segunda-feira, 11 de março de 2013

Comissão da Agricultura na AR indiferente às acusações que pesam sobre José Pacheco

A comissão da Agricultura, Desenvolvimento Rural, Actividades Económicas e Serviços da Assembleia mostrou estar totalmente indiferente ao suposto envolvimento do ministro da Agricultura, José Pacheco, e do seu antecessor, Tomás Mandlate, no contrabando de madeira, caso revelado recentemente em relatório de uma agência não-governamental do Reino Unido ligada à investigação ambiental. A aparente indiferença da comissão que lida com agricultura na Assembleia da República foi notória na manhã de ontem, em Nampula, quando Casimiro Uate, deputado da Assembleia da República - que falava na qualidade de porta-voz dos membros daquela comissão, que desde ontem trabalham naquela província - disse: “Ouvimos isso pela imprensa, ainda não chegou nenhuma informação a esta comissão, e não viemos tratar disso aqui em Nampula”. Uate respondia assim a uma questão colocada pela reportagem "O País" sobre o posicionamento da comissão em relação à denúncia da agência de investigação ambiental britânica. Face à insistência do jornalista, Uate referiu que “O país tem estruturas competentes, que estão atentas ao assunto” tendo acrescentado que a sua comissão, ao referir-se sobre esta questão, estaria fora da agenda da sua missão de trabalho em Nampula. Uate aproveitou a ocasião para apelar à imprensa que se pretende patriota a entender que as citações em relatórios internacionais geram percepções que valem o que valem, enquanto em muitos casos a realidade é outra. Recorde-se que o relatório que implica José Pacheco e Tomás Mandlate no contrabando de madeira refere que estas figuras agem como facilitadoras de chineses na exploração ilegal de madeira, em troca de elevadas somas de dinheiro.

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