segunda-feira, 6 de abril de 2015

Supostos homens da Renamo julgados e ilibados



Chimoio

O Tribunal Judicial de Chimoio ilibou hoje, segunda-feira, cinco supostos membros da Renamo, detidos dia 25 de Março, acusados de promover tumultos que envolveram a Polícia e apoiantes de Afonso Dhlakama e que forçaram a transferência do comício do líder da Renamo para outro local.

Trata-se de Joaquim Eduardo Carvalho, Ilídio Domingos Mairosse, Horácio Fureque Gasolina, Ernesto Bingo Tomás e Armando Johane, de idades compreendidas entre os 17 e 35 anos.

O julgamento havia sido marcado para quinta-feira, mas passou para hoje, por causa da ausência dos representantes da Polícia da República de Moçambique (PRM) na sala de audiências.


Os acusados negaram o seu envolvimento e dizem nunca terem sido militantes da Renamo, afirmando que, na ocasião, apenas se encontravam de passagem pelo local.

Dhlakama nega autoria do ataque a Guijá e lança culpa às FADM



Tensão política

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, respondeu às acusações do governo provincial de Gaza sobre a autoria do ataque ocorrido na passada quinta-feira, no posto administrativo de Nhalaze, distrito de Guijá, na província de Gaza.

Dhlakama, que falava, sábado, na cidade da Beira, num comício para membros e simpatizantes do seu partido, disse que quem protagonizou o ataque foram as Forças Armadas de Defesa e Segurança (FDS), que tinham como alvo uma base das suas tropas na região de Nhalaze. “A Renamo foi bombardeada, não atacou”, disse Dhlakama.

O líder da “perdiz” disse que o contingente que atacou a base dos seus seguidores saía de Maputo e estava equipado de armamento de grande calibre. “Usaram metralhadoras, morteiro 60 e armas ligeiras”, detalhou.


Dhlakama acusou as forças governamentais de terem voltado a atacar as suas tropas, ainda em Guijá, o que está a gerar “nervosismo no seio dos seus comandos”.

Líder da Renamo compara-se a Nelson Mandela

Afonso Dhalakama, Presidente da Resistência Nacional Moçambicana


Afonso Dhalakama, Presidente da Resistência Nacional Moçambicana, afirmou ser o «Nelson Mandela de Moçambique», sublinhando ainda que fez tudo pelo seu povo.

«Já dei tudo ao meu povo, desde 1977, não é só Mandela da África do Sul, há mais ‘Mandelas’, que é o Dhlakama de Moçambique», disse o líder do principal partido da oposição num encontro com estudantes e académicos na cidade de Tete, no centro do país.

Afonso Dhalakama teceu ainda várias críticas ao partido que está no poder, Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), realçando que foi insultado e humilhado.


«Querem que África continue atrasada? Querem que os europeus, americanos, continuem a dizer que o africano continua atrasado em tudo?», questionou o presidente da Renamo em tom de ataque à Frelimo.

Chefe de Estado aponta a paz como prioridade de governação



Encontro com BAD

O Chefe de Estado, Filipe Nyusi, recebeu última sexta-feira, em audiência, uma delegação de directores do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a quem apresentou as prioridades da sua governação, particularmente a preservação da paz.

O encontro, que teve lugar em Maputo, surge na sequência de um pedido formulado pelo executivo do BAD e que tinha como principal propósito saudar o Presidente da República pela sua eleição como o novo timoneiro do país.

Em declarações à imprensa, minutos após o término do encontro, António Gaspar, assessor do Presidente da República para política e comunicação, disse que o estadista moçambicano aproveitou a oportunidade para apresentar à delegação do BAD o quadro das destruições provocadas pelas cheias que fustigaram o país durante os últimos três meses, bem com os desafios da actualidade, tais como o desenvolvimento do capital humano, segurança alimentar e aumento da produção agrícola.


“Falou também da democracia, tendo informado que, em Moçambique, pelo menos há regularidade na realização de eleições, o que significa que os pilares da democracia estão implantados”, disse gaspar.

Consumo de alimentos inseguros deixou 835 pessoas com diarreias



Mais de 835 mil pessoas foram-lhes diagnosticadas doenças diarreicas, em 2014, a maioria associadas ao consumo de alimentos não seguros. Deste universo, 132 440 estavam relacionadas à disenteria, doença inflamatória do intestino que causa fortes dores abdominais, e 480 à cólera. Os dados foram relevados, última sexta-feira, pela ministra da Saúde, no lançamento das celebrações do Dia Mundial da Saúde, que se assinala amanhã em todo o mundo.


Este ano, a efeméride será celebrada sob o lema “Alimentos seguros”, dada a preocupação mundial com o número de pessoas infectadas anualmente por doenças relacionadas ao consumo de alimentos não seguros. Aliás, Nazira Abdula explicou que o lema deste ano tem que ver com as alterações na produção de alimentos, distribuição e consumo, bem como do ambiente, que resultam no aparecimento de novos e emergentes microrganismos e na resistência a antibióticos.

Já não há rinocerontes no “Limpopo”



Caça furtiva

A acção dos caçadores furtivos no distrito de Massingir é de tal forma forte que eliminou por completo espécies como o rinoceronte, vítima do seu corno, bastante caro no mercado internacional. Fala-se de cerca de 60 mil dólares o quilograma deste “produto”, que é usado sobretudo na Ásia para a cura de algumas doenças, caso de alguns tipos de cancro.

“A última vez que entraram dois rinocerontes no Parque do Limpopo, vindos do Kruger, foi há dois, três anos, e só sobreviveram dois dias. Quando seguimos as suas pegadas no terceiro dia, já tinham sido mortos”, relatou um sul-africano que trabalha como assessor no Parque Nacional do Limpopo (PNL), que não quis ser identificado.

É um cenário desolador que se vive naquele ponto da província de Gaza. Na inexistência do que mais procuram, os caçadores furtivos fazem as suas incursões, actualmente, no Kruger Park, que fica a pouco mais de 50 km da vila-sede de Massingir. “Os sul-africanos matam”, advertiu Alberto Libombo, administrador de Massingir, que lembra que a polícia daquele país não tolera qualquer movimentação associada à caça furtiva.


De acordo com a fonte governamental, só em 2013, 13 moçambicanos foram mortos naquele país, e em 2014 o número fixou-se em sete. mas há quem diga que a realidade é bem pior do que a que as autoridades dão a conhecer.