MORREU na madrugada de hoje, no Hospital Central da Beira
(HCB), o baixista Carlos Hernane Vaz, mais conhecido nos meandros da música
nacional por Nocas.
O facto foi confirmado ao nosso jornal pelo seu colega Jorge
Mamad, tendo explicado que Nocas deu entrada no HCB depois de lhe ter sido
diagnosticado uma malária cerebral.
“Mas já estava muito debilitado e não falava. No HCB tudo
foi feito pelo pessoal médico, até chegou a estabilizar-se, mas foi por pouco
tempo e esta madrugada perdeu a vida”, contou Jorge Mamad.
Em Junho de 2016, Nocas juntou amigos e colegas, entre os
quais Jorge Mamad e Jah Bee, para uma exibição nos estúdios da Televisão de
Moçambique na Beira. A ideia era de assinalar os seus 34 anos de carreira, uma
ocasião que coincidiu com os seus 50 anos de idade.
Nocas começou a tocar guitarra em 1977, com o seu pai. Na
altura tocava viola ritmo, mas depois passou a tocar baixo, instrumento com o
qual se identificaria até ao fim da sua vida.
Para além de concertos em que tocou como convidado, Nocas
passou por várias bandas como Satélites, Oceana e Rastilho.
Em 1996, com a banda Rastilho, gravou a primeira cassete de
música “zouk” na Rádio Moçambique, intitulada ‘Mwatho Mwuno”. Integravam esta
banda o guitarrista, compositor e intérprete Jorge Mamad, o baterista Dionísio
e o teclista Justino Macadona, que mais tarde gravariam um CD com o mesmo
título. Em 2005, o baixista viria a gravar o seu disco a solo.
Um dos seus maiores sonhos era a abertura de uma escola para
ensinar os mais jovens a tocar viola. O finado deixa dois filhos menores.
À família enlutada a Redacção do Jornal urbano endereça as mais
sentidas condolências.
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