quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Taxista moçambicano morre após ter sido amarrado e arrastado num carro da polícia sul africana
Um taxista moçambicano morreu na quinta-feira após agentes da polícia sul-africana o terem amarrado na parte traseira de um carro da corporação e arrastado cerca de 400 metros numa estrada alcatroada, noticiou hoje a imprensa sul-africana.
Imagens captadas por um vídeo amador e que estão a correr o mundo mostram Mido Macia, moçambicano de 27 anos, a ser detido por agentes sul-africanos, após uma discussão sobre estacionamento numa praça de táxi, em Davidton, na província de Gauteng.
De acordo com a Lusa, após Mido demonstrar resistência, para não entrar no carro celular da polícia, os agentes algemaram-no à parte traseira do veículo policial que, de seguida, se pôs em marcha, arrastando-o.
A versão oficial, segundo a Visão, é a de que os polícias detiveram o homem e o fizeram entrar para a carrinha para o levar para esquadra, não conseguindo explicar a causa da sua morte posterior.
Conforme as autoridades, o jovem foi detido por estar a pertubar o trânsito local.
Ainda de acordo com a Visão, a autopsia mostra que o Mido morreu com ferimentos na cabeça e hemorragias internas.
Sinistros saldam-se em 28 mortos numa semana.
Pelo menos 28 pessoas perderam a vida nos locais dos sinistros, outras 44 contraíram ferimentos, 28 das quais em estado grave como consequência de meia centena de acidentes de viação ocorridos semana finda nas estradas do país. Destes, 25 foram casos de atropelamentos, oito despistes e capotamento e quatro embates envolvendo carro e moto que se saldaram ainda em danos materiais avultados. Segundo a Polícia, o excesso de velocidade, a má travessia de peões e a condução em contra-mão são as principais causas destes acidentes.
Dois Jovens, de 18 e 23 anos de idade, acusados de tráfico de quatro menores.
Dois jovens, de 18 e 23 anos de idade, identificados pelos únicos nomes de Fred e Ogílio, respectivamente, caíram nas mãos da Polícia na 15ª Esquadra, na cidade deMaputo, acusados de tráfico de quatro menores. Na companhia da dupla foram encontradas quatro meninas, nomeadamente Cristina Honwana, Iolanda Guambe, Rabeca Benjamim e Micra Chirindza, cujas idades não foram reveladas. Suspeita-se que eles partiriam depois com as vítimas rumo à vizinha África do Sul.
Dois agentes da PRM roubaram 274 mil meticais
Dois agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) roubaram semana finda com recurso a igual número de armas de fogo, 274 mil meticais nas instalações da empresa Correios de Moçambique localizada no distrito de Marracuene, província de Maputo.
São eles Arlindo e José Trindade, guarda e cabo da Polícia, respectivamente, acabadosde ingressar na corporação e que exerciamas suas actividades em duas subunidades da Polícia na cidade de Maputo, cuja corporação não revelou.
O porta-voz da Polícia noComando-Geral da PRM, Pedro Cossa, disse que a corporação continuaimplacável contra todos os actos que não dignifiquem o trabalho da Polícia e garantiu que os agentes mereceriam uma punição exemplar.
“Estas acções não fazem parte da forma de actuação da Polícia de Moçambique e os infractores destas normas serão punidos severamente para que sirvam de exemplo aos outros. É uma vergonha para o Estado ter funcionário que desviam-se do seu trabalho para perpetrar este tipo de crimes”, afirmou o porta-voz.
Para Cossa, a maior responsabilidade destes actos é da comunidade que durante as consultas locais faz o Estado acreditar que os jovens candidatos à Polícia são meritórias de ingresso e que depois têm um comportamento que mancha a instituição.
“Trata-se de indivíduos desonestos que ingressam para a corporação com objectivos de roubar às pessoas ao invés de proteger, tarefa para a qual foram apurados. E como a Polícia não se compadece com estas acções, corre um processo disciplinar que vai culminar com a expulsão dos dois agentes”, acrescentou.
De referir que em Janeiro último, dois agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR) afectos à Brigada Central localizada no bairro Luís Cabral foram expulsos e detidos na cidade de Maputo acusados no crime de extorsão.
Plantio e venda de droga leva a cinco detenções
Cinco indivíduos que de dedicavam a plantação, consumo e comercialização de cannabis sativa, vulgarmente conhecida por soruma, foram detidos durante a última semana, nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane.
Os episódios aconteceram na mesma altura em que sete pessoas, cinco das quais de nacionalidade sul-africana e dois moçambicanos, foram detidas nas celas da 18ª esquadra da polícia na cidade de Maputo após serem encontradas com 300 “bolinhas” de cocaína no estômago, no Aeroporto Internacional de Mavalane.
O caso mais saliente deu-se na cidade de Maxixe, em Inhambane, onde Inácio, de 31 anos de idade, recolheu às celas do Comando Distrital da Polícia após ser encontrado com 1 280 quilogramas daquele narcótico armazenados em sua residência.
Já no distrito de Zavala, uma grande plantação de Soruma foi destruída e mais 50 quilogramas foram apreendidas nas terras de dois camponeses identificados pelos únicos nomes de Jossias, 50 anos e Rasande, 46, que acabaram detidos no Comando Distrital.
Segundo o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa, o plantio de cannabis sativa está associado à alta precipitação que se assiste em quase todo o país.
“Eu sempre disse que quando chega a época agrícola alguns camponeses dedicam-se ao cultivo de soruma, escondendo as plantas em baixo do milho, mandioca, mas a polícia sempre está atenta a estas situações para agir”, afirmou o porta-voz.
Em Bilene, província de Gaza, mais uma plantação de soruma foi deitada abaixo pelas autoridades policiais na machamba de um jovem de 29 anos identificado pelo único nome de Daniel. A venda e consumo de estupefacientes na província de Maputo, concretamente no distrito de Matutuíne estiveram na origem da detenção de Chassamba, 22 anos, encontrado na posse de 50 bolinhas.
“Os casos foram encaminhados às instâncias competentes para seguimento e os autores destes crimes vão responder em juízo. A polícia vai continuar a trabalhar para travar os focos deste crime”, concluiu.
Trabalhadores hoteleiros vítimas de injustiça laboral
Nos últimos dias têm sido reportadas, com alguma frequência, manifestações protagonizadas por trabalhadores do ramo hoteleiro, com maus-tratos, despedimentos arbitrários, agressões verbais e ou físicas com cunho racial à mistura como denominador comum.
O facto fez com que a nossa Reportagem ouvisse alguns trabalhadores que se dizem injustiçados, o patronato e a Inspecção do Trabalho. Estes afirmam não entender a razão de serem colocados nessa posição quando é o resultado do seu esforço que contribui para a riqueza que os seus patrões ostentam. Outros que aderiram ao direito de se manifestar viram os seus empregos sacrificados e hoje, sem rumo, procuram soluções. Depois das reivindicações dos trabalhadores do Nautilus da Matola, Imobiliária do CMC, cabe a vez aos trabalhadores do Restaurante Escorpião denunciarem arbitrariedades.
Homem cortou dedos a três meninos que lhe roubaram 1200 Mts
O homem que perpetrou um crime hediondo, ao cortar os dedos de três menores de 12 anos, que alegadamente lhe roubaram 1200 meticais no seu estabelecimento comercial, no distrito de Boane, província de Maputo, confessa ter agido de caso pensado para”discipliná-los”.
O indivíduo, de 38 anos de idade, identificado por Andrade Mário Chilaúle e residente no bairro Paulo Samuel Nkankomba, está desde terça-feira a ver o sol aos “quadrados” nas celas do Comando Distrital da Polícia naquele ponto da província de Maputo.
Tudo começou quando a tripla composta por Jorge Manuel, Luís Armando, ambos de 12 nos e Moisés Victor, 11 anos, dirigiu-se à barraca de Andrade onde se diz que furtou, na sua ausência, pouco mais de 1200 meticais e voltou à rua, onde se encontrava a brincar.
Quando ele apercebeu-se do tal roubo, pressionou os meninos para que indicassem o “ladrão” e estes confessaram ter retirado apenas 520 meticais, segundo o porta-voz da Polícia no Comando Província em Maputo, Emídio Mabunda.
“Ele procurou os encarregados destes menores para informar lhes do sucedido e estes prontificaram-se a desembolsar o valor roubado, tendo uma das mães entregue 120 meticais, mas este recusou-se e afirmou que a única alternativa era amputar o dedo indicador a cada menino”, disse.
Sem hesitar, com recurso a uma serra de alumínio, usada para o corte de ferro Andrade diminuiu um dos cinco dedinhos da mão direita. “Ele diz que queria deixar uma marca para que no futuro elas se recordem que não podem retirar bens alheios”, acrescentou a fonte.
A neutralização de Andrade foi possível graças à denúncia de pessoas que presenciaram o acto. O caso foi encaminhado às estâncias competentes para apreciação e o detido será responsabilizado pelo crime de ofensas corporais voluntárias.
Polícia de Investigação Criminal emite mandado de captura contra Bakhir Ayoob
A Polícia de Investigação Criminal emitiu dois mandados de captura contra o empresário Mohamed Bakhir Ayoob. No primeiro, emitido no passado dia 15 de Fevereiro em curso, Ayoob é acusado de cárcere privado e extorsão, vulgo rapto, num processo que leva o número 760/13.
No segundo mandado de captura, emitido a 18 de Fevereiro, três dias depois do primeiro, Mohamed Bakhir Ayoob é acusado do crime de homicídio qualificado. Trata-se do processo 4072-B/12. Ayoob, soube “O País”, é acusado de ter promovido o assassinato do também empresário Momed Jassat, da Expresso Câmbios, ano passado, na avenida 24 de Julho, em Maputo, à saída de um prédio.
Tanto o primeiro como segundo mandado foram assinados por Januário Bernardo Cumbane, inspector da Polícia de Investigação Criminal e director da Polícia de Investigação Criminal, ao nível da cidade de Maputo.
Curiosamente, no mandado emitido no dia 15, o visado é tratado por Baquir Ayub, e, no segundo, por Mohamed Bakhir Ayoob. Mas, soube o jornal "O Pais", ambos os mandados visam a mesma pessoa.
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