sexta-feira, 31 de maio de 2013

“Redistribuição não é oferta de dinheiro”




Moçambique está na lista dos países que mais crescem no mundo, com uma taxa do PIB acima de 7%. Mas este crescimento não se reflecte na vida dos cidadãos. Quais são as razões?
O país cresce a uma taxa de 7% há mais de 10 anos. Isto significa que, quando se fala de estabilidade macroeconómica, se tem em conta esta situação de que o crescimento é sustentável porque manteve um ritmo razoável durante muito tempo. O crescimento que temos tem insuficiência de produção alimentar, ele é mais influenciado pelas actividades que têm que ver com infra-estruturas, mas não se pode negar que a economia esteja a crescer.
Este crescimento tem que passar a ser mais sustentável, por sectores que produzem comida, e é por isso que o país adoptou o Plano de Acção para a Produção Alimentar, a nível  do Ministério da Agricultura, com o intuito de, primeiro, produzir comida e, segundo, produzir aquilo que fosse necessário para a exportação. A produção interna pode, também, evitar tantas importações que estamos a fazer. É verdade o que disse, mas há esforços de viragem desse crescimento económico para maior participação de sectores que produzem alimentos.
Caso isso se concretize, terá impacto na vida das populações?
Quando falava de produção de alimentos, a ideia é fazer sentir o crescimento nas populações e criar rendimentos. Por outro lado, é fazer a redistribuição através do Orçamento do Estado, e assim as pessoas poderem sentir os efeitos do crescimento, com escolas e hospitais mais próximos, oferecer serviços muito mais diversificados, construir mais estradas, barragens e fontes de abastecimento de água.

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