quarta-feira, 24 de abril de 2013

Expoente da marrabenta: Morreu Alberto Mhula

Morreu ontem, terça-feira, em Maputo, o “veterano” da marabenta, Alberto Mhula, vítima de doença. Segundo fonte próxima do cantor, ele já não gozava de boa saúde nos últimos tempos. O malogrado era popularmente conhecido por “Manjacaziano”, nome adoptado por ter nascido em Manjacaze e fazia parte do panteão dos artistas da velha guarda, como são os casos de Dilion Djindji, Alberto Mutxeca, Xidiminguana, Francisco Mahecuana, Lisboa Matavele apenas para mencionar alguns. Alberto Mhula era um exímio tocador de timbilas e tambores e era defensor da música de raiz moçambicana. Tinha obra gravada em editoras nacionais “1001”, Rádio Moçambique, Vidisco e JB Recording da capital do pais. Mhula cantou temas como “Miyela Nwananga”, “Chiziane”, “Mamana Wa Bebe”, “Ndzafa Dza Lova”, “Kaya Manjacaze”, “Kutxina”, “Loko Wansati” alguns dos quais ficaram célebres. Alberto Mhula foi um participante assíduo do Festival da Marrabenta (que iniciou em 2008) e mesmo doente e com o peso da idade, como aconteceu este ano, ele não quebrou a regra e, em nome da marrabenta que sempre defendeu, subiu ao palco para cantar o tema “Kaya Manjacazi”, dedicado à sua terra natal. Foi notório o seu estado debilitado e as sequelas de uma doença que o apoquentava nos últimos tempos. O cantor tinha uma deficiência física adquirida em 1967 quando foi atacado por um crocodilo no rio Incomati, distrito de Magude, província de Maputo. Líder do agrupamento “Manjacaziano” era um orgulho da música de raiz moçambicana e entre as suas deslocações ao estrangeiro, destaque para a actuação em Portugal, aquando da EXPO-98.

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