Os agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR) e da Polícia de Trânsito (PT) que guarnecem e controlam o trânsito nos postos de controlo das estradas de Nampula infernizam os passageiros e condutores de transporte semicolectivos de pessoas e bens, através de cobranças ilícitas de valores monetários e de bens que os cidadãos movimentam para a sua sobrevivência.
Nos controlos montados pela Polícia da República de Moçambique (PRM), passageiros e condutores são recorrentemente extorquidos, mesmo não estando em auto trânsito.
O Canalmoz fez três digressões, respectivamente da cidade de Nampula ao rio Ligonha, de Nampula para Nacala e de Nampula para Eráti. Observamos in loco situações em que os agentes da PT e da FIR não pedem nada de que esteja fora da legalidade, apenas cobram valores monetários para que os cidadãos possam usar livremente as estradas.
Por exemplo, da cidade de Nampula até ao rio Ligonha, onde esta província se separa da Zambézia, normalmente há mais de quatro agentes da Polícia de Trânsito e cada um acompanhado de agentes da FIR altamente armados, para além de um posto de controlo que fica mesmo à saída do município de Nampula.
Com estes agentes, pouco se conversa senão efectuar pagamentos monetários que vão de cem meticais até ao mais alto valor, dependendo da exigência de cada agente.
Entretanto da cidade de Nampula à cidade de Nacala-Porto para além dos dois postos de controlo existentes, mais de seis agentes e respectivos homens da FIR estão na estrada com um único propósito: fazer cobranças aos cidadãos e condutores com o máximo de brutalidade possível.
Já no percurso cidade de Nampula distrito de Eráti mais de quatro agentes estão na estrada e vão exigindo para que cada condutor e passageiro que esteja na sorte deles pague algum valor monetário.
A liberdade de expressão e de opinião plasmadas na Constituição da República estão vedadas de exercícios pelos agentes da FIR aos cidadãos. Qualquer tentativa de reclamação o cidadão vê-se vítima de espancamentos por parte dos agentes.
No posto de controlo número 1, que fica à saída da cidade Nampula para o posto administrativo de Anchilo, o Canalmoz assistiu recentemente a um cidadão a ser espancando por dois agentes da PRM, um da Polícia de Protecção e outro da FIR, respectivamente.