quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

FIR usa força excessiva para dispersar desmobilizados de guerra

A avenida 25 de Setembro - próximo ao circuito de manutenção António Repinga e Feira Popular - testemunhou, a meio da manhã e princípio da tarde de ontem, momentos de pânico. Os membros do Fórum de Desmobilizados de Guerra de Moçambique, agremiação que congrega antigos combatentes, concentraram-se nas imediações do Gabinete do Primeiro-Ministro, com o objectivo de pressionar o Governo a aceitar a sua proposta de aumento da sua pensão para 20 mil meticais. No local, os desmobilizados de guerra, entoando cânticos, foram confrontados por um contingente da Força de Intervenção Rápida “armado até aos dentes”. A Força de Intervenção Rápida, numa clara demonstração de força e dos meios anti-motim recentemente adquiridos, lançou jactos de água e gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, mesmo os idosos não escaparam à violência da polícia. E porque a acção da polícia ocorreu na via pública, os transeuntes também não escaparam e tiveram de recorrer a lenços para evitar a inalação do gás pimenta. A polícia usou força excessiva e espancou os manifestantes, dentre os quais algumas idosas e indefesas. A violência estendeu-se até à zona do palácio da Justiça, onde ninguém escapou à descarga policial, com uso de cacetetes, vulgarmente conhecidos por “chambocos”. Pelo meio, alguns vendedores ambulantes foram violentados pela Força de Intervenção Rápida. A imprensa, essa, também não escapou da brutalidade dos agentes da FIR, que a impediram de fazer o seu trabalho. Os jornalistas foram empurrados e submetidos à humilhação, tendo o equipamento da STV sido atingido por jactos de água.

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