quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Antigo PCA da LAM implicado em um caso de corrupção

Processo de compra de aeronaves da Embraer pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM)


Um documento do Ministério Público Federal do Brasil denuncia nomes de personalidades moçambicanas, que estão envolvidas num esquema de pagamentos ilícitos pela empresa brasileira Embraer no processo de compra de dois aviões, pelas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).
O documento da justiça brasileira, divulgado pela internet, junta-se a outro publicado pela justiça norte-americana, que relatava uma investigação sobre pagamentos ilegais feitos pela empresa de fabrico de aviões brasileira, Embraer a executivos de companhias de Moçambique, República Dominicana e Arábia Saudita e Índia.
No caso de Moçambique, a Embraer vendeu dois aviões ao valor de 32 milhões de dólares cada. A empresa havia estimado que devia pagar entre 50 a 80 mil dólares de comissão a executivos da LAM. O pagamento da comissão, entretanto, estava a ser negociado por Mateus Zimba, que na altura não trabalhava na LAM, mas era Director da Sasol Moçambique, e que se colocou como consultor, nove meses depois do acordo de venda das aeronaves à LAM ter sido rubricado.
Entretanto, as comissões propostas pela Embraer foram rejeitadas. Segundo o documento, o então PCA da LAM, José Veigas ligou para um dos directores da Embraer, Luiz Fuchs e transcrevemos a conversa descrita no documento:
“José Viegas: Algumas pessoas receberam a proposta da Embraer como um insulto.
Luiz Fuchs: Que esperava da Embraer?
José Viegas: Nas actuais circunstâncias, penso em cerca de um milhão de dólares. Mas poderíamos nos safar com 800 mil dólares.
Luiz Fuchs: Mas não temos orçamento para consultoria
José Viegas: O preço da aeronave poderia ser elevado”.
E de facto, o preço de cada aeronave subiu de 32 milhões de dólares para 32 milhões e 690 mil dólares, para não comprometer os lucros da Embraer e garantir a comissão de 800 mil dólares. E para o efeito, Mateus Zimba criou a empresa Xihivele, Consultoria e Serviços, Limitada. Curiosamente, Xihivele em changana significa Roube-o. Esta empresa foi criada em São Tomé e Príncipe e assinou um contrato de representação comercial para venda de duas aeronaves E-190 apenas para a LAM e o contrato dizia que a promoção de vendas havia iniciado em Março de 2008.
Depois da entrega das duas aeronaves à LAM, a Xihivele emitiu duas facturas para a Embraer no valor de 400 mil dólares cada. Uma foi paga através de transferência de uma conta do CitiBank nos Estados Unidos da América, para o Banco Internacional de São Tomé e Príncipe, para crédito numa conta na Caixa Geral de Depósitos em Portugal e outra paga directamente em Portugal. O titular dessas contas era a empresa Xihivele de Mateus Zimba. Na contabilidade da Embraer, os 800 mil dólares foram registados como Despesas Operacionais Líquidas, mais especificamente como Comissão de Vendas. E a Xihivele nunca mais fez algum trabalho semelhante para a Embraer.

Entramos em contacto com o Engenheiro José Viegas para reagir ao caso, mas este disse que não tinha nada a dizer porque já passava muito tempo e há coisas de que não se recorda e que se sentia muito prejudicado pelo que é dito sobre ele neste caso, por isso, não estava em condições de falar à imprensa. Já Mateus Zimba não atendeu às chamadas


Escreveu jornal O País

Governo de Marracuene manda demolir muro de vedação da casa do jurista Carlos Jeque

Disputa entre jurista e moradores instalou-se há mais de três meses

O governo do distrito de Marracuene demoliu, na tarde de ontem, o muro de vedação que impedia a passagem de populares, no bairro 29 de Setembro, erguido pelo jurista Carlos Jeque.
A disputa entre a população local e o jurista instalou-se há mais de três meses, quando os residentes daquele bairro foram surpreendidos com a construção da vedação. Relatos dos populares indicam que a passagem existe há mais de 60 anos e é uma das principais vias de acesso para os nativos.
No mesmo local onde foi colocado pavê, também passam tubos de água que quase já não se veem.
Segundo o secretário do bairro, nos últimos encontros havidos entre o proprietário e o governo distrital, ficou acordado que Carlos Jeque devia suspender imediatamente a construção do muro de vedação, algo que não aconteceu. E, na tarde de ontem, não houve alternativa senão destruí-lo, a mando do governo do distrito.
No momento em que a demolição foi efectuada, uma das funcionárias do jurista encontrava-se no local. “Esta medida colheu-me de surpresa, uma vez que não recebi nenhuma informação sobre o assunto”, conta.
A população, por sua vez, diz que a posição tomada pelas autoridades foi acertada. “Por aqui reinava muita indignação e angústia”, desabafou um dos populares. “Várias foram as vezes em que nos vimos obrigados a arranjar vias alternativas para chegar aos nossos locais de trabalho, contra todos os riscos”, referiu outro residente.
A finalização da demolição da estrutura está prevista ainda para esta semana.

Donald Trump vai deixar vida empresarial

Trump anuncia a sua retirada para se dedicar exclusivamente à Presidência dos Estados Unidos


O Presidente eleito dos Estados Unidos da América, Donald Trump, usou, hoje, a sua conta no Twitter para anunciar a sua retirada dos negócios para se dedicar em exclusivo à Presidência.

“Irei deixar os meus grandes negócios na totalidade para me poder concentrar por completo na liderança do país, de forma a tornar a América grande outra vez”, escreveu Donald Trump na sua conta no Twitter, remetendo mais explicações para uma conferência de imprensa no próximo dia 15.

Trump justifica a medida alegando que acumular a Presidência dos Estados Unidos e a gestão das suas empresas causaria “conflito de interesses” e iria contra a lei, respondendo deste modo aos críticos que o exigiam a abandonar a sua vida empresarial.

Trump detém participações em mais de 500 empresas espalhadas por 25 países, incluindo a Turquia, Qatar e Arábia Saudita. De acordo com uma sondagem da CNN, seis em cada 10 inquiridos acreditam que o futuro Presidente dos EUA não fará o suficiente para evitar conflitos de interesses.

A fortuna do multimilionário ultrapassa os 10 mil milhões de dólares, segundo a declaração financeira entregue por Trump, durante a campanha à Comissão Federal Eleitoral.