sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Jovem mata amante por ciúmes

Um cidadão de 35 anos de idade, que responde pelo nome de Filipe João, residente no distrito de Machaze, na província de Manica, encontra-se detido nas celas do comando distrital da PRM local, acusado de ter morto a sua amante, incendiando a casa desta quando ela se encontrava no interior da mesma a dormir. Segundo o porta-voz do comando provincial da PRM em Manica, Belmiro Mutandiua, o caso deu-se no distrito de Machaze-sede, no bairro 7 de Abril, e acredita-se que a tragédia tenha motivações em cenas de ciúmes. Tudo começou quando Filipe João começou a “desconfiar” que a sua amante, para além do marido, tinha um outro amante. Tiveram uma discussão em relação ao caso. Por volta das 23 horas da última segunda-feira, quando a amante que em vida respondia pelo nome de Roice Paulo, de 25 anos de idade, estava a dormir, Filipe João dirigiu-se à casa desta e incendiou a casa. A “namorada” morreu carbonizada. Filipe João trabalha nas minas da África do sul. Acusava a “namorada” de o estar a trair com um outro colega e amigo. Segundo a Polícia, Filipe João trancou a porta por fora e incendiou a casa. A Polícia diz que Roice Paulo era casada com um outro cidadão que também se encontra na África do Sul a trabalhar nas minas. Ou seja, a jovem tinha um marido e dois amantes, todos os três a trabalharem nas minas da terra do rand. Filipe João foi preso pela Polícia quando tentava fugir. Confessou o crime. Ainda segundo o porta-voz do comando provincial da PRM em Manica, Belmiro Mutandiua, um outro incêndio a uma residência deu-se no distrito de Tambara a norte da província de Manica. Um menor de apenas três anos de idade estava a brincar com uma lenha acesa e acabou, inocentemente, por incendiar a casa onde morava com os seus pais. No incêndio, um outro menor de apenas seis meses de idade acabou perdendo a vida, pois encontrava-se no interior da casa.

Verónica Macamo anuncia revisão do pacote eleitoral

A presidente da Assembleia da República, Verónica Macamo, anunciou a revisão do pacote eleitoral como uma das matérias a serem abordadas na sessão extraordinária que arrancou esta quinta-feira. Mas sabe-se que o maior interessado na revisão do pacote eleitoral, neste caso a Renamo, já informou que só participará do debate da matéria caso a mesma seja depositada na Assembleia da República mediante um compromisso ou acordo político entre o Governo e a Renamo, visando viabilizar a mesma. Sem acordo político, a Renamo diz que não vai depositar sozinha a matéria na Assembleia da República. As negociações entre o Governo da Frelimo e o partido Renamo têm tido lugar às segundas-feiras. Mas na última segunda-feira, as duas delegações negociais não reuniram porque houve a reunião do Conselho de Estado que coincidiu também com a cerimónia de abertura do Conselho Nacional da Renamo. Espera-se que o acordo político seja alcançado na próxima segunda-feira, mas há poucas indicações que tal venha a se efectivar. Mas a lei eleitoral está inscrita no parlamento como matéria objecto de revisão. A presente sessão da Comissão Permanente vai igualmente debater as seguintes matérias: Proposta de Orçamento Rectificativo, Estatuto do Médico na Administração Pública, Legislação Eleitoral, Proposta de Revisão das Leis do Conselho Superior da Magistratura Judicial e Lei Orgânica da Jurisdição Administrativa e proposta de Lei do Estatuto do Prestador do Serviço Cívico de Moçambique.

Assembleia da República desfaz equívoco de Guebuza

Está instalado um incidente protocolar entre o presidente da República, Armando Guebuza, e Assembleia da República. É que no seu jeito característico de tudo fazer para atacar os críticos da sua governação, Armando Guebuza foi esta quarta-feira ao encerramento do Parlamento Infantil e disse que em Moçambique “não existe um Parlamento Juvenil”. Segundo Guebuza, os parlamentares de “palmo e meio” é que devem vir no futuro a constituir o “verdadeiro parlamento juvenil”. Mas no País existe e oficialmente registada uma vibrante organização juvenil denominada Parlamento Juvenil que é curiosamente uma das principais vozes da sociedade civil e um dos movimentos mais críticos ao regime de Armando Guebuza. Por reconhecer a sua existência, a Assembleia da República, através da Comissão Permanente, endereçou na tarde de ontem um convite ao presidente do Parlamento Juvenil, Salomão Muchanga, de modo que este indicasse 50 jovens do seu movimento para tomarem parte,esta quinta-feira, da cerimónia de abertura da sessão extraordinária da Assembleia da República. Ou seja, para Guebuza, o Parlamento Juvenil não existe, mas para a Assembleia da República é um órgão importante. Na verdade, o discurso de Guebuza foi tido como uma indirecta ao Parlamento Juvenil, uma mobilizadora agremiação de advocacia de assuntos juvenis que se tem notabilizado pela sua postura crítica ao regime de Guebuza. Aliás, o Parlamento Juvenil tem organizado debates a nível nacional onde os jovens têm denunciado e criticado as más práticas do regime da Frelimo e de Guebuza. O último debate realizado em Maputo, onde foi abordada a questão político-militar que se vive no País, ficou patente o desapontamento de centenas de jovens participantes, com a forma como Armando Guebuza tem dirigido o País. A postura do Parlamento Juvenil tem arrancado simpatias e apoio de várias organizações da sociedade civil e da comunidade internacional. O maior detractor do Parlamento Juvenil é o partido Frelimo, mormente o seu braço juvenil, a OJM, que tudo tem feito para descredibilizar o movimento liderado por Salomão Muchanga.