segunda-feira, 15 de maio de 2017

Província de Maputo: Instaurados 16 processos-crime contra 22 funcionários corruptos

A PROCURADORIA Provincial de Maputo investiga 22 funcionários e agentes do Estado acusados de envolvimento em esquemas de corrupção. 

Trata-se de trabalhadores dos sectores da Saúde e da Educação, agentes da Polícia da República de Moçambique, Conselho Municipal da Matola e do Núcleo Provincial de Combate ao SIDA, indiciados de desvio de fundos e branqueamento de capitais.

Segundo a Procuradora-chefe provincial de Maputo, Evelina Ngomane, já foram instaurados 16 processos-crime e neste momento a instituição trabalha no sentido de flexibilizar a tramitação destes processos com vista à responsabilização dos implicados.

A fonte explicou que foram definidas estratégias de colocar magistrados direccionados para trabalharem em matérias ligadas à corrupção, aos crimes ligados ao branqueamento de capitais e económicos.

Neste contexto, “a magistratura definiu magistrados que vão só trabalhar nessas matérias e acreditamos que vamos conseguir melhorar a tramitação desses processos e a sua flexibilidade”, disse Evelina Ngomane  falando à Rádio Moçambique.

Música Moçambicana De Luto - Morreu baixista Nocas

MORREU na madrugada de hoje, no Hospital Central da Beira (HCB), o baixista Carlos Hernane Vaz, mais conhecido nos meandros da música nacional por Nocas.

O facto foi confirmado ao nosso jornal pelo seu colega Jorge Mamad, tendo explicado que Nocas deu entrada no HCB depois de lhe ter sido diagnosticado uma malária cerebral.

“Mas já estava muito debilitado e não falava. No HCB tudo foi feito pelo pessoal médico, até chegou a estabilizar-se, mas foi por pouco tempo e esta madrugada perdeu a vida”, contou Jorge Mamad.

Em Junho de 2016, Nocas juntou amigos e colegas, entre os quais Jorge Mamad e Jah Bee, para uma exibição nos estúdios da Televisão de Moçambique na Beira. A ideia era de assinalar os seus 34 anos de carreira, uma ocasião que coincidiu com os seus 50 anos de idade.

Nocas começou a tocar guitarra em 1977, com o seu pai. Na altura tocava viola ritmo, mas depois passou a tocar baixo, instrumento com o qual se identificaria até ao fim da sua vida.

Para além de concertos em que tocou como convidado, Nocas passou por várias bandas como Satélites, Oceana e Rastilho. 

Em 1996, com a banda Rastilho, gravou a primeira cassete de música “zouk” na Rádio Moçambique, intitulada ‘Mwatho Mwuno”. Integravam esta banda o guitarrista, compositor e intérprete Jorge Mamad, o baterista Dionísio e o teclista Justino Macadona, que mais tarde gravariam um CD com o mesmo título. Em 2005, o baixista viria a gravar o seu disco a solo.

Um dos seus maiores sonhos era a abertura de uma escola para ensinar os mais jovens a tocar viola. O finado deixa dois filhos menores.
                                                                                                                                                                      
À família enlutada a Redacção do Jornal urbano endereça as mais sentidas condolências.