modo a se conseguir mais fundos para a realização do evento. Esta primeira edição da Feira Internacional de Turismo tem como lema “Descubra Moçambique”, vai decorrer no espaço da FACIM, em Ricatla e 77 expositores nacionais e internacionais já confirmaram presença e espera-se que a mesma desperte interesse de 10 mil visitantes.

“Semi-colectivos” paralisam actividades

Alguns transportadores semi-colectivos de passageiros, que operam na rota Missão Roque/Xipamanine na cidade de Maputo, paralisaram, ontem, as suas actividades, em protesto contra a alegada má actuação da polícia municipal. Os transportadores, que se concentraram no terminal de autocarros do Xipamanine, acusam a Polícia Municipal de fazer cobranças ilícitas durante a realização das suas actividades. Os mesmos mostram-se ainda agastados pelo facto das suas viaturas serem sistematicamente parqueadas e, por via disso, receberem multas avultadas que variam dos dois a três mil meticais. Estes acusam, por outro lado, a Polícia Municipal de não ter um mecanismo claro de actuação, uma situação que prejudica não só os transportadores semi-colectivos de passageiros como também os utentes. os motoristas visados pela medida da Polícia Municipal dizem que se esta situação prevalecer não se vão fazer à estrada.

Apreendidos cornos em Magude

DOIS supostos caçadores furtivos foram detidos ontem pela Polícia no distrito de Magude, província de Maputo, na posse de dois cornos de rinocerontes. Bento Massango, 36 anos de idade, e José Manhique, 41 anos, foram detidos quando regressavam do Kruger Park, na vizinha África do Sul, onde abateram um rinoceronte de onde retiraram os cornos supostamente a mando de um indivíduo que não o identificaram na vila-sede de Magude.

Alegações finais do caso de raptos

O JUIZ Adérito Malhope será tentado hoje, em acto de apresentação de alegações finais pela representante do Ministério Público, Ana Marregula, a condenar os oito réus acusados de rapto, enquanto que os advogados vão pedir clemência para os seus clientes. A procuradora Ana Marregula será a primeira a apresentar argumentos que possam tentar convencer o Tribunal a condenar os réus Pendene Chissano “Angolano”, Hélder Naene, Joaquim Chitsotso, Dominique Mendes, Arsénio Chitsotso, Luís Chitsotso, Albino Primeiro e Luís Carlos da Silva, por prática de crimes de rapto, associação criminosa e uso de armas proibidas. O Ministério Público vai contar apenas com a prova constante dos autos e mais algumas confissões que os réus foram fazendo ao longo das sessões, porque não conseguiu ter nenhuma das vítimas em sede do julgamento para explicar e dar outros elementos sobre as circunstâncias em que terão sido sequestrados. Os raptados evitaram o Tribunal, alegando estarem doentes ou de viagem para o estrangeiro para tratamento médico, justificação considerada pelo juiz e pela procuradora como tendo dificultado a melhor produção de provas. Por seu turno, os advogados dos réus nomeadamente Vasco Matsinhe, Salvador Nkamate, Horácio Jussa, Celso Tsungo, Amílcar Andela, Juvêncio Ventura, Estêvão Mate e Jeremias Mondlane terão que convencer o Tribunal a não condenar os réus. A haver condenação sobretudo para o caso do réu Angolano, Joaquim, Arsénio, Luís e Albino que confessaram o crime, os advogados vão pedir atenuantes pelo facto destes terem colaborado com o Tribunal. Os restantes réus não aceitaram o seu envolvimento em nenhum caso de sequestro. Dos réus constam três membros da Polícia da República de Moçambique, nomeadamente Arsénio, Luís e Albino.

Hospital Privado sancionado

A INSPECÇÃO do Trabalho da Cidade de Maputo acaba de sancionar o Hospital Privado de Maputo devido a graves irregularidades cometidas pelos respectivos gestores, em conivência com um quadro estrangeiro integrante da direcção. A intervenção da Inspecção do Trabalho surge depois de denúncias de trabalhadores daquela unidade hospitalar que acusavam o gestor financeiro Gavin Tatenda Samaneka, de nacionalidade zimbabweana, de violar as leis em vigor no país, incluindo o pagamento de salários quando desejasse para além de hostilizar os colegas. Adirecção do Hospital Privado de Maputo, numa clara intenção de ludibriar as autoridades laborais do país, deu indicação de que já tinha resolvido o problema ao comunicar a Direcção do Trabalho da Cidade de Maputo, em Setembro passado, de que já tinha rescindido o contrato com o trabalhador estrangeiro em referência. Na verdade, segundo uma nota do Ministério do Trabalho, o visado ainda continuava em pleno exercício, facto que viola os termos da Lei do Trabalho em vigor.

Primeira Dama visita Gorongosa

Maria da Luz Guebuza trabalha desde esta manhã no distrito de Gorongosa no âmbito da visita que vem efectuando desde domingo à provincia central de Sofala. À sua chegada, Da Luz foi recebida pelo administrador local, Paulo Majacunene e esposa, pelo edil Moreze Cauzande e esposa, e pelo 1º secretário distrital do partido Frelimo, Lucas Quembo, membros do Governo distrital e pela populaçao local. Durante a sua estada, a esposa do PR vai esta manhã visitar uma esposição e realizar um encontro popular na sede distrital. No período da tarde vai inteirar-se do processo de Alfabetização e Educação de Adultos no centro de Nhambondo, para depois fazer a entrega, no bairro do Aeródromo, de uma residência a um idoso e, depois, reunir-se com as organizações sociais, líderes comunitários, religiosos e personalidades influentes.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Zimbabwe: Mãe está grávida do próprio filho

De acordo com o Zimbabwe Mail, uma mulher está a manter um relacionamento de três anos com o seu próprio filho e está grávida dele. O jornal revela ainda que Betty pediu ao líder da vila onde mora, Mbereko Mabingo, para permitir o casamento alegando que está extremamente apaixonada. A mulher começou a relação incestuosa com o seu filho, Farai Mbereko, quando ele tinha 20 anos. Betty explica que investiu fortemente na educação dos seus filhos e que é direito dele escolher a mulher com quem quer ficar. Numa frase polémica, ela disse: “Deixem-me apreciar o resultado do meu próprio suor”, aos chefes da aldeia, justificando o casamento. Os líderes entendem que tal união pode representar má sorte para os outros moradores e exigiram que a mãe termine com esse relacionamento ou ela será expulsa da aldeia. Algumas universidades pesquisam o comportamento incestuoso. De acordo com a teoria de psicólogos especialistas na área, a relação entre familiares com laços tão próximos pode ser caracterizada como um grave problema comportamental que precisa ser melhor estudado.

Reabertura da Ponte de Boane Fim do martírio

Apesar das obras de reabilitação do drift de Boane terem terminado há muito tempo, só esta segunda-feira a ponte sobre o rio Umbeluzi, que liga o distrito de Boane com a vila-sede de Bela Vista, distrito de Matutuíne, província de Maputo, será inaugurada pela governadora provincial, Maria Elias Jonas. A população já há muito esperava por esta infra-estrutura e acredita que seja o fim do martírio. Há dias o Canalmoz esteve em Massaca e testemunhou de facto que a obra estava pronta, mas os carros não podiam atravessar antes do corte da fita. O desabamento desta infra-estrutura veio deteriorar as condições de vida da população dos povoados de Massaca “2”, “3”, “4” e “5”, Bairro Novo, no distrito de Boane, província de Maputo. Com a queda da ponte, ou seja, até ontem, domingo, estas zonas distavam cerca de 22 quilómetros da vila sede de Boane devido à volta que os poucos carros que enfrentavam o drama da estrada via Mafuiane davam. Falta um pouco de tudo nestes bairros, até água potável. Para sobreviver, fazem longas caminhadas até à barragem dos Pequenos Libombos com riscos de serem devorados por crocodilos. O transporte é assegurado por camiões de transporte de tomate idos de Matutuíne, Bela Vista ou Salamanga que passam ocasionalmente. A falta de energia e de produtos de primeira necessidade são entre as preocupações levantadas por aqueles habitantes. Carlota Norberto, residente em Massaca “4”, disse que com a destruição da ponte pelas chuvas, a tubagem ficou danificada. Assim, caminha 4 quilómetros para alcançar um furo privado onde o bidão de 20 litros custa um metical. Mas como a energia na zona do furo oscila com frequência e não tem qualidade, é normal passar um mês sem a bomba funcionar. “Antes deste operador abrir o furo, tirávamos água no Umbeluzi. Neste momento, tiramos água na barragem. Desafiamos os crocodilos. A bomba pública está avariada”, disse. “Com a queda da ponte, para chegarmos a Boane pagamos 10 meticais, contra os anteriores 6 meticais. Somos obrigados a ir até à vila de Boane, para comprarmos produtos de primeira necessidade. Espero que, com a reabertura da ponte, haja mais transporte”, disse. Artemisa da Conceição disse que às vezes atrasam à escola devido a longa distância aliada à falta de transporte. “Somos um grupo de 14 alunos que vive na mesma zona. Esperamos, com a reabertura da ponte,que haja carros”, disse. Alberto Joaquim, residente em Massaca “3”, disse que devido a estes problemas, no ano passado houve um encontro orientado pelo então administrador em Boane, Zeferino Cavele, onde a população colocou os problemas de água, transporte e energia. “Queremos TPM e FEMATRO. Há pessoas que saem de Massaca para estudar em Boane a pé. Pedimos que se dê continuidade ao projecto de água dos chineses, já abandonado. Consumimos água suja”, disse.

Distrito de Massinga Fundo de Infra-estruturas Distritais usado na construção da sede do partido Frelimo

Aconteceu no distrito de Massinga, na localidade de Lihonzuane. O valor do Fundo de Infra-estruturas Distritais alocado para as obras do Estado foi desviado para construir a sede do partido Frelimo, nesta localidade. A informação consta do Relatório do Rastreio da Despesa Pública da autoria do Centro de Integridade Pública (CIP) que foi tornado público este domingo. “Um facto preocupante é que uma das salas de sessões construídas em Lihonzoane serve para a realização de encontros do partido Frelimo, para além de que parte do fundo alocado para infra-estruturas distritais serviu para reabilitar a sede do partido Frelimo na mesma localidade”, lê-se no relatório. O mesmo relatório refere ainda sobre desvios de aplicação do fundo de infra-estruturas distritais para fazer obras de última hora nas vésperas da visita presidencial. Segundo o relatório do CIP, das sete obras executadas em 2012 no distrito de Massinga, apenas três, nomeadamente a reabilitação e ampliação do edifício do Serviço Distrital da Saúde, da Mulher e Acção Social, a reabilitação da residência oficial do administrador e a reabilitação de 4 residências para funcionários na localidade de Rovene é que constavam do PESOD (Plano Económico e Social Distrital). “As restantes actividades não constavam, mas foram realizadas aquando da visita presidencial”, denuncia o trabalho da instituição.

Flagrado a subornar procuradora Partido Frelimo sai em defesa do seu candidato em Moatize

O escândalo do candidato da Frelimo em Moatize, Carlos Portimão, que foi apanhado em flagrante delito a subornar a procuradora local, Ivânia Mussagy, está a causar enorme preocupação e interpretação de vária ordem sobre o comportamento do agora candidato. Mas a nível do partido Frelimo, o caso está, estranhamente, a ser encarado com a maior naturalidade do mundo, e já tem, até, um nome simpático: “acidente de percurso”. Em entrevista ao Canalmoz, o porta-voz do partido Frelimo, Damião José, disse que o que aconteceu em Moatize é um “acidente de percurso” e não vai de maneira alguma colocar em causa a reputação do candidato da Frelimo, Carlos Portimão. Damião José, que é também secretário para a Mobilização e Propaganda do partido Frelimo, confirma a tentativa de suborno à procuradora por parte do candidato da Frelimo e diz que a Imprensa reportou o caso de forma deturpada e colocou o candidato da Frelimo numa situação de vilão. O porta-voz do partido Frelimo diz que o candidato Carlos Portimão de facto tentou “oferecer dinheiro” à procuradora, mas não com a intenção de suborná-la, mas para agradecer pelo facto de o “irmão” ter sido colocado a aguardar pelo julgamento em liberdade. “Foi um momento de emoção e ele queria agradecer e não subornar”, disse Damião José, sem tecer mais comentários sobre agradecimento monetário a magistrados em caso de liberdade condicional. “Mas é uma questão já ultrapassada e os munícipes de Moatize já perceberam que foi um mal-entendido”,disse. Os factos O candidato do partido Frelimo à presidência do município de Moatize, Carlos Portimão, foi detido no dia 26 de Setembro pelas 11 horas ao tentar subornar a procuradora distrital, Ivânia Mussagy, pelo valor de cinco mil meticais. Foi detido em flagrante delito. Habituados a uma magistratura servil, o partido Frelimo foi encontrado em contra pé com a detenção do seu candidato e teve de agir ao mais alto nível. Segundo ficou a saber o Canalmoz, houve até a intervenção do próprio procurador-geral da República, Augusto Paulino, e do secretário do Comité Central para Verificação de Mandatos, José Pacheco, que também é ministro da Agricultura, para que Carlos Portimão fosse solto, porque à partida já não podia concorrer. Carlos Portimão foi julgado, sumariamente, e condenado a três meses de prisão convertidos em multa que pagou imediatamente, tendo sido solto e voltou a ser candidato. Contrariamente ao que diz Damião José, o próprio visado concedeu uma entrevista ao Canal de Moçambique onde confirma que tentou oferecer dinheiro à procuradora para alegadamente a magistrada “parar de incomodar” o seu “irmão” que está a aguardar o julgamento. O “irmão” – na verdade: primo – do candidato da Frelimo está envolvido num contencioso judicial que tem como pomo um acidente de viação.