sábado, 27 de abril de 2013

Assaltantes de viaturas semeiam terror em Namaacha e Goba

Circulam mensagens em telefones celulares, e-mails e redes sociais alertando sobre a existência de sequestradores e assaltos a viaturas no troço que liga a vila do distrito de Boane à fronteira de Goba. Os assaltantes andam trajados à Polícia e mandam parar viaturas como se de Polícia se tratasse, quando o automobilista pára, pedem-no para se retirar do carro e anunciam o assalto. A ocorrência de assaltos foi confirmada pela Polícia em contacto com o Canalmoz, mas negou que haja sequestros. O chefe da repartição das Relações Públicas no Comando Geral da Polícia, Raul Freia, confirma as ocorrências de assaltos, mas promete entrar em pormenores no briefing com a Imprensa, na próxima semana (terça-feira). “O que sei é que houve furto de viaturas na província de Maputo. Não tenho indicação de sequestros, mas na próxima semana, vamos detalhar onde e quantos carros foram roubados”, disse em contacto telefónico com o Canalmoz. Os Estados Unidos da América, através do Departamento do Estado, emitiram, ontem, uma “mensagem de segurança”, em que alertam os cidadãos norte-americanos residentes em Moçambique dos perigos assaltos aqui reportados. “Esta mensagem de segurança é alerta aos cidadãos dos EUA em Moçambique, que tem havido vários casos de roubos de carros entre as fronteiras de Goba e Namaacha e a vila distrital de Boane (…) Informações indicam que os assaltantes andam trajados de uniformes militares e policiais”, lê-se na mensagem emitida e distribuída, pelo departamento do Estado aos norte-americanos residentes em Moçambique.

Polícia moçambicana formou 17 porta-vozes

Dezassete porta-vozes da polícia moçambicana terminaram ontem o segundo curso de técnicas de comunicação ministrado pela Polícia de Segurança Pública (PSP) portuguesa, num projeto coparticipado pela União Europeia. Portugal está a desenvolver desde 2012 uma ação de assessoria na área de comunicação, imagem e marketing para os porta-vozes da Polícia da República de Moçambique, Direção Nacional de Migração e Direção Nacional de Identificação Civil, serviços do Ministério do Interior moçambicano. O curso visa "preparar ainda melhor os porta-vozes da Polícia da República de Moçambique nas províncias, desde Cabo Delgado a Maputo, e prepará-los numa componente de Relações Públicas", disse hoje à Lusa o diretor do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da PSP, Paulo Ornelas Flor. O projeto abrangiu um total de 35 porta-vozes formados em duas fases desde o início deste mês. Além da área da comunicação, o projeto da União Europeia, levado a cabo por Portugal, engloba questões como a corrupção, formação em recursos humanos, adaptação de currículo pedagógico das escolas de formação policiais, migrações, proteção civil e política de informação criminal. Com o curso de técnicas de comunicação pretende-se "ter alguém que esteja minimamente profissionalizado ou por dentro daquelas que são as dinâmicas da comunicação e questões de imagem", afirmou o comissário da PSP.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Governo e Renamo voltam à conversa segunda-feira

É já esta segunda-feira que retomam as negociações entre o Governo e a Renamo à volta da tensão política que se instalou no país, agudizada pelos recentes confrontos de Muxúnguè. Até aqui, o Executivo diz que não existe uma agenda concreta para a sessão de negociação, e já agora nem local, e fala apenas de ir ouvir da Renamo, em resposta ao pedido de audiência formulado por este partido. Acedendo às críticas, o executivo mudou do Indy Village e propôs uma das salas do Ministério da Agricultura, precisamente o local de trabalho do seu chefe negocial. Renamo não negoceia no ministério da agricultura Os deputados da Renamo dizem que o seu partido não se vai reunir com o Governo no Ministério da Agricultura. E vão mais longe: se o Governo não apresentar uma proposta alternativa, não haverá conversa. A Renamo entende que realizar negociações no “terreno” do adversário interfere no processo e minimiza as questões na mesa. “Eles propuseram o Ministério da Agricultura para minimizar ou desvalorizar as reivindicações da Renamo. A tensão política, a revisão da Lei Eleitoral, não são matérias para serem debatidas no ministério que fomenta o contrabando de madeira”, afirmou a deputada Ivone Soares.

Juízes divergem quanto à redução dos poderes do Chefe do Estado

“Constituição da República e os tribunais” é o primeiro dos vários debates que se pretende que sejam realizados periodicamente, promovidos pela Associação Moçambicana de Juízes, em torno do processo de revisão da Lei-mãe no país. O primeiro debate realizou-se, esta quinta-feira, na Procuradoria-Geral da República. João Ngoenha, juiz conselheiro do Conselho Constitucional, e Hermenegildo Chambal, juiz do tribunal judicial de Magude, foram os oradores que animaram a discussão sobre o modelo de composição dos órgãos do poder judicial e garantia da independência dos tribunais. Durante esta sessão, foram levantadas diversas questões, com destaque para a necessidade da limitação dos poderes do Presidente da República na designação dos titulares dos órgãos do poder judicial. O juiz Hermenegildo Chambal, por exemplo, defende que a interferência dos órgãos políticos na administração da justiça é intensa, com particular destaque para os poderes do Presidente da República (PR), que devem, na sua opinião, ser limitados. Chambal propõe mesmo uma supressão da prerrogativa do Chefe do Estado nomear o presidente e o vice-presidente do Tribunal Supremo e demais juízes conselheiros. De acordo com Chambal, a independência dos juízes e dos tribunais constitui um dos princípios estruturantes do Estado de Direito Democrático, e a forma como os juízes são nomeados, designados ou eleitos pode afectar, influenciar ou viciar a sua independência. Por isso, entende que os juízes deverão ser nomeados ou eleitos exclusivamente com base nas suas qualificações profissionais, integridade, competências, experiências pessoal e jurídica, e não por razões de natureza política ou social. Entretanto, João Ngoenha tem opinião diferente. Diz que não vê problemas no modelo actual de nomeação e funcionamento dos órgãos judiciais, pois, em sua opinião, não há nenhuma interferência política no sector. Ngoenha puxou da sua própria experiência como juiz conselheiro do Conselho Constitucional para argumentar a sua tese: o seu órgão nunca sentiu a sua independência coarctada em virtude deste mecanismo de nomeação.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Sul-africano teria estuprado filha de 2 anos para 'curar Sida com uma virgem'

Um homem do Soweto, na África do Sul, teria estuprado a própria filha, de 2 anos, pela crença de que sexo com uma virgem poderia curá-lo do vírus HIV. As informações são do jornal local IOL News. O crime aconteceu no último dia 3 de fevereiro e a mãe da vítima acusa a polícia de negligência na investigação. "Minha filha foi estuprada há dois meses pelo próprio pai. Não sei se um dia ele será julgadado, não sei onde ele está e a polícia não se importa", desabafou a mãe. O caso voltou a ganhar destaque na mídia sul-africana após outro caso de estupro de uma menina de dois anos, que morreu no hospital, na vila de Pulaneng. Ela teria sofrido abusos de um amigo próximo do pai. No Soweto, a mãe da vítima diz que a família do marido, que está foragido, a ameaça diariamente: "a irmã dele liga-me, diz que estou a espalhar mentiras sobre ele. Querem destruir a minha vida, não posso sair de casa", disse. Ela conta que uma conversa que teve com o marido meses antes do incidente podem explicar o caso: "Ele perguntou-me se eu sabia que sexo com virgens cura HIV. Eu ri, achei que era brincadeira. Perguntei onde poderia achar uma virgem hoje em dia e ele respondeu-me que até uma criança serviria. Mesmo ele sendo HIV positivo, achei que fosse apenas uma piada doentia".

PRM apresentou 'Gang' que assaltou esquadra para roubar armas

A Polícia moçambicana (PRM) apresentou hoje, em Maputo, o grupo de malfeitores que assaltou na semana passada o Posto Policial Volante 6, bairro George Dimitrov, arredores de Maputo, onde alvejaram mortalmente um agente e roubaram quatro armas. Trata-se de Serafim Baltazar, de 25 anos, Carlos Jaime (23), Hilario Mateus (25) e Elias Banze (33). O quinto indivíduo, Luís Campira, 42 anos, foi alvejado mortalmente ontem durante uma troca de tiros com agentes da PRM. Falando em conferência de imprensa, o porta-voz do Comando da PRM, a nível da Cidade de Maputo, Arnaldo Chefo explicou que o assalto tinha como objectivo roubar armas de fogo para sua posterior utilização no crime organizado. "Desencadeamos uma série de investigações que culminou com a detenção dos quatro suspeitos em vários pontos da cidade”, disse, acrescentando que durante a operação a PRM recuperou três viaturas e vários coletes a prova de balas que tinham sido roubados no posto policial de volante 6. Por isso, as autoridades moçambicanas decidiram reforçar as medidas de segurança em todos os postos policiais da cidade de Maputo, para evitar novos assaltos. Falando em nome do grupo, Elias Banze disse desconhecer as razões que levaram a sua detenção, porque o acto ocorreu numa barraca onde se encontravam apenas a divertir. "A Polícia encontrou-nos na sexta-feira passada numa barraca no bairro Costa do Sol. Algemou-nos e bateu-nos”, disse, refutando as acusações de que teriam assaltado o posto policial Volante-6.

Barclays penhora bens do grupo Maiaia em Nacala

O grupo Maiaia, descrito como um dos maiores grupos empresariais nacionais em Nacala, província de Nampula, viu na manhã da terça-feira todos os seus estabelecimentos, constituídos por uma fábrica de zinco, de bolachas, plásticos, armazéns, lojas, incluindo residências dos responsáveis, penhorados pelo Barclays, na sequência do incumprimento ao pagamento de uma dívida de cerca de cinco milhões de dólares contraída naquela instituição bancaria. Neste momento, o controlo dos referidos empreendimentos, incluindo a mercadoria, é feito, pela segurança do banco. Em contacto telefónico com Nurolamin Gulam, administrador daquele grupo empresarial, que se encontrava em Portugal, confirmou a penhora, tendo referido que estão a encetar negociações com o banco para reprogramação da dívida, sendo que, neste mesmo, pagariam dez por cento do valor total. Entretanto, até ontem, o banco havia rejeitado esta proposta, porque, segundo apurámos de uma fonte do banco, aquela instituição financeira dispõe de informações seguras de que os membros do Grupo Maiaia têm depositado no estrangeiro, em contas individuais, mais de cem milhões de dólares, o que é visto pelo banco como falta de interesse em pagar os cerca de cinco milhões em dívida. Esta informação foi refutada por Nurolamin Gulam, segundo o qual nenhum dos membros do Grupo Maiaia tem conta no estrangeiro. Nurolamin acredita ainda na solução ponderada, que passa pela reprogramação da dívida. A situação afecta mais de 800 trabalhadores entre efectivos e eventuais, que estão, neste momento, a viver na incerteza sobre o seu futuro laboral e não sabem se o grupo vai incluir nas contas do salário os dias em que as actividades estarão paralisadas. Para evitar este transtorno, a direcção do trabalho em Nacala aconselhou os trabalhadores que estavam afectos a diferentes sectores, no sentido de continuarem a frequentar os seus postos de trabalho, mesmo sabendo que estão encerrados e assinar o livro de ponto. Lucas Momade, director distrital de trabalhadores, disse que a direcção do grupo Maiaia não concordou com a proposta de o seu sector de trabalhadores continuar a frequentar a empresa e assinar o livro de ponto, mas garante salário até à data em que será encontrada a solução definitiva do diferendo. Refira-se que o grupo Maiaia é uma das empresas que empregam maior número de trabalhadores e tem interesses comerciais um pouco por todo o país.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Septuagenária morre no terminal da Junta

UMA cidadã identificada por Amélia Salomão Chilaúle, de 74 anos de idade, morreu por volta das 6.30 horas de ontem, no Terminal Rodoviário Interprovincial da Junta, na cidade de Maputo. Suspeita-se que um enfarte cardíaco tenha estado na origem da morte, segundo o chefe do posto policial local. A malograda, que residia no bairro da Liberdade, foi até ao terminal acompanhando um filho seu que ia viajar para a província de Inhambane. O insólito caso deu-se mesmo antes deste seguir viagem. Segundo as autoridades policiais, esta é a primeira vez que algo do género acontece naquele local. O cadáver da septuagenária foi recolhido para o Hospital Central de Maputo, onde deverá ser analisado para o apuramento das reais causas da morte.

Cidadão de 22 anos tenta violar sexualmente uma menor

Uma menor de 4 anos de idade, cuja identidade a protegemos, pode ter escapado de uma violação sexual por parte de um cidadão que responde pelo nome de Fernando Wique, de 22 anos, no bairro de Carrupeia, cidade de Nampula, na noite de 16 de Abril corrente. De acordo com o porta-voz do Comando Provincial da PRM em Nampula, Inácio Dina, a menor residia com a tia de nome Gracinda Rafael, 43 anos, que estando ausente da casa, o cidadão Wique, por sinal vizinho, teria convidado a menor para a sua residência onde a tia a teria achado horas mais tarde. Neste momento, segundo a fonte do Canalmoz, o acusado está em liberdade, pois após os exames médicos primários sobre se a menor teria sido violada ou não, a família do mesmo defendeu que este sofre de perturbações mentais, alegação esta que foi acolhido pelo Procurador de Triagem. Mais tarde terá o Procurador de Triagem ordenado novos exames tanto na menor como no acusado, este último junto ao Hospital Psiquiátrico de Nampula para apurar as alegações de que sofre de perturbações mentais. Outras ocorrências Na semana de 13 a 19 de Abril corrente, a PRM em Nampula registou 9 casos criminais contra 11 de igual período de 2012, tendo sido esclarecidos todos, o que representa 100% da operactividade policial. Trata-se de 6 casos criminais do tipo contra propriedade, sendo 4 roubos, 1 furto e 1 dano material e, 3 casos contra pessoas, respectivamente 1 tentativa de violação e 2 ofensas corporais qualificadas. Um dos casos de ofensa corporal qualificada deu-se no distrito de Malema, bairro de Murara, localidade de Nataca, onde um jovem de 27 anos que responde pelo nome Avelino Lourenço disferiu golpes ao peito do cidadão Dionísio João de 39 anos de idade. Segundo explicou Inácio Dina, do comando da PRM em Nampula, na origem da contenda estão problemas passionais entre a vítima e o autor. No mesmo período, a PRM recuperou 5 motorizadas, 1 aparelho de televisão e 1 de DVD, 3 telefones celulares 1 computador.

"Espiões capturados pelas forças da Renamo em Gorongosa"

Seis indivíduos que se supõem serem agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR), estão a contas com a Renamo em Satunjira, distrito de Gorongosa, província central de Sofala, acusados de espionagem a favor da Frelimo. Segundo apurou o Canal de Moçambique de fontes da Renamo, outros dois alegados espiões pertencentes aos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) estão igualmente nas mãos dos militares da Renamo, depois de terem sido capturados pelos homens da “perdiz”. O chefe do Departamento de Relações Públicas no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala, superintendente da Polícia, Feliciano Dique, disse em contacto com o Canalmoz desconhecer do assunto. “Não tenho conhecimento do assunto”, disse Feliciano Dique, negando, por outro lado, ter conhecimento sobre a entrada em Sofala no último domingo, de efectivos da FIR e das FADM, em três autocarros da Empresa de Transportes Goupal (ETRAGO).

Alunos do Colégio Kitabu desmaiam por consumo de drogas

Os casos de consumo de drogas e bebidas alcoólicas já estão a atingir contornos alarmantes nalgumas escolas das cidades de Maputo e Matola. Segundo a Polícia, no passado dia 13 de Abril, numa festa de angariação de fundos para o baile de finalistas do Colégio Kitabu, na cidade de Maputo, oito estudantes que participavam do evento saíram inconscientes do Clube dos Empresários, após terem consumido álcool e drogas ilegais. Entretanto, a directora do Colégio Kitabu, Marta Correia, disse em contacto com o Canalmoz que se a Polícia tiver provas de que os estudantes daquele estabelecimento de ensino estiveram envolvidos no envenenamento dos colegas, deve apresentar nomes para serem tomadas medidas. Acrescentou que Kitabu é uma escola e este assunto não pode ser tratado de ânimo leve. O porta-voz do comando-geral da Polícia, Pedro Cossa, disse ontem no habitual briefing semanal com a imprensa que o número de vítimas desta acção ultrapassa oito, mas muitos pais ou encarregados de educação preferiram resolver o assunto sem intervenção de Polícia e hospitais. “Muitas crianças que participam em convívios de estudantes retornam às suas casas drogadas. Isto cria agitações nalgumas famílias que se aproximaram à Polícia. Outras famílias não apresentam os casos a polícia”, disse. Segundo Pedro Cossa, esta é a segunda vez em menos de um ano que estudantes de Kitabu envolvem-se em cenas de consumo de drogas. O primeiro caso foi na festa do carnaval organizado pelo colégio. “Na festa do dia 13 de Abril, os alunos foram servidos refrescos à lata e hambúrguer. Todos foram obrigados a comer e tomar o refresco. Depois de tomarem, alguns estudantes ficaram drogados. Um dos alunos quando chegou em casa, nem conseguia parar. Um outro pai teve que ir carregar o seu filho do Clube dos Empresários até ao hospital”. Pedro Cossa disse também que um pai que levou seu ao laboratório do Hospital Central de Maputo ficou a saber que há muitos casos de estudantes drogados que passam por dali depois de festas escolares. “Alguns estudantes do Kitabu estão por detras destes actos macabros. Eles fomentam o consumo de drogas. Na festa do dia 13 e de festival muitos pais receberam seus filhos drogados. Há estudantes ligados à droga”, acusou.

Expoente da marrabenta: Morreu Alberto Mhula

Morreu ontem, terça-feira, em Maputo, o “veterano” da marabenta, Alberto Mhula, vítima de doença. Segundo fonte próxima do cantor, ele já não gozava de boa saúde nos últimos tempos. O malogrado era popularmente conhecido por “Manjacaziano”, nome adoptado por ter nascido em Manjacaze e fazia parte do panteão dos artistas da velha guarda, como são os casos de Dilion Djindji, Alberto Mutxeca, Xidiminguana, Francisco Mahecuana, Lisboa Matavele apenas para mencionar alguns. Alberto Mhula era um exímio tocador de timbilas e tambores e era defensor da música de raiz moçambicana. Tinha obra gravada em editoras nacionais “1001”, Rádio Moçambique, Vidisco e JB Recording da capital do pais. Mhula cantou temas como “Miyela Nwananga”, “Chiziane”, “Mamana Wa Bebe”, “Ndzafa Dza Lova”, “Kaya Manjacaze”, “Kutxina”, “Loko Wansati” alguns dos quais ficaram célebres. Alberto Mhula foi um participante assíduo do Festival da Marrabenta (que iniciou em 2008) e mesmo doente e com o peso da idade, como aconteceu este ano, ele não quebrou a regra e, em nome da marrabenta que sempre defendeu, subiu ao palco para cantar o tema “Kaya Manjacazi”, dedicado à sua terra natal. Foi notório o seu estado debilitado e as sequelas de uma doença que o apoquentava nos últimos tempos. O cantor tinha uma deficiência física adquirida em 1967 quando foi atacado por um crocodilo no rio Incomati, distrito de Magude, província de Maputo. Líder do agrupamento “Manjacaziano” era um orgulho da música de raiz moçambicana e entre as suas deslocações ao estrangeiro, destaque para a actuação em Portugal, aquando da EXPO-98.

Construção da ponte Maputo - KaTembe arranca no segundo semestre

O financiamento para a construção da ponte Maputo - KaTembe e da estrada KaTembe-Ponta de Ouro já foi disponibilizado. A parte visível das obras deverá arrancar no segundo semestre do ano em curso, segundo revelou, ontem, o director executivo da empresa Maputo Sul, Nelson Nunes. A empresa Maputo Sul aguardava pela efectivação do financiamento por parte do banco chinês para o arranque das obras da ponte Maputo - KaTembe e das estradas que vão aos distritos de Matutuíne e de Boane. A procura por uma porção de terra ao longo da via é grande, sendo que muitos projectos de investimento turístico, habitacional e de logística já estão posicionados ao longo da futura via. Devido à demora na efectivação dos fundos, o prazo de entrega das obras da ponte e das estradas deverá ser prorrogado para além de Dezembro de 2014. Por outro lado, Nunes revelou que as obras da circular de Maputo incluem, neste momento, o troço da zona da marginal da capital do país. As obras deverão acontecer num espaço de sete quilómetros e vão durar até oito meses, prevendo-se uma série de reassentamentos de edificações e de infra-estruturas de serviços no local. As intervenções são delicadas devido à passagem de cabos de energia e de fibra óptica, além de tubos, por aquela zona. O trânsito está condicionado na zona da marginal de Maputo, com o arranque das obras no local, e a empresa Maputo Sul aconselha os condutores a usarem vias alternativas. Com o projecto da circular, a marginal passará a contar com um total de quatro faixas de rodagem contra as actuais duas. As obras do projecto da circular de Maputo estão avaliadas em 315 milhões de dólares e deverão terminar em Dezembro de 2014.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Xipamanine: o pior mercado de Maputo

É dos maiores mercados da capital e daqueles que mais receitas gera para o município, a avaliar pelo volume de negócios ali praticados, mas é o pior mercado da capital do País, dada a precariedade ou quase a inexistência de infra-estruturas de saneamento básico, o que resulta na imundice com que os vendedores e utentes do mercado convivem diariamente. O próprio município de Maputo, segundo António Tovele, vereador de mercado e feiras, disse que a situação do mercado de Xipamanine é deplorável e considera o mesmo “o pior de Maputo”. Entretanto, Tovele diz que está nos planos do município a requalificação do mercado, ainda com início este ano. Enquanto isso não chega, a realidade no terreno é desoladora. E tudo piora quando chove, como aconteceu nos últimos dias. A falta de condições mínimas de higiene, a superlotação nos sectores informal e formal, a falta de infra-estruturas, nomeadamente vias de acesso e parque para viaturas dos utentes, tornam aquele histórico mercado um dos piores lugares para se frequentar. “Nós estamos a cumprir a nossa parte porque todos os dias pagamos bilhete, uma vez que o espaço não é nosso, mas o problema é que eles já não conseguem pôr as coisas minimamente organizadas, porque nessas condições existem pessoas que podem não vir comprar produtos vendo a imundice e alguns até preferem ir a outros mercados”, diz Felismina Malevo, vendedeira no sector informal de Xipamanine, veiculando a opinião partilhada pela maioria. Costa Gemo, vendedor formal no mesmo mercado, disse que dentro do mercado há uma disputa entre os vendedores, os clientes têm dificuldade de circular e não há facilidade de controlar os ladrões,razão pela qual têm sofrido roubos diariamente e dificilmente conseguem encontrar os larápios, pois escondem-se entre os clientes e o espaço de circulação é menor para controlar essa situação.

Empresário raptado na cidade de Maputo

Depois de uma relativa calma, mais um sequestro voltou a abalar a cidade de Maputo. Na última quinta-feira, dia 18 de Abril corrente, cerca das 17h30min, na Avenida Mohamed Siad Barre, desta vez a vítima foi Iskander Noomahon, empresário e comerciante de origem asiática. O último caso de rapto registado na capital do País tinha sido de Rachid Takidir, quando saía da Mesquita da Baixa, onde estivera a participar de um culto, em Fevereiro passado. A Polícia não revelou a idade de Noomahon, a área da actividade que desenvolvia, nem as circunstâncias em que foi raptado, mas confirmou a ocorrência. Arnaldo Chefo, porta-voz da Polícia na cidade de Maputo, disse ontem à Imprensa que um grupo de indivíduos ainda a monte raptou um empresário de origem asiático para uma parte incerta. “Até hoje (ontem), Noomahon continua em cárcere privado. Tomámos conhecimentos e os nossos colegas da investigação criminal estão a trabalhar. A família está a colaborar”, disse Chefo. Entretanto, sabe-se que por detrás dos raptos sucessivos que estão a ocorrer há cerca de dois anos sem que até agora a Polícia esclareça devidamente um único caso, a opinião pública entre a comunidade afectada admite que esteja um grupo ou mais grupos apadrinhado pelo poder político. No ambiente próximo de famílias de cidadãos que já foram vítimas de rapto há inclusivamente comentários insistentes que indicam que altas individualidades do Estado estão a impedir que agentes da Polícia de Investigação Criminal (PIC) actuem.

Bandidos assaltam posto policial, assassinam agente da Polícia e roubam armas

Um grupo de cinco malfeitores fazendo-se transportar em duas viaturas, assaltou, na semana passada, o Posto Policial Volante 6, bairro Georg Dimitrov, arredores de Maputo, tendo alvejado mortalmente um agente e roubando quatro armas. A Polícia confirma apenas a morte do jovem agente, Leonardo João Mazul. Testemunhas no terreno falam de sumiço de quatro armas no magazine da corporação. Testemunhas ouvidas pelo Canalmoz contaram que os malfeitores, antes de assaltarem o posto policial, estiveram a sondar aquela zona. Os carros usados foram vistos duas horas antes da ocorrência. Acrescentam que em algum momento estiveram sentados numas barracas a beber e a arquitectar planos de assalto. Quando chegou a hora, os malfeitores simularam terem pegue um ladrão e que iam entregar à Polícia. O suposto ladrão estava entre dois bandidos. Os outros seguiam pelas traseiras. Segundos dados colhidos no local, chegados no posto, os malfeitores disseram ao oficial de serviço que tinham um caso de um ladrão apanhado em flagrante e que era urgente. “Quando o agente abriu a gaveta da secretária para tirar o livro de ocorrências e caneta para a elaboração do auto, encostaram-lhe uma arma no pescoço. Os malfeitores exigiram a chave do magazine. Ele recusou-se. Insistiram e arrancaram. Foram abrir e levaram armas. Alvejaram mortalmente o agente e puseram-se em fuga”, conta um jovem residente próximo do posto. Acrescentou que um dos colegas ao se aperceber do assalto, escondeu-se na cozinha, foi quem depois de se retirarem perseguiu as viaturas e disparou. “Eles renderam com mais de 10 tiros. Esta situação deixou-os na incerteza. Não sabíamos o que estava a acontecer, o mais preocupante é o facto deste local se supor ser seguro. No posto só havia dois agentes da Polícia, não sabemos onde é que os outros estavam ”, disse. Sobre este assunto, o porta-voz da Polícia na cidade de Maputo, Arnaldo Chefo, falou da introdução de bandidos no Posto Policial de Volante 6 e da detenção de quatro supostos indivíduos envolvidos neste crime. “Por volta das 22 horas do dia 15 de Abril corrente, um grupo de cinco indivíduos introduziu-se no Posto Policial Volante 6, e alvejou mortalmente um agente. Sobre este assunto, houve um trabalho que culminou com a detenção de 4 indivíduos por suspeita de terem participado no crime”, disse Chefo.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Governo intensifica envio de militares para região Centro

Três autocarros da Companhia de Transportes Goupal Limitada (ETRAGO) deixaram este domingo a cidade de Maputo, transportando exclusivamente efectivos militares das Forças Armadas da Defesa de Moçambique (FADM) e da Força de Intervenção Rápida (FIR) trajados de fardas militares e policial (ganga cinzento), boinas pretas e vermelhas, em direcção ao Centro do País, apurou o Canalmoz este domingo. Até ao princípio da noite deste domingo, os três autocarros com 65 (sessenta e cinco lugares cada), tinham cruzado o rio Save e encontravam-se parados no cruzamento de Inchope, que liga as cidades de Chimoio, província de Manica, Beira, província de Sofala e o norte do País, em direcção ao Rio Zambeze, transportando a tropa e equipamento logístico militar. Fontes militares do Canalmoz, informaram que o destino da expedição militar é o distrito de Gorongosa, onde se encontra o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e tem sido concentrados maior parte de efectivos militares desde os finais do ano passado. A ETRAGO é uma empresa que tem a gestão de um antigo combatente ligado ao partido Frelimo, estando neste momento a beneficiar de contratos de transportes do pessoal dos Ministérios do Interior e da Defesa Nacional, maioritariamente forças no activo e mancebos para fora da cidade de Maputo e vice-versa. Ainda no âmbito do fomento do espectro de guerra, o Governo está a treinar efectivos da FIR e martilharia pesada, no quartel das FADM no Djidjidji, no distrito municipal da KaTembe, a 20 quilómetros doutro lado da baía de Maputo. Por outro lado, novos equipamentos militares com artilharia e metralhadoras do tipo RPD (que leve correntes de balas), carros de combate acabam de ser comprados pelo Governo. O executivo moçambicano conta com apoio do Governo comunista chinês que já anunciou a entrega de equipamento militar avaliado em 1(um) milhão de euros. Há dias, concretamente a quando dos incidentes de Muxungue, altos generais da Polícia moçambicana, numa delegação dirigida pelo vice-comandante-geral da PRM, Basílio Monteiro, visitaram Hanoi, em Vietname segundo foi informado na ocasião o Canalmoz por fontes bem seguras da corporação, para tratar de assuntos militares.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Papa promete rezar pela paz em Moçambique

Em audiência que o sumo pontífice concedeu ao primeiro-ministro, Alberto Vaquina, na quinta-feira, no quadro da visita que este efectuava à Itália, o líder da igreja católica manifestou-se satisfeito com as boas relações existentes entre a Santa Sé e Moçambique, reforçadas pelo acordo bilateral entre as partes, assinado a 7 de Dezembro de 2011 e ratificado no ano passado. No encontro entre Alberto Vaquina e o Papa Francisco, fez-se uma análise sobre a situação política e social no país onde, de acordo com o primeiro-ministro, o Papa disse estar preocupado com os últimos acontecimentos de instabilidade política no país, que culminaram com a perda de vidas humanas. O primeiro-ministro deu a conhecer ainda que o Papa foi devidamente informado sobre os incidentes de Muxúnguè, bem como dos esforços que estão sendo empreendidos para se ultrapassar a crise. Neste contexto, o Papa Francisco prometeu rezar para que nenhuma força leve ao retrocesso o actual estágio de desenvolvimento no país. Ainda no Vaticano, Vaquina privou com o secretário de Estado da Santa Sé, Tarcicio Bertonni, e vice-secretário, que assume as funções de ministro dos negócios estrangeiros, tendo dado a conhecer a situação geral do país e as acções que estão sendo desenvolvidas pelo chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, para pacificar a região, tendo, a título de exemplo, feito alusão ao acordo de paz e cooperação para a República Democrática do Congo, assinado recentemente. Vaquina encontrava-se na Itália em representação do chefe do Estado a convite do município de Torino, para onde foi um dos oradores principais da mesa redonda subordinada ao tema “áfrica do futuro entre democracia e desenvolvimento”, um evento que contou com a presença do vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, em representação de José Eduardo dos Santos; ministro da Comunidade da República de Congo, Bienvenu Okiemy, entre outros convidados.

FADM apelam à Renamo a não perigar a paz em moçambique

O Ministério da Defesa Nacional (MDN) recomendou a Renamo para não perigar a paz e tranquilidade em Moçambique. “As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) recomendaram à Renamo a parar com atitudes que periguem a paz e a tranquilidade no país”, disse o director Nacional da Política de Defesa no MDN, Cristóvão Chume, falando no término de um encontro entre representantes do MDN e da Renamo, a principal força da oposição em Moçambique. Chume garantiu que as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) continuarão a preservar a paz no país, independentemente das discussões de natureza política. “Nós vamos deixar que os políticos continuem a discutir todos os assuntos do processo democrático estabelecido no país”, disse aquele quadro, que fez parte do grupo de quatro elementos do exército, encabeçado por Graça Chongo, inspectora-geral das Forças Armadas, incumbido para receber uma delegação da Renamo. Segundo a fonte, as preocupações que a Renamo apresentou incluem questões de natureza política, tais como a revisão da Lei Eleitoral, que os militares não discutiram por se tratar de um outro fórum. Refira-se que a Renamo tem vindo a boicotar todo o debate que tem a ver com a revisão do pacote eleitoral e já anunciou que não tenciona participar e que vai impedir a realização dos próximos pleitos. Sobre as questões de âmbito militar, tais como a “despartidarização” das forças armadas, “nós respondemos que as FADM são apartidárias”, asseverou Chume. Prosseguindo, Chume disse que o MDN explicou com factos que nunca houve discriminação dos homens provenientes da Renamo no exército nacional. “Convivemos num clima de amizade, unidade e camaradagem dentro do exército”, disse.

Chipande sugere que Renamo não boicote eleições autárquicas

O general Alberto Chipande, que chefia a brigada central do partido Frelimo em Sofala, apelou aos líderes da Renamo para abandonarem a ideia de não participar e impedir a realização de eleições autárquicas deste ano por não concordarem com a actual legislação eleitoral. O político diz que para o bem da paz e da democracia seria importante que aquele partido participasse nos pleitos em pé de igualdade com os outros partidos. “Apelámos aos dirigentes da Renamo para que ponham a mão na consciência e abandonem os métodos que estão a usar e pautem pelo diálogo com o governo”, disse. Chipande entende ainda que os confrontos de Muxúnguè têm por objectivo intimidar as pessoas a não aderirem ao processo eleitoral, pelo que pede a população para ser vigilante e denunciar casos de ameaças, portadores de armas e que tenham a intenção de desestabilizar e semear medo nas comunidades, de modo a que a polícia os possa deter e mandar para os tribunais.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Dhlakama garante não à guerra

Afonso Dhlakama, garantiu hoje na conferência de imprensa, a partir da sua base na Gorongosa, que não vai voltar à guerra, mas advertiu o Governo que se, sentir-se atacado, atacará. “Nunca vai haver mais guerra, mas não estou nada satisfeito com a situação e é preciso que sejam resolvidos rapidamente os problemas pendentes”, nomeadamente a composição dos órgãos eleitorais, que a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) contesta. Dhlakama disse ainda que estão a ocorrer contactos com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, intermediados por um académico moçambicano, na sequência dos ataques da semana passada, que provocaram pelo menos oito mortos. O líder da Renamo falou numa antiga base militar na Gorongosa, onde se encontra desde outubro do ano passado.

Primeiro casamento tradicional entre dois gays na África do Sul

Dois homens uniram-se numa cerimônia considerada o primeiro casamento tradicional africano entre gays. Tshepo Cameron Modisane e Thoba Calvin Sithol casaram na cidade de Kwa Dukuza, província de Kwa Zulu-Natal, na África do Sul, conforme noticia o site norte-americano Huffington Post. Com cerca de 200 convidados, a cerimônia juntou características das tradições Zulu e Tswana, populações nativas do país, vizinho de Moçambique. Os recém-casados, ambos com 27 anos, farão outra cerimônia, mais reservada, em Johannesburgo, no fim de 2013. Os jovens agradecem o apoio das famílias, que os ajudaram em serem um casal num país e num continente tão conservador e contrário ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Eles querem ter uma família e usarão uma"barriga de aluguer" para ter uma criança. “Ter uma família è importante para nós e essa è a principal razão para termos uma criança. Queremos que os nossos filhos cresçam num ambiente saudável e que sejam amadas pelos seus pais, disse Thoba, em entrevista ao jornal Mamba Online. Em 2011, o Global Post escolheu a África do Sul como um lindo país, mas um péssimo lugar para ser homossexual. O site lembrou os "estupros colectivos" de lésbicas e o histórico de violência sexual contra mulheres e crianças no país.

Livraria Minerva promove 78.ª Feira do Livro

A Livraria Minerva realiza, entre os dias 18 de Abril e 4 de Maio, em Maputo, a sua 78.ª Feira do Livro, um evento tradicional no país, que este ano coincide com a celebração do seu 105.º aniversário. O acto inaugural terá lugar no dia 18 de Abril, apartir das 18.00 horas, na sede da Minerva, e contará com a presença do Ministro da Cultura, Armando Artur, e dos escritores Luís Bernardo Honwana, Lília Momplé, Sulemain Cassamo, Ungulani Ba ka Khosa, Sónia Sultuane, Barnabé Nkomo, entre outros. De acordo com a organização, na ocasião será inaugurada uma exposição documental, que comporta fotografias,máquinas de escrever, recortes de anúncios em jornais, livros raros, entre outros objectos que fazem parte da história da Minerva. Com cerca de 1000 títulos, nas mais diversas áreas, a feira contará com a participação de mais 20 autores moçambicanos. Durante o evento será também lançado o livro “Minerva 100 Anos”, que retrata um século de vida da instituição. A mesma é da autoria do jornalista Machado da Graça em parceria com o historiador António Sopa. Está também agendado um debate sobre a livraria para o dia 26 de Abril, em que os autores e outras personalidades falarão da sua relação com a Minerva. Para além destas actividades, o evento terá, entre outras acções, uma “caça ao tesouro” na Fortaleza de Maputo, actividades infantis com presença de animadores, lançamentos de livros, sessão de poesia no Dia internacional do Livro que se assinala no dia 23 do mês corrente, concurso de escrita e uma homenagem ao escritor Luís Bernardo Honwana, autor da célebre obra “Nós Matamos o Cão Tinhoso”. Para realizar a feira, a Minerva contará com a colaboração da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), Poetas d’Alma do ICMA,Ministério da Cultura, Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Projecto Formiga Juju, Projecto Ler para Crescer e Plural Editores. Fundada em 1908, a Livraria Minerva é a mais antiga do país e uma das mais antigas do Continente Africano.

DHLAKAMA “FALA À NAÇÃO”

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, marcou para hoje, quarta-feira, uma conferência de imprensa para abordar os últimos acontecimentos em Muxúnguè, em que os seus homens são acusados de terem atacado uma unidade da Força de Intervenção Rápida, dois autocarros e um camião, fazendo um total de sete mortos, entre 6ª feira e sábado últimos. A partir da sua base em Santugira, na Gorongosa, Dhlakama vai apresentar a sua versão dos factos, já depois de Ossufo Momad, chefe do departamento de Defesa da Renamo, ter vindo a público negar o envolvimento da sua organização política nos ataques. Toda a logítsica para levar os jornalistas a Santugira está a ser coordenada pela Renamo.Os jornalistas têm ordens para seguir dos seus veículos até Gorongosa e de lá serão transportados até Santugira através de viaturas preparadas para o efeito pela Renamo, pois a segurança de Afonso Dhlakama não quer veículos estranhos perto do seu líder.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Mulher morre engasgada com sémen do amante no motel

Amante ligou desesperado para o marido da mulher engasgada para comunicar o facto. Na capital do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil, uma tragédia sexual provocou a morte de uma mulher, de 28 anos e seis de casada. Ela teria se engasgado com o esperma do amante, na reta final da relação durante a prática oral. A Polícia Civil interditou o local. O amante disse que, ao perceber que ela teria sido engasgada ligou para os funcionários do motel, e em seguida para o marido dela. “Eu estava tão desesperado que peguei o celular dela e liguei para o marido dela e contei tudo. Gritei no telefone: corre, vem pra cá que sua mulher está morrendo engasgada com o meu sémen”, disse o amante a nossa reportagem. O marido, e agora viúvo, não acreditou na ligação do amante da sua esposa. Pensou que se tratava de trote e desligou o telefone. Em seguida, uma nova ligação, desta vez dos funcionários do Motel, confirmando a tragédia, fez o esposo acreditar. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso. O Delegado responsável pelas investigações disse que só vai falar após concluir o inquérito.

sábado, 6 de abril de 2013

Estudante de Direito da UEM vira ladrão disfarçado de militar

Um jovem de 18 anos de idade, identificado apenas por Marcelo, estudante do primeiro ano do curso de Direito na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), recolheu há dias aos calabouços da 4ª esquadra da Polícia, na Matola, acusado de uso de falsas qualidades, segundo escreve hoje o matutino Notícias. O estudante em causa usava fardamento militar com o intuito de ameaçar as suas vítimas e despojá-las dos seus bens. Com Marcelo foi detido um suposto primo deste, de nome Arlindo, um furriel das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), que terá facultado o uniforme àquele. Arlindo, até então afecto ao Quartel da Moamba, veio a escapulir-se na tarde de terça-feira à saída do Ministério Público, para onde os dois tinham sido conduzidos para a primeira audição, encontrando-se neste momento em parte incerta. Os dois jovens actuavam no bairro da Liberdade, onde ameaçavam os moradores e estudantes do curso nocturno da escola secundária com o mesmo nome. Marcelo nega o seu envolvimento em tais actos, admitindo apenas ter usado o uniforme por uma questão de ambição. “Eu pedi ao meu primo para vestir o uniforme dele, ao que ele cedeu e ainda pediu-me para que fôssemos à escola falar com a minha sobrinha. Foi aí que a Polícia nos deteve e nos conduziu até aqui (esquadra)”, afirmou. O porta-voz da Polícia no Comando Provincial em Maputo, Emídio Mabunda, esclareceu que a detenção dos jovens aconteceu graças à denúncia da comunidade local, que alertou a corporação sobre a existência de homens que se faziam passar por militares para semear terror. “Em coordenação com a comunidade e algumas estudantes da escola foi possível identificar a dupla e neutralizá-la. Infelizmente, um deles se escapuliu na tarde de terça-feira e encontra-se em parte incerta”, explicou. Mabunda garantiu que investigações prosseguem para a neutralização de outros possíveis comparsas do grupo e uma equipa multissectorial está a seguir as pistas para a sua localização e posterior responsabilização.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Governo distancia-se da má actuação de agentes da Polícia

A ministra da Justiça, Benvinda Levi, disse, ontem, no Parlamento, que os recentes casos de actuação violenta de agentes da Polícia da República de Moçambique(PRM) contra cidadãos indefesos, não constituem procedimento normal da corporação. Levi referia-se aos recentes casos registados em Tete e em Maputo, este último que resultou na morte de um cidadão de nome Alfredo Afonso Tivane, no bairro T3, município da Matola. “As duas situações atrás descritas não são nem tão pouco devem ser vistas como a forma ou procedimento comum de actuação da nossa polícia”, disse a governante, falando durante as informações antes da ordem do dia. Na sua intervenção, a ministra explicou que o caso de Alfredo Afonso Tivane começa quando, cerca de 00h00 do dia 20 de Março, no bairro T3, uma patrulha da polícia interceptou o jovem, de 31 anos de idade, após ter realizado manobras perigosas na via pública, vulgarmente conhecidas como rally. Segundo conta a ministra, a viatura em que Alfredo se fazia transportar, uma mini-bus de transporte semi-colectivo de passageiros, imobilizou-se em contramão e a polícia suspeitou que se estava diante duma viatura ou condutor em situação ilegal, tendo por isso imobilizado a viatura policial em frente ao mini-bus, de modo a interpelar os seus ocupantes. Levi anotou que, na altura, uma outra viatura de marca Toyota Corolla Conquest acabava de ser apreendida pela mesma patrulha policial, por condução ilegal do seu automobilista. Com as três viaturas imobilizadas, um agente da polícia, de nome Pasmino Manganhe, dirigiu-se ao condutor Alfredo Tivane, com vistaa exigir documentos do condutor e da viatura. “Contrariamente à expectativa do agente, aquele (condutor), simulando estar a localizar os documentos solicitados, engrenou a mudança em marcha-trás e arrancou bruscamente, indo embater na porta lateral esquerda traseira do Toyota Corolla Conquest.

Renamo ataca posto policial e mata quatro agentes da FIR

“Se continuar a prevalecer a tendência da absolutização dos partidos políticos e o culto da personalidade dos próprios dirigentes, não será garantida a paz em Moçambique”. Estas palavras parecem ter sido escritas ontem em jeito de reacção ao cenário de guerra aberta entre as forças de defesa e segurança e elementos da Renamo no posto administrativo de Muxúnguè, na província de Sofala. O facto é que as mesmas vem contidas na Carta Pastoral dos Bispos Católicos, datada de 6 de Agosto do ano passado. Aliás, ontem, este jornal alertava para a radicalização de posições entre a Renamo e as forças de defesa e segurança na região centro do país. Em consequência desta radicalização de posições, elementos da Força de Intervenção Rápida invadiram, na quarta-feira, a sede da Renamo no posto administrativo de Muxúnguè, alegadamente com objectivo de dispersar cerca de 250 homens da Renamo que ali se encontravam concentrados. A PRM alega que os homens da Renamo não se podiam concentrar em grande número naquele espaço partidário sem autorização prévia das autoridades. Ou seja, na óptica da polícia, são proibidas concentrações de membros de partidos nas suas sedes sem autorização prévia das autoridades! Neste assalto à sede da Renamo, a FIR deteve 15 elementos da Renamo e encarcerou-os no posto policial local. Pesa sobre os detidos a acusação de desacato às autoridades, alegadamente por se terem recusado a abandonar o local. Ora, na madrugada de ontem e num claro acto de retaliação e demonstração de força, um grupo não quantificado de homens da Renamo assaltou o posto policial onde se encontravam aquarteladas as Forças de Defesa e Segurança, com especial destaque para elementos da FIR. Tratou-se de um ataque relâmpago, que encontrou totalmente desprevenida a Força de Intervenção Rápida.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Polícia toma delegação da Renamo em Nampula

A sede política do partido Renamo, ao nível da cidade de Nampula, transformou-se numa sub-unidade policial, um ano depois dos agentes das forças de protecção e intervenção rápida terem tomado de assalto as instalações, supostamente para dispersar os cerca de 400 ex-guerrilheiros que se encontravam aquartelados naquela delegação, sita na rua dos sem medo, no bairro de Muatala. A delegação política do maior partido da oposição em Moçambique tinha sido ocupada pelos seus ex-guerrilheiros que se haviam deslocado à cidade de Nampula, alegadamente para se prepararem para as manifestações convocadas pelo seu líder, Afonso Dhlakama, em protesto contra a alegada partidarização do Estado e exclusão dos seus militantes nas Forças de Defesa e Segurança. Em 8 de Março de 2012, o grupo foi escorraçado pela polícia, durante um confronto armado, no qual perdeu a vida um membro da Forca de Intervenção Rápida. Mas volvidos cerca de 13 meses, o reinício das actividades políticas naquelas instalações está condicionado à retirada da polícia. O local continua ocupado por uma sessão da polícia fortemente armada. Instado a comentar à volta do assunto, Inácio Dina, chefe das Relações Públicas no Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique em Nampula, disse que “se trata apenas de um trabalho rotineiro de patrulhamento em locais considerados susceptíveis a actos criminais”. O secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, disse que o seu partido não quer usar a força para retirar a polícia das suas instalações, alegadamente por ser um partido da paz. Enquanto a delegação política-sede continua sob controlo da polícia, alguns ex-guerrilheiros da Renamo continuam ainda aquartelados na delegação política provincial, no bairro dos poetas.

Azagaia grava tema polémico.

Azagaia intitulou o seu mais novo hit de “MIR”, ou seja, “música de intervenção rápida”, como forma de mostrar o seu desapontamento pela atitude da FIR, após esta polícia de elite espancar e impedir os antigos combatentes de se manifestarem. Na verdade, o seu maior protesto é relativo à reacção da ministra da Justiça, Benvinda Levi, sobre o caso. Azagaia afirma que a única arma do povo é a manifestação, por isso, o governo não tem o direito de impedir o cidadão de protestar pacificamente. Nas palavras do rapper, não faz sentido que cidadãos independentes há 38 anos não gozem efectivamente de liberdade. Na música MIR, Azagaia mostra algumas palavras inerentes aos direitos humanos “jazendo em campas”, num claro pronunciamento de que estas palavras estão mortas no seio da sociedade moçambicana. Edson da Luz, seu nome real, nasceu em Namaacha, província de Maputo, a 06 de Maio de 1984, filho de pai cabo-verdiano e mãe moçambicana. Iniciou a sua carreira musical no grupo de hip-hop Dinastia Bantu, onde também fazia parte o MC Escudo, com o qual gravou o álbum Siavuma. Mais tarde, entrou para a Cotonete Records e lançou o seu primeiro álbum a solo, “Babalaze”. A polémica de “Babalaze” surgiu depois que foi publicada a música “As mentiras da Verdade”, para a divulgação do álbum, trazendo uma crítica social que há muito não se ouvia. Azagaia foi motivo de debates em várias camadas sociais, alimentando posts em blogs e muito mais. É claro que a música foi censurada por alguns órgãos. No ano de 2010, lançou a música “Arri”, que retrata um escândalo de tráfico de drogas em Moçambique, bem como outros casos de fuga ao fisco e assassinatos. Este escândalo é referente ao empresário moçambicano Mohamed Bashir Sulemane, que foi incluído pelos EUA na lista de barões de droga. Ainda nesse ano, Azagaia participou em dois festivais de música na Dinamarca, o Fair Trade Festival e o RAW Festival, sendo que o primeiro tinha carácter beneficente, com a participação de músicos de vários quadrantes do mundo, e o segundo virado para a música electrónica e urbana.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Cidadão mata irmão a paulada, em Manhiça

Um cidadão identificado como Carlos Tsandzana, residente no distrito de Manhiça, provincia de Maputo, agrediu mortalemente a paulada, na última Quinta-feira (28), o seu irmão que em vida respondia pelo nome de Alfredo Tsandzana, alegadamente por este ter vendido os seus bens enquanto se encontrava na África do Sul. Um cidadão reportou ao @verdade que o caso deu-se na localidade de Nwamatibjana, no bairro de Xicunguluine. Segundo o mesmo, Carlos Tsandzana ficou enfurecido ao regressar da terra do rande e descobrir que o seu irmão, a quem confiou a segurança dos tais bens (electrodomésticos) vendera um a um sem o seu consetimento muito menos consultá-lo. A vítima não resistiu à gravidade das lesões contraídas e antes de sucumbir teria pedido água para beber. O homicida e esposa, esta indiciada de cumplicidade no caso, encontram-se detidos nas celas do Comando da Polícia da República de Moçambique da Manhiça. Enquanto isso, ainda na Manhiça, um professor da Escola Secundária de Nwamatibjane, que leccionava a disciplina de Biologia, desde 2007, foi agredido mortalmente, também com recurso a paus, na madrugada da última Sexta-feira (29), por um grupo de malfeitores. A vítima, natural da província da Zambezia, respondia pelo nome de Rachid Diolentino. Depois do acto macabro, o seu corpo foi abandonado sem roupa nas proximidades da sua casa, sita junto ao mercado da Palmeira.

Escavadora mata operador na Matola

Um jovem moçambicano de 31 anos de idade, cuja identidade a Polícia não facultou, perdeu a vida, quinta-feira, no bairro de Língamo, na Matola, após um golpe na cabeça de uma pá escavadora. O incidente deu-se quando o malogrado tentava desmontar uma válvula na máquina sem observar os mínimos cuidados técnicos de segurança, sob ordens do seu patrão, um indivíduo de nacionalidade sul-africana e residente no distrito de Namaacha. Segundo o porta-voz da Polícia no Comando Provincial em Maputo, Emídio Mabunda, o corpo da vítima foi evacuado à morgue do Hospital Central de Maputo. Entretanto, sinistros continuam a ferir e destruir infra-estruturas. Duas pessoas contraíram ferimentos ligeiros como consequência de um acidente de viação ocorrido na madrugada de ontem, no bairro Central, na cidade de Maputo. Tratou-se de um despiste, seguido de choque contra obstáculo fixo, em causa um poste de energia, que saldou ainda em avultados danos materiais. Segundo Arnaldo Chefo, porta-voz da Polícia no comando da cidade, o excesso de velocidade é apontado como principal causa do sinistro.

Acidente causa três feridos e danos avultados na EN4

Três feridos um dos quais em estado grave e avultados danos materiais numa viatura é o rescaldo de um acidente de viação ocorrido na manhã de ontem na Estrada Nacional número quatro (EN4). O sinistro, segundo testemunhas, resultou de ultrapassagem irregular feita pelo condutor da viatura Honda AAQ 266MP, que embateu numa carrinha caixa aberta com a inscrição AAK 484MC que na altura seguia no sentido Matola-Maputo. Posteriormente, o carro que transportava três ocupantes viria a embater num poste de transporte de energia eléctrica, tendo de seguida capotado e imobilizado na rede que separa as faixas de rodagem. Testemunhas foram unânimes em afirmar que os jovens que se faziam transportar na viatura Honda denunciavam o estado de embriaguez e momentos antes do sinistro tinham sido vistos a consumir bebidas alcoólicas em plena marcha. Pela ocorrência, o tráfego foi momentaneamente condicionado, uma vez que uma das faixas no sentido Matola- Maputo ficou obstruída.

Ministério do Trabalho suspende 7 trabalhadores estrangeiros

O Ministério do Trabalho,através da Inspecção-Geral do Trabalho (MITRAB), acaba de suspender, com efeitos imediatos, sete trabalhadores estrangeiros que foram surpreendidos a trabalhar ilegalmente na empresa Fasorel, SARL. Trata-se de cidadãos de nacionalidade indiana em situação irregular encontrados a laborar por uma acção inspectiva àquela empresa, localizada na Cidade de Matola, Província de Maputo. Os mesmos também encontram-se ilegalmente em Moçambique. Um comunicado do MITRAB avança ainda que a presença daqueles cidadãos na Fasorel representa uma violação ao Regulamento sobre os Procedimentos para a Contratação de Cidadãos de Nacionalidade Estrangeira. Refira-se que em Dezembro último a Inspecção do Trabalho, a nível da província de Cabo Delgado, suspendeu 26 estrangeiros surpreendidos a trabalhar ilegalmente em diversas empresas naquela província do Norte de Moçambique. Os visados, eram provenientes da China, Brasil, África do Sul, Canadá, Suécia, Escócia, Nigéria, Senegal e Tanzânia, exerciam actividades em empresas de diversas áreas sem o visto de trabalho.