O rei zulu
Goodwill Zwelithini instou ao governador de KwaZulu-Natal (KZN), Senzo Mchunu,
a solicitar a todos os embaixadores africanos, acreditados na Africa do Sul, a
envolverem-se num diálogo sobre a incorporação de cidadãos estrangeiros nas
áreas sob a liderança tradicional.
Segundo a SABC, o
rei, que falava esta semana na abertura da Casa provincial dos Líderes
Tradicionais, em Ulundi, norte do KZN, também solicitou aos ministros da
Administração Interna, da “Inteligência” (serviços de segurança) e da Polícia a
formularem um programa de formação para líderes religiosos, tradicionais, bem
como conselheiros sobre aos estrangeiros nas suas áreas de jurisdição.
Zwelithini tem estado
sob pressão desde que depois de um seu discurso em Phongolo, em finais de
Março, cidadãos sul-africanos começaram a atacar estrangeiros na região de
Durban.
No seu discurso
desta semana aos “Amakhosi” e “Izinduna”, o rei reiterou o seu apelo para o fim
dos ataques aos estrangeiros e disse que um processo de paz está prestes a ser
assinado com o Governo provincial, representantes de países africanos na África
do Sul, bem como líderes tradicionais.
“É meu desejo
que, sem qualquer perda de tempo, o governador de KwaZulu-Natal solicite todos
os embaixadores dos Estados africanos cujos cidadãos vivem nesta província,
para nos reunirmos”, salientou o máximo líder tradicional dos zulus.
Isto tudo, na
opinião de Goodwill Zwelithini, deve culminar num tratado de paz que designou
de "Processo de Paz Pública de KwaZulu-Natal ".
No mês passado,
pelo menos sete estrangeiros morreram, entre os quais três moçambicanos, e
milhares abandonaram as suas casas devido a uma série de ataques xenófobos,
sobretudo em Joanesburgo e Durban.