domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cérebro da fraude no MINED desapareceu

A fuga do financeiro-pagador do Ministério da Educação é apontada pelas equipas de peritos do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) e da Inspecção da Educação e das Finanças, como estando a dificultar o esclarecimento cabal do rombo financeiro em investigação. A expectativa reinante é de que ele colaborasse, dando a sua versão dos factos, o que a não se verificar, condicionará, de certa forma, o curso das investigações já iniciadas, escreve o jornal Notícias, na edição deste sábado. Dados fornecidos por fontes autorizadas indicam que a presença do financeiro-pagador é determinante não só para ajudar a esclarecer os mecanismos e os montantes envolvidos na fraude, como,também, para apurar o grau de envolvimento ou participação de outros funcionários do MINED e não só, naquele que é considerado um dos maiores rombos financeiros no sector. Mesmo persuadido a reaparecer de modo a ser interrogado pelas equipas de investigação, ele não se dignou a fazê-lo por recear a consumação de uma provável detenção. Dados obtidos referem que depois de desaparecer da circulação em Dezembro último, não mais se apresentou ao local do trabalho, havendo, todavia,informações segundo as quais terá ido buscar refúgio no norte do país. O financeiro é tido como sendo uma “peça-chave” no esclarecimento do rombo financeiro por ser ele a pessoa que elaborava as folhas de salário numa ligação com os quadros da Contabilidade Pública e o banco, em tudo que tinha a ver com pagamento de salário aos funcionários do pelouro. A par do seu antigo chefe de Departamento Financeiro, ora suspenso, o financeiro-pagador é indiciado de conhecedor profundo do esquema de desvio de fundos, falcatrua que agora se suspeita como tendo contado com a acção conivente de alguns técnicos ligados ao sector de Contabilidade Pública do Ministério das Finanças. Neste sector e pela natureza da actividade, os técnicos eram obrigados a conformar as folhas de vencimento enviadas pelo MINED para autorização do seu pagamento, muitas delas duplicadas, com valores a serem transferidos para as contas fictícias orquestradas pelo pessoal do Departamento Financeiro do Ministério da Educação.

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