Caso deu-se no distrito de Mutarara
A notícia é hilariante, mas também é muito séria. O governador de Tete, Paulo Auade, surpreendeu em flagrante um motorista de longo curso a vender combustível (diesel) na via pública. O caso deu-se na última sexta-feira, no distrito de Mutarara.
Segundo escreve o “Diário de Moçambique”, depois uma visita de trabalho a Mutarara, Paulo Auade estava de regresso à cidade de Tete quando viu pessoas a retirar combustível do tanque do camião para bidões de 20 litros. O governador mandou parar a comitiva, que integrava alguns directores provinciais e jornalistas, desceu do carro e foi impor ordem. “Não se explica que, há menos de um mês da tragédia de Caphirizange, os camionistas se envolvam ainda na venda ilegal de combustível. São vocês que criam problemas nas estradas. Portanto, vamos falar com o teu patrão para tomarmos as medidas, porque esta situação não pode continuar”, disse o governador.
Por sua vez, o motorista, que se identificou como Sérgio Pensar, negou que estivesse a vender combustível. “Não estou a vender combustível, apenas estou a transferi-lo para o outro tanque, porque o meu carro não transfere automaticamente. Estou a sair da Beira com esta carga para Mutarara. Quando cheguei aqui, vi que o combustível deste tanque não ia chegar a Mutarara, por isso, parei e pedi bidões à população para poder fazer a transferência”, explicou-se. O motorista disse, ainda, que o camião com a chapa de inscrição AEQ-542-MP pertence à Transportes Ali.
Em Novembro último, lembre-se, pelo menos 100 pessoas morreram devido à explosão de um camião-cisterna com gasolina, na localidade de Caphirizange, distrito de Moatize. O camião, que havia partido da cidade da Beira com destino a Malawi, foi desviado da rota (Estrada Nacional Nº 7) para permitir o roubo de combustível.
A explosão ocorreu no momento em que dezenas de pessoas estavam a retirar combustível através de bidões. Na sequência, 43 pessoas morreram no local da explosão e mais de 50 viriam a perder a vida no Hospital Provincial de Tete, devido à gravidade das queimaduras.
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