segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Zimbabwe: Mãe está grávida do próprio filho
De acordo com o Zimbabwe Mail, uma mulher está a manter um relacionamento de três anos com o seu próprio filho e está grávida dele.
O jornal revela ainda que Betty pediu ao líder da vila onde mora, Mbereko Mabingo, para permitir o casamento alegando que está extremamente apaixonada.
A mulher começou a relação incestuosa com o seu filho, Farai Mbereko, quando ele tinha 20 anos. Betty explica que investiu fortemente na educação dos seus filhos e que é direito dele escolher a mulher com quem quer ficar.
Numa frase polémica, ela disse: “Deixem-me apreciar o resultado do meu próprio suor”, aos chefes da aldeia, justificando o casamento.
Os líderes entendem que tal união pode representar má sorte para os outros moradores e exigiram que a mãe termine com esse relacionamento ou ela será expulsa da aldeia.
Algumas universidades pesquisam o comportamento incestuoso. De acordo com a teoria de psicólogos especialistas na área, a relação entre familiares com laços tão próximos pode ser caracterizada como um grave problema comportamental que precisa ser melhor estudado.
Reabertura da Ponte de Boane Fim do martírio
Apesar das obras de reabilitação do drift de Boane terem terminado há muito tempo, só esta segunda-feira a ponte sobre o rio Umbeluzi, que liga o distrito de Boane com a vila-sede de Bela Vista, distrito de Matutuíne, província de Maputo, será inaugurada pela governadora provincial, Maria Elias Jonas. A população já há muito esperava por esta infra-estrutura e acredita que seja o fim do martírio.
Há dias o Canalmoz esteve em Massaca e testemunhou de facto que a obra estava pronta, mas os carros não podiam atravessar antes do corte da fita.
O desabamento desta infra-estrutura veio deteriorar as condições de vida da população dos povoados de Massaca “2”, “3”, “4” e “5”, Bairro Novo, no distrito de Boane, província de Maputo. Com a queda da ponte, ou seja, até ontem, domingo, estas zonas distavam cerca de 22 quilómetros da vila sede de Boane devido à volta que os poucos carros que enfrentavam o drama da estrada via Mafuiane davam.
Falta um pouco de tudo nestes bairros, até água potável. Para sobreviver, fazem longas caminhadas até à barragem dos Pequenos Libombos com riscos de serem devorados por crocodilos. O transporte é assegurado por camiões de transporte de tomate idos de Matutuíne, Bela Vista ou Salamanga que passam ocasionalmente. A falta de energia e de produtos de primeira necessidade são entre as preocupações levantadas por aqueles habitantes.
Carlota Norberto, residente em Massaca “4”, disse que com a destruição da ponte pelas chuvas, a tubagem ficou danificada. Assim, caminha 4 quilómetros para alcançar um furo privado onde o bidão de 20 litros custa um metical. Mas como a energia na zona do furo oscila com frequência e não tem qualidade, é normal passar um mês sem a bomba funcionar.
“Antes deste operador abrir o furo, tirávamos água no Umbeluzi. Neste momento, tiramos água na barragem. Desafiamos os crocodilos. A bomba pública está avariada”, disse.
“Com a queda da ponte, para chegarmos a Boane pagamos 10 meticais, contra os anteriores 6 meticais. Somos obrigados a ir até à vila de Boane, para comprarmos produtos de primeira necessidade. Espero que, com a reabertura da ponte, haja mais transporte”, disse.
Artemisa da Conceição disse que às vezes atrasam à escola devido a longa distância aliada à falta de transporte. “Somos um grupo de 14 alunos que vive na mesma zona. Esperamos, com a reabertura da ponte,que haja carros”, disse.
Alberto Joaquim, residente em Massaca “3”, disse que devido a estes problemas, no ano passado houve um encontro orientado pelo então administrador em Boane, Zeferino Cavele, onde a população colocou os problemas de água, transporte e energia.
“Queremos TPM e FEMATRO. Há pessoas que saem de Massaca para estudar em Boane a pé. Pedimos que se dê continuidade ao projecto de água dos chineses, já abandonado. Consumimos água suja”, disse.
Distrito de Massinga Fundo de Infra-estruturas Distritais usado na construção da sede do partido Frelimo
Aconteceu no distrito de Massinga, na localidade de Lihonzuane. O valor do Fundo de Infra-estruturas Distritais alocado para as obras do Estado foi desviado para construir a sede do partido Frelimo, nesta localidade. A informação consta do Relatório do Rastreio da Despesa Pública da autoria do Centro de Integridade Pública (CIP) que foi tornado público este domingo.
“Um facto preocupante é que uma das salas de sessões construídas em Lihonzoane serve para a realização de encontros do partido Frelimo, para além de que parte do fundo alocado para infra-estruturas distritais serviu para reabilitar a sede do partido Frelimo na mesma localidade”, lê-se no relatório.
O mesmo relatório refere ainda sobre desvios de aplicação do fundo de infra-estruturas distritais para fazer obras de última hora nas vésperas da visita presidencial.
Segundo o relatório do CIP, das sete obras executadas em 2012 no distrito de Massinga, apenas três, nomeadamente a reabilitação e ampliação do edifício do Serviço Distrital da Saúde, da Mulher e Acção Social, a reabilitação da residência oficial do administrador e a reabilitação de 4 residências para funcionários na localidade de Rovene é que constavam do PESOD (Plano Económico e Social Distrital). “As restantes actividades não constavam, mas foram realizadas aquando da visita presidencial”, denuncia o trabalho da instituição.
Flagrado a subornar procuradora Partido Frelimo sai em defesa do seu candidato em Moatize
O escândalo do candidato da Frelimo em Moatize, Carlos Portimão, que foi apanhado em flagrante delito a subornar a procuradora local, Ivânia Mussagy, está a causar enorme preocupação e interpretação de vária ordem sobre o comportamento do agora candidato. Mas a nível do partido Frelimo, o caso está, estranhamente, a ser encarado com a maior naturalidade do mundo, e já tem, até, um nome simpático: “acidente de percurso”.
Em entrevista ao Canalmoz, o porta-voz do partido Frelimo, Damião José, disse que o que aconteceu em Moatize é um “acidente de percurso” e não vai de maneira alguma colocar em causa a reputação do candidato da Frelimo, Carlos Portimão.
Damião José, que é também secretário para a Mobilização e Propaganda do partido Frelimo, confirma a tentativa de suborno à procuradora por parte do candidato da Frelimo e diz que a Imprensa reportou o caso de forma deturpada e colocou o candidato da Frelimo numa situação de vilão.
O porta-voz do partido Frelimo diz que o candidato Carlos Portimão de facto tentou “oferecer dinheiro” à procuradora, mas não com a intenção de suborná-la, mas para agradecer pelo facto de o “irmão” ter sido colocado a aguardar pelo julgamento em liberdade. “Foi um momento de emoção e ele queria agradecer e não subornar”, disse Damião José, sem tecer mais comentários sobre agradecimento monetário a magistrados em caso de liberdade condicional. “Mas é uma questão já ultrapassada e os munícipes de Moatize já perceberam que foi um mal-entendido”,disse.
Os factos
O candidato do partido Frelimo à presidência do município de Moatize, Carlos Portimão, foi detido no dia 26 de Setembro pelas 11 horas ao tentar subornar a procuradora distrital, Ivânia Mussagy, pelo valor de cinco mil meticais. Foi detido em flagrante delito. Habituados a uma magistratura servil, o partido Frelimo foi encontrado em contra pé com a detenção do seu candidato e teve de agir ao mais alto nível. Segundo ficou a saber o Canalmoz, houve até a intervenção do próprio procurador-geral da República, Augusto Paulino, e do secretário do Comité Central para Verificação de Mandatos, José Pacheco, que também é ministro da Agricultura, para que Carlos Portimão fosse solto, porque à partida já não podia concorrer.
Carlos Portimão foi julgado, sumariamente, e condenado a três meses de prisão convertidos em multa que pagou imediatamente, tendo sido solto e voltou a ser candidato.
Contrariamente ao que diz Damião José, o próprio visado concedeu uma entrevista ao Canal de Moçambique onde confirma que tentou oferecer dinheiro à procuradora para alegadamente a magistrada “parar de incomodar” o seu “irmão” que está a aguardar o julgamento. O “irmão” – na verdade: primo – do candidato da Frelimo está envolvido num contencioso judicial que tem como pomo um acidente de viação.
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