sábado, 18 de maio de 2013

COISAS QUE NÃO ESTRANHAMOS - Porquê um trabalho sempre inacabado?

SIMPLESMENTE descabido é o mínimo que se pode dizer do que o público é obrigado a testemunhar na capital do país. Desta feita é na movimentada Avenida Guerra Popular, mas tem sido uma prática que amiúde se repete nas artérias da urbe.


                                                                   


De há alguns dias para cá, está-se a efectuar uma espécie de limpeza sui generes de sarjetas há muito entupidas pelo plástico, lama e tudo quanto é inútil. Do bairro do Alto-Maé e pela Baixa a dentro voam quantidades de sacos plásticos, papéis entre outros resíduos sólidos que encontram alojamento nas sarjetas que tendem a perder a sua função na nossa cidade capital.
O trabalho torna-se incompleto e jogo sem rumo quando o lixo retirado das sarjetas é amontoado ao lado e, paulatinamente, desliza para o interior destas com a força do vento, das chuvas e da acção humana, pois as pessoas vão galgando os montinhos de lixo, perante o olhar passivo dos que se encarregaram de amontoá-lo. É que na “guerra” desenfreada pela busca de transporte, sobretudo nas horas de ponta, tudo vale e nessa correria qualquer lugar serve de passagem, não interessando onde pisar e como. É nessa altura que a lama já seca se desfaz e retorna às sarjetas.
O reflexo dessa obstrução é visível nos dias chuvosos, quando a praça fica inundada em pouco tempo, ainda que as precipitações sejam baixas e de curta duração, dando espaço para lamentações.
Estão às dezenas, ao longo da Avenida Guerra Popular, os montes de lixo que de alguma forma pioram a imagem daquela rodovia, caracterizada por buracos de todos os tamanhos.
A atitude dos trabalhadores da salubridade é incompreensível, deixando boquiaberto qualquer cidadão que presencia aquele fenómeno. Não se entende o que vai pela cabeça desses homens que têm a obrigação de manter as sarjetas em condições de escoar as águas pluviais.
Não faz sentido que ninguém se incomode com o que está a acontecer à vista de todos. Uma das conclusões a que se pode chegar é que nem sequer este tipo de trabalho é fiscalizado. Perante esta apatia do município, que efectivamente, deve cuidar da limpeza da cidade, pode-se dizer que se está numa situação daquelas coisas que marcam o nosso dia-a-dia, e que já não estranhamos de tanto se repetirem no nosso quotidiano.

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