sexta-feira, 1 de março de 2013

Chumbaram nos exames mas passaram na pauta

O que até aqui não se sabe é como e quem terá efectuado a alteração das reais notas dos alunos. Os professores que corrigiram os exames podem esclarecer esta situação... Os pais dos alunos que foram dados como aprovados na 10ª classe, na Escola Secundária Eduardo Mondlane, cidade de Maputo, não se conformam com a medida de mandar os filhos repetirem a 10ª classe, apesar dos esclarecimentos que estão a receber na direcção distrital de Educação de Kampfumo. Entretanto, já reconheceram que não há alternativa, senão convencer os filhos a voltar para a 10ª classe. É na verdade, desesperante para quem, durante um mês e meio, frequentou a 11ª classe e que de repente se vê obrigado a voltar para a classe anterior. Os pais e encarregados de educação, indignados, acorreram, ontem, à sede da Direcção Distrital de Educação de Kampfumo. No local, um a um, recebiam esclarecimentos sobre os motivos que levaram à reprovação dos seus educandos. Em todos os casos, os números não batem certo. As notas das provas não coincidem com as publicadas nas pautas da segunda época. Ou seja, os alunos reprovaram nos exames, mas transitaram na pauta! Foi difícil digerir a situação, tanto pelos pais como pelos próprios alunos, que ainda não sabiam o que estava realmente a acontecer. Uma das estudantes envolvidas nesta situação não conseguiu conter-se: pôs-se aos prantos, o que obrigou os técnicos da Direcção da Educação que prestavam esclarecimentos aos pais a paralisar, por alguns minutos, o trabalho. No final, a jovem adolescente disse à mãe que a acompanhava que única opção era desistir de estudar. O trauma psicológico instalou-se. A mãe, que acompanhou os pormenores da explicação dada pela Direcção de Educação, não se conformava. “Nunca estaria satisfeita com uma coisa destas. Não sabemos como isto pôde acontecer. A minha filha teve boas notas em quase todas as cadeiras, menos Matemática. Teve 6,2. Não posso fazer nada, senão tentar convencê-la a voltar para 10ª classe e concluir a secção de ciências”, disse Maria Amélia. Uma outra encarregada de educação, tal como a aluna adolescente, também não conseguiu controlar as suas emoções e... chorou! Nas mãos trazia a declaração de passagem do filho, assinada pelo director da Escola e a pela respectiva directora Distrital de Kampfumo, portanto, um documento autêntico.

Sem comentários:

Enviar um comentário