Carlos Lopes, secretário-geral adjunto das Nações Unidas, disse que os países africanos devem preparar-se para um futuro em que a ajuda externa poderá escassear
O secretário-geral adjunto das Nações Unidas, Carlos Lopes, considera que os países africanos devem deixar de lutar para manter o estatuto de pobres como forma de ganhar ajuda externa para o desenvolvimento. Falando em entrevista a jornalistas no âmbito da 21ª cimeira da União Africana (UA), terminada esta segunda-feira em Addis Abeba, Carlos Lopes disse que os países africanos devem preparar-se para um futuro em que a ajuda externa poderá escassear.
“Não é possível que os países continuem a lutar para ter o estatuto de (país) menos avançado porque recebem ajuda”, disse Lopes, que é igualmente secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas (ECA) para África, segundo escreve AIM.
“Temos que mudar a mentalidade. Para aqueles que querem ser países de economia intermédia, devem começar a discutir o que isso significa. Significa, claro, estabilidade política, institucional, criar boas condições para o investimento; significa investir na educação duma forma diferente, etc.”, acrescentou a fonte