quarta-feira, 27 de março de 2013

Funcionários da Miramar ameaçam paralisar transmissões de rádio e televisão

A reivindicação de melhores condições de trabalho na Rádio Comunicação Miramar, delegação da Beira(RCM-Beira), não vem de hoje. Iniciou em princípios do segundo semestre de 2011. Após inúmeros encontros e sem sucesso com a direcção local, os trabalhadores decidiram enviar uma carta à sua sede em Maputo e esta, em resposta, “despachou” para Beira, em Novembro de 2011, o antigo administrador Vila Machungo, acompanhado por um elemento da KPMG, que gere os recursos humanos da RCM. De acordo com Rendição Obede, porta-voz dos trabalhadores da RCM-Beira, numa reunião entre a comitiva e os trabalhadores prometeu-se aos trabalhadores novos salários e atribuição de categorias, algo que não existia na Miramar. Obede adiantou ainda que os trabalhadores passaram por duas entrevistas que trouxeram várias irregularidades na atribuição das categorias. “...só para citar um exemplo, na Miramar Beira existe um funcionário com 15 anos de trabalho, eis que lhe foi atribuído a categoria júnior. Quantos anos de serviço este indivíduo com domínio técnico invejável precisaria para ascender à outra categoria”?, questionou. Quase um ano depois, ou seja, em outubro passado, os trabalhadores, por não terem recebido os salários prometidos e devido a erros graves de atribuição de categorias, remeteram uma carta à direcção da Miramar a exigir que se cumpra a promessa. Em resposta, o PCA da Miramar mandou uma equipa à Beira para implementar tal promessa. “Para a nossa surpresa, foi-nos apresentada uma tabela salarial diferente da que nos foi apresentada numa reunião anterior. Mesmo nesta tabela, os locutores e operadores não auferiam de acordo com o valor apresentado. No mês seguinte e na sequência da nossa reclamação, a Miramar aumentou apenas salários de 2 locutores, um da categoria júnior e outro da categoria pleno, passando os dois a receber o mesmo valor. Quando questionámos, a direcção da Miramar alegou erros e elevou automaticamente a categoria de júnior, passando este a ser pleno, para justificar o salário em questão”. Em Fevereiro passado, o PCA da Miramar, solicitado a participar no centro de mediação e arbitragem laboral de Sofala para resolução definitiva de caso, mandou uma equipa para o representar, que era composta por Muaneima Nhachengo, Silvério Simango, da KPMG, e Duarte Casimiro. No encontro, vários assuntos foram abordados, com destaque para o reajuste das carreiras e salários dos trabalhadores em função da realidade.

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