quarta-feira, 3 de abril de 2013

Azagaia grava tema polémico.

Azagaia intitulou o seu mais novo hit de “MIR”, ou seja, “música de intervenção rápida”, como forma de mostrar o seu desapontamento pela atitude da FIR, após esta polícia de elite espancar e impedir os antigos combatentes de se manifestarem. Na verdade, o seu maior protesto é relativo à reacção da ministra da Justiça, Benvinda Levi, sobre o caso. Azagaia afirma que a única arma do povo é a manifestação, por isso, o governo não tem o direito de impedir o cidadão de protestar pacificamente. Nas palavras do rapper, não faz sentido que cidadãos independentes há 38 anos não gozem efectivamente de liberdade. Na música MIR, Azagaia mostra algumas palavras inerentes aos direitos humanos “jazendo em campas”, num claro pronunciamento de que estas palavras estão mortas no seio da sociedade moçambicana. Edson da Luz, seu nome real, nasceu em Namaacha, província de Maputo, a 06 de Maio de 1984, filho de pai cabo-verdiano e mãe moçambicana. Iniciou a sua carreira musical no grupo de hip-hop Dinastia Bantu, onde também fazia parte o MC Escudo, com o qual gravou o álbum Siavuma. Mais tarde, entrou para a Cotonete Records e lançou o seu primeiro álbum a solo, “Babalaze”. A polémica de “Babalaze” surgiu depois que foi publicada a música “As mentiras da Verdade”, para a divulgação do álbum, trazendo uma crítica social que há muito não se ouvia. Azagaia foi motivo de debates em várias camadas sociais, alimentando posts em blogs e muito mais. É claro que a música foi censurada por alguns órgãos. No ano de 2010, lançou a música “Arri”, que retrata um escândalo de tráfico de drogas em Moçambique, bem como outros casos de fuga ao fisco e assassinatos. Este escândalo é referente ao empresário moçambicano Mohamed Bashir Sulemane, que foi incluído pelos EUA na lista de barões de droga. Ainda nesse ano, Azagaia participou em dois festivais de música na Dinamarca, o Fair Trade Festival e o RAW Festival, sendo que o primeiro tinha carácter beneficente, com a participação de músicos de vários quadrantes do mundo, e o segundo virado para a música electrónica e urbana.

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