quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Do empreiteiro das obras do município de Quelimane Polícia recupera quantidades elevadas de combustível roubado

Duzentos litros de gasóleo (diesel) roubados da CETA Construções – empresa responsável pelas obras em curso no município de Quelimane, foram recuperados pela Polícia da República de Moçambique (PRM), na Zambézia. O combustível foi desviado por uma quadrilha composta por seis indivíduos, entre os quais funcionários do empreiteiro. A Polícia deteve apenas um dos integrantes da quadrilha. Os restantes cinco escaparam. A CETA Construções é o empreiteiro responsável pela execução das obras de reabilitação e ampliação do sistema de drenagem em curso na cidade de Quelimane. O combustível roubado faz parte de uma enorme quantidade adquirida pela empresa para dissolver o alcatrão e efectuar outras aplicações atinentes às obras em curso na cidade. A reportagem do Canalmoz tentou, sem sucesso, ouvir a empresa lesada. O único indiciado de roubo que está detido, nega seu envolvimento no crime e considera que a PRM está equivocada. “Eu não roubei nada, sou revendedor de combustível, a Polícia algemou-me quando eu ia vender meu produto no distrito de Namacurra”, refutou.

MITRAB desmantela rede de chineses ilegais que trabalhavam em Nampula

Mais de duas dezenas de trabalhadores ilegais de nacionalidade chinesa foram descobertos em Nampula a trabalharem ilegalmente em três empresas de capitais chineses. “Na empresa Synohedro, que se dedica à construção civil na Cidade de Nampula, foram suspensos 8 cidadãos chineses, nomeadamente Weng Yanjun, Dong Yanloe, Liu Feng, Wang Zhong Liang, Qiu Song Xia, Huagen Zhang, Zhong Bao Xu e Liu Peiwen. Na mpresa Sen Yu, Lda, da indústria transformadora de madeira, foram suspensos os expatriados Cong Wei Ran, Yutong Ge, Zhau Ongwei, Zhao Zhi Chang, Quiao Fang Ge, Wang Pei, Shanzong Ge, Win Qiu, Chen Zao Gen, Shao Chong Zhang, Gexiang Tiang e Wangxue Xin. A terceira empresa que empregava trabalhadores chineses, ilegalmente, é a Yidzhouno, igualmente dedicada à indústria transformadora de madeira. Nesta empresa foram detectados Junxin Chen, Jian Jun Ling e Huatrong Hui”, informou o Ministério do Trabalho (MITRAB). O desmantelamento aconteceu na passada terça-feira, como resultado de trabalho rotineiro da Inspecção do Trabalho na Província de Nampula. Todas as empresas infractoras foram multadas.

Mau ensaio da pré-campanha David Simango vaiado no concerto dos UB-40

O presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo e candidato à sua própria sucessão nas eleições de 20 de Novembro próximo, pelo partido Frelimo, acabou humilhado quando tentava aparecer em jeito de pré-campanha eleitoral, em pleno espectáculo da banda britânica UB-40, que teve lugar nesta terça-feira na capital do País, Maputo. O Gabinete de propaganda de David Simango quis usar o espectáculo e moldura humana ali presente para fazer uma espécie de apresentação de David Simango. O acto consistiria em David Simango subir ao palco para anunciar entrada dos UB-40. Só que quando David Simango subiu ao palco os espectadores simplesmente apuparam-no Sabe-se que David Simango é amplamente contestado, quer pelos munícipes assim como dentro da própria Frelimo, muito pela forma como tem dirigido o município. Desde que tomou poder, em substituição de Eneias Comiche a cidade e Maputo tornou-se num caos. O lixo e buracos simplesmente tomaram conta da cidade e incapacidade da actual gestão para lidar com o problema é visível. Porém, Simango goza de forte simpatia junto da ala pró Guebuza que neste momento “comanda as operações”. Na noite desta terça-feira e em pleno concerto dos Ub-40, na praça da Paz, David Simango foi humilhado. O seu actual assessor de imprensa, Narciso Faduco que também é o director do gabinete eleitoral de David Simango, foi quem anunciou a subida do edil ao palco. Daí seguiram-se momentos de apupos que deixaram o actual mayor de Maputo quase que desnorteado e arrependido de lá ter estado. Mais grave: para além dos apupos as pessoas chamavam pelo nome de Venâncio Mondlane, também candidato às eleições de Novembro próximo, pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

Ministro das Finanças demarca Governo no negócio dos navios

O ministro das Finanças, Manuel Chang, disse ontem que a compra dos 30 navios a uma empresa francesa está a ser feita por uma companhia de direito privado, com capitais do Estado, e não pelo governo moçam­bicano. Trata-se da Empresa Mo­çambicana de Atum (EMATUM), que se deverá dedicar à pesca do atum e protecção da costa maríti­ma, de acordo com o responsável. Manuel Chang explicou ainda que o Governo entrou no negócio como avalista, por considerar que o projecto é importante para o país, num contexto em que já não existe a captura do atum e em que a protecção marítima é feita por empresas estrangeiras. “Quem está a importar os barcos é uma empresa, tanto é que tem nome. Agora, não há dúvidas que nós, como Governo, achamos que o projecto é bom e damos todo o apoio que é necessário. A aquisi­ção desses barcos não tem nada a ver com o Orçamento do Estado. Não entramos com nenhum valor, mas avalizamos a operação, signi­ficando que temos que fazer tudo por tudo para que a empresa te­nha sucesso e o Estado não tenha que entrar”, disse o responsável das Finanças. Explicou também que a captu­ra do atum visa atacar o mercado internacional. “Em relação à captura do atum, uma vez que há em­presas que deixaram de praticar essa actividade, alguém tem de fazer... Não devemos deixar que esse nosso bem seja apropriado por estrangeiros”.