domingo, 18 de dezembro de 2016

Polícia duvida das tentativas de sequestro aos donos do Tiger Center

Bernardino Rafael diz que os proprietários do Tiger Center devem revelar à corporação os verdadeiros motivos da perseguição
Em menos de um mês, dois proprietários do Tiger Center, um centro comercial de venda de electrodomésticos, escaparam a duas tentativas de sequestro na cidade de Maputo. Aliás, um dos membros da família entrevistado pela nossa equipa de reportagem há dias disse que desde 2012 já sofreram quatro tentativas de sequestro.
Entretanto, o Comandante da Polícia ao nível da capital do país, Bernardino Rafael, diz que os proprietários do Tiger Center devem revelar à corporação os verdadeiros motivos de perseguição.
Questionado sobre a possibilidade de alocação de segurança especial àquela família, o comandante justificou que não é necessária e que a polícia está a proteger as pessoas de forma normal. Na mesma ocasião, Bernardino Rafael mostrou-se duvidoso quanto à veracidade do alegado sequestro de Danish Satar, que actualmente se encontra em parte incerta. “Não encontramos os dados que nos pudessem dar fundamentos que houve sequestro de Danish Satar. Mas estamos a trabalhar com outras instituições para apurar a verdade sobre o assunto”, explicou o comandante da cidade.
Recorde-se que Danish Satar, sobrinho de Nini Satar, é indiciado de ser um dos principais indiciados de ser mandante dos raptos.

Governo mobiliza recursos para dar assistência às vítimas das cheias

Época chuvosa 2016 – 2017
O Governo precisa de 650 milhões de meticais para assistir mais de um milhão de pessoas que poderão ser afectadas pelas cheias durante a época chuvosa 2016-2017. Para mobilizar recursos, foi realizada na última sexta-feira uma reunião com os embaixadores acreditados em Moçambique. Os parceiros prometeram ajudar.
A reunião técnica foi orientada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, e contou com uma apresentação do director-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) sobre os desafios e oportunidades do plano de contingência para época chuvosa que já iniciou, mas prevê-se uma maior incidência entre os meses de Janeiro a Março.
“No nosso plano fizemos a previsão de três cenários, sendo que o mais provável foi o segundo, cujas características são a ocorrência de ventos fortes, chuvas e cheias. Para responder aos efeitos destes fenómenos calculámos que são necessários 810 milhões de meticais, entretanto o Governo só tem disponíveis 160 milhões, por isso que temos estado a reunir com os nossos parceiros para mobilizar recursos. A experiência mostra que unidos somos fortes e podemos enfrentar os desastres de forma eficaz e salvaguardar a vida das pessoas e seus bens”, explicou João Machatine.
No final do encontro, Machatine fez saber que os parceiros prometeram ajuda, que poderá ser financeira ou em forma de kits de abrigo, de saúde, escolares, entre outros.

Detectada viciação do peso dos sacos de batata no Zimpeto

Alguns sacos chegam a pesar apenas oito quilogramas

Há sacos de batata com peso abaixo de 10 quilogramas no mercado grossista do Zimpeto, em Maputo. Alguns sacos chegam a pesar apenas oito quilogramas.
As irregularidades foram detectadas ontem, por um grupo de inspectores que esteve no local.
O trabalho teve especial enfoque na batata, uma vez que se trata de um dos produtos frescos mais procurados nos mercados, principalmente na quadra festiva.
Após recolher amostras e pesá-las, a directora nacional das operações do Instituto Nacional das Actividades Económicas (INNAE) explicou que o grande problema está com os retalhistas. “Após comprar os productos a grosso, os retalhistas diminuem as quantidades. Nos camiões não detectamos muitos problemas”, disse Virgínia Muianga.
Os vendedores que viram os seus productos a serem apreendidos, explicaram que o peso inicial é influenciado pela areia que vem na batata.
“Quando a batata é embalada na África do Sul é colocada com areia, por isso o peso é o ideal. Mas chegada aqui, nós tiramos a batata do saco e voltamos a colocar, então o peso baixa”.
Os sacos com peso adulterado foram apreendidos e serão encaminhados a centros de acolhimento.
A administradora do mercado, Ester Isabel, explicou que a fiscalização é constante. Paralelamente às acções da inspeção, a polícia municipal está a fazer uma campanha de sensibilização contra irregularidades na venda de produtos, apelando que as pessoas denunciem os casos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Restos mortais de Valentina Guebuza vão a enterrar amanhã


OS restos mortais da empresária Valentina Guebuza, assassinada na passada quarta-feira pelo marido, Zófimo Muiuane, vão a enterrar amanhã no Cemitério de Lhanguene, segundo determinou a família.
A Polícia confirmou ontem que Valentina Guebuza foi atingida por quatro tiros na sua residência, em Maputo, tendo perdido a vida a caminho do hospital.
A malograda casou-se com Zófimo Muiuane em Julho de 2014, numa cerimónia que teve lugar na cidade de Maputo, sendo que da relação foi gerada uma criança, que actualmente tem pouco mais de um ano de idade.
Filha do antigo Presidente da República Armando Guebuza e de Maria da Luz, a malograda foi formada em Engenharia Civil na África do Sul, país onde começou a trabalhar como consultora na mesma área.
Iniciou-se nas lides empresariais em 2001, através da empresa Focus 21: Gestão e Desenvolvimento Limitada, desenvolvendo actividades em sectores como telecomunicações, transportes, banca, imobiliário, pescas e minas.
Em 2006 passou a liderar esta firma, assumindo as funções de Presidente do Conselho de Administração, na mesma altura em que a Focus 21 se torna uma holding.

Era também Presidente do Conselho de Administração da StarTimes Media, resultado de uma parceria entre a chinesa StarTimes e a Focus 21 para a área da Migração Digital no país.

Julgamento do caso de agressão a Josina Machel adiado para Janeiro

Advogado Abdul Carimo espera emissão de mandato de captura caso o indiciado não compareça
O julgamento do caso de agressão a Josina Machel, filha do primeiro Presidente da República, Samora Machel e da activista Graça Machel, foi adiado para Janeiro.
O adiamento deveu-se à falta de comparência do réu, ex-namorado da vítima.
Josina Machel compareceu pontualmente às 09h30 de hoje ao tribunal do distrito urbano número um, na companhia da família, activistas, personalidades políticas, bem como do seu advogado, na esperança de ver a justiça ser feita sobre o homem que lhe deixou cega em olho. Porém, quando passavam 40 minutos da hora marcada para audiência, o acusado ainda não se fazia presente na sala de audiência. E, nessa altura, o advogado da vítima, Abdul Carimo, comunicou o adiamento do julgamento para 16 de Janeiro de 2017.
Abdul Carimo diz esperar uma emissão de mandato de captura, caso o agressor não compareça ao tribunal na próxima data marcada.
O adiamento do julgamento do caso da agressão de Josina Machel acontece na mesma semana em que um outro caso de violência doméstica culminou com a morte a tiro de Valentina Guebuza, filha do ex-Presidente da República, Armando Guebuza.

Família proprietária do “Tiger Center” denuncia perseguição por sequestradores

Criminalidade na cidade de Maputo
Familiares dos proprietários do centro comercial Tiger Shopping Center queixaram-se de perseguição e disseram tratar-se da quarta vez que um membro da família Rassul escapa a sequestro, desde 2012. Recorde-se que, no passado dia 14 de Novembro, outro proprietário do “Tiger” foi abordado por quatro criminosos, na garagem do estabelecimento comercial, mas não conseguiram concretizar o sequestro e colocaram-se em fuga, após a vítima gritar por socorro. Em 2012, outro membro da família que, por sinal, também é proprietário do “Tiger”, Asslam Rassul, escapou ao sequestro em frente à sua casa, o qual ofereceu resistência, quando foi abordado pelos criminosos, que acabaram por desistir, após se aperceberem da presença popular.
PRM diz ter pistas dos criminosos
A Polícia, que confirmou a ocorrência da tentativa de sequestro, diz ter algumas pistas dos criminosos que tentaram protagonizar os dois últimos sequestros. Orlando Mudumane explicou, ontem, que uma das principais pistas é a viatura, pois se presume que seja a mesma utilizada no caso do passado dia 14 de Novembro, quando os criminosos falharam o sequestro de outro membro da família Rassul, no parque de estabelecimento do “Tiger”. Mudumane revelou, ainda, que agentes da Polícia em patrulha, quando chegaram ao local, trocaram tiros com os criminosos, tendo alvejado um deles, mas os outros conseguiram socorrer o comparsa e fugiram.

“Há depositantes que ainda correm ao Moza Banco para retirar depósitos”

Governador do Banco de Moçambique diz não haver motivos para pânico
Ainda “há nervosismo” na banca. Os clientes do Moza continuam a retirar os seus depósitos do banco para os colocar noutras instituições bancárias, com medo de os perder, informou, esta semana, o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.
Apesar do Moza já ter recebido oito mil milhões de meticais do Banco Central para continuar a funcionar e estar a ser praticamente gerido pelo regulador financeiro, a instituição bancária está a ficar com menos depósitos, a cada dia que passa. Mas Rogério Zandamela diz que não há razões para pânico. “Moza Banco é um dos bancos mais seguros do sistema, porque está nas mãos do Banco de Moçambique. Para o Moza Banco quebrar, o Banco de Moçambique também teria de quebrar”, afirmou.
Entretanto, o governador do Banco de Moçambique diz que, na altura do anúncio da situação financeira degradada do Moza, o banco tinha problemas de disponibilidade de dinheiro para pagar, por exemplo, cheques dos clientes, mas agora isso não acontece.
A auditoria KPMG está a finalizar um trabalho de avaliação da saúde financeira do Moza, que deverá ser apresentado aos accionistas. É uma avaliação independente, depois daquela que o Banco Central fez, para dar credibilidade ao processo.
Após a apresentação do documento, os accionistas moçambicanos (com 51%) e portugueses (49%) terão uma última oportunidade para dizer se têm capacidade para recapitalizar o banco. Se não tiverem, o banco será imediatamente colocado à venda.
Depois da intervenção do Banco de Moçambique no Moza, o valor que os actuais accionistas devem investir para recapitalizar o banco aumenta em função da injecção de liquidez. E o Banco Central será o primeiro a ser reembolsado, após a recuperação.
Segundo Zandamela, o IFC, um dos braços do Banco Mundial, entra no processo de recapitalização ou venda do banco Moza para garantir que os novos investidores sejam credíveis, isto devido à dimensão da instituição internacional.
Se o Moza tivesse parado de funcionar no dia 30 de Setembro, à semelhança do que aconteceu com o Nosso Banco, o país estaria a viver agora “um terramoto ou tsunami financeiro”, referiu o governador do Banco Central, visto que o banco tem muitos clientes que são empresas e famílias espalhadas por todo o território nacional. Neste sentido, Zandamela diz que haveria uma corrida sem precedentes dos depositantes e credores para retirar dinheiro não só do banco Moza, mas também de outros bancos do sistema, porque haveria desconfiança no sistema bancário nacional, uma vez que não se explicaria que o Moza - que anunciou rácios positivos, liquidez, lucros e que era o banco de referência em finais de 2015 - fechasse as portas.

Avós voltam a desempenhar função de mãe para cuidar de netos órfãos


Moçambique é o segundo pior país do mundo para idosos viverem e envelhecerem
Com o aumento dos casos de HIV/Sida e acidentes de viação em todo o mundo, muitos pais estão a morrer, deixando números crescentes de crianças órfãs e vulneráveis aos cuidados dos seus avôs e outros familiares idosos: um dia cuidaram dos filhos e, hoje, cuidam dos netos.
Tal é o caso de Stela Malauene, 70 anos, que tem pela frente a responsabilidade de cuidar dos seus netos. Fixou residência no bairro Massaca 2, distrito de Boane, aquando da guerra civil que terminou em 1992.
Mora numa palhota construída há mais de 16 anos, com os seus seis netos órfãos de pai e sua filha. Um dos netos é Henriques, de apenas 14 anos de idade. Actualmente, não estuda, devido à falta de condições financeiras. “Tive que parar de ir à escola, porque nem a minha mãe, muito menos a minha avó, tem dinheiro para pagar as propinas”, disse, com semblante carregado de tristeza.
A sua progenitora, que se tornou mãe aos 12 anos de idade, também está na responsabilidade da avó. Hoje, com 31 anos de idade, não trabalha e diz que não teve a oportunidade de frequentar a escola. Segundo ela, a perda do marido, no ano de 2009, agravou a situação de dependência daquela família.
A septuagenária não beneficia de nenhum subsídio de acção social. Sem meios de sobrevivência, a família de oito membros vive na incerteza do que há-de comer a cada novo dia. “É comum dormirmos sem termos tido nenhuma refeição durante o dia todo. Às vezes, os vizinhos e pessoas de boa-fé têm prestado apoio”, desabafou.
É uma mulher que luta contra enormes adversidades no seu quotidiano. “Quando a chuva cai, somos obrigados a ficar de pé, para evitar que o pior aconteça”, conta.
Quem também não esconde a dor e a tristeza que carrega dentro de si é a vovó Palmira Sengo, natural de Gaza, que há quase 20 anos carrega a responsabilidade de cuidar dos seus 12 netos. A idosa é mãe de 11 filhos, seis dos quais perderam a vida, três sofrem de problemas mentais e três fixaram residência na vizinha África do Sul.
Apesar de ser beneficiária do apoio do Instituto Nacional de Segurança Social (INAS), no distrito de Boane, o mesmo revela-se irrisório, uma vez que o acesso se torna muito mais caro que o valor a receber.
A idosa recebe, no fim de cada mês, 610 meticais. Com o valor, não consegue mais do que um litro de óleo, que custa entre 80 e 90 meticais, um quilograma de açúcar, ao preço de 45 meticais, e quatro quilogramas de arroz, a 112 meticais. “Sobrevivo com base no trabalho que faço em pequenos campos de cultivo, uma actividade que não tem sido fácil realizar, devido à minha idade”, disse Palmira.
Segundo apurámos, os valores do apoio variam entre 310 e 610 meticais, dependendo do número do agregado familiar. Este ano, não houve nenhum registo de aumento do subsídio aos idosos.
Segundo o censo de 2007, de um milhão de idosos existentes no país, somente 17% são abrangidos por este subsídio social.

Moçambique é o segundo pior país do mundo para os cidadãos com mais de 60 anos de idade viverem e envelhecerem, num total de 96 países avaliados pela Help Age International, ano passado. Espera-se que o número de órfãos cresça mais 40 milhões, nos próximos 10 anos em todo o mundo.

Vafana va Unanga cantam para apoiar vítimas da explosão em Caphiridzange

Primeiro show realiza-se hoje no Centro Cultural Americano
A solidariedade não se expressa apenas de forma social, a cultura, sempre, intervém em quase todos assuntos. Esta, a descrever-se mais adiante, é uma delas. Para dar algum conforto às vítimas da explosão do camião-cisterna em Caphiridzange, província de Tete, os jovens do grupo coral Vafana va Unanga juntam-se a outros grupos corais, e não só, em dois espectáculos a fim de recolherem donativos através de performances artísticos.
O primeiro show a realizar-se hoje, às 18h00, no Centro Cultural Americano, vai juntar os grupos IPM, Avante e Anjos do Apocalipse, para cantar músicas com temas de caris social, sobretudo. Pede-se ao público um gesto de solidariedade, através de contribuições modestas como, por exemplo, um quilo de alimentos não perecíveis, que serão canalizados via Cruz Vermelha às vítimas de Caphiridzange.
O outro concerto, vai ter lugar no sábado (17), na Casa da Cultura do Alto-Maé, em Maputo. A iniciar às 18h00, o espectáculo será abrilhantado pelo coral Moz Dreams, pelo grupo Makwaela Hodi e pelo músico Jeremias Chamo. Neste convívio, tal como no outro, espera-se que se partilhem muitas emoções.
Fora a vontade de ser solidários, o grupo Vafana va Unanga vai lançar um single, que antevê o segundo álbum.  O valor arrecadado com a venda deste trabalho será revertido, em parte, para as vítimas de Caphiridzange.
Vafana va Unanga é um grupo que existe há sete anos e, como fruto do seu trabalho, tem o seu primeiro álbum de música gospel lançado em 2011. Após cinco anos sem lançar nenhum CD, os jovens dizem que amadureceram e estão preparados para mais uma aventura discográfica, desta vez, para honrar o tempo estagnado, será álbum duplo. Esse feito é prometido para o próximo ano. A contar com 20 faixas musicais, o segundo álbum vai trazer mais estilos musicais, para além do gospel que é característicos do colectivo.
A mudança de ritmos e mensagens na música dos Vafana va Unanga é resultado de um processo de amadurecimento. “Durante estes cinco anos, nós percebemos que a música coral não se limita apenas às igrejas, e começámos a actuar em casas de pasto. As nossas mensagens mudaram, agora também cantamos temas de festas, assuntos sociais e prevenção”, explicaram os artistas.
Mas enquanto o álbum duplo não chega, os amantes do canto coral estão convidados a juntar-se aos dois espectáculos, deliciar-se de boa música, adquirir o single e ajudar a quem precisa.

Trabalhadores portugueses ilegais suspensos em Beluluane

A Inspecção-Geral do Trabalho (IGT) mandou cessar todas as actividades, a dez cidadãos portugueses que se encontravam a trabalhar em Moçambique ilegalmente, na Província de Maputo. 

De acordo com a FOLHA DE MAPUTO, os visados foram surpreendidos a trabalhar fora do previsto pelos mecanismos legais sobre a matéria, na empresa MIM Moçambique, localizada na zona da Mozal, em Beluluane, que actua no ramo da construção civil.

A brigada inspectiva que se deslocou à empresa MIM Moçambique constatou que esta teria actuando à margem da lei, ao contratar trabalhadores portugueses que não foram autorizados aquando da apresentação do projecto ao CPI, entidade que aprova projectos de investimento em Moçambique.

Ao que a IGT apurou, na prática, a empresa possui um projecto de investimentos aprovado pelo CPI, que permite a contratação no âmbito da quota, neste caso vertente, de 5 trabalhadores estrangeiros, facto que não foi observado, porque a MIM Moçambique já tinha 15 trabalhadores, no mesmo âmbito da quota, o que significava que os 10 portugueses a mais só podiam ser contratados em regime de autorização, através de um despacho pessoal da Ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, depois de aferir que não há moçambicanos com aquelas qualificações ou, havendo, o número existente não satisfaz as necessidades do mercado do trabalho, segundo exige a respectiva legislação.

Aliás, a Lei nº23/2007, de 1 de Agosto (Lei do Trabalho), bem como o Regulamento relativo aos Mecanismos e Procedimentos de Contratação de Cidadãos de Nacionalidade Estrangeira, aprovado pelo Decreto nº55/2008, de 30 de Dezembro, deixam clara esta matéria e os investidores têm estes instrumentos como de cumprimento obrigatório.

Para além da suspensão dos dez trabalhadores portugueses surpreendidos a trabalharem acima do previsto, a empresa foi sancionada, nos termos previstos pela legislação vigente sobre a matéria de contratação de mão-de-obra de nacionalidade estrangeira.

A IGT tem vindo às empresas que queiram recrutar trabalhadores de fora para o mercado de trabalho moçambicano a apelar para a observância deste mecanismo, para evitar transtornos em caso da sua detecção irregular, como tem sido nos últimos dias, em diferentes quadrantes do país.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Personalidades moçambicanas condenam assassinato de Valentina Guebuza


Personalidades do ramo da política condenaram o assassinato de Valentina Guebuza e dizem que o acto evidencia fragilidades no combate à violência no país.
Durante a sessão plenária da Assembleia da República, a bancada parlamentar da Frelimo, na voz da sua chefe, Margarida Talapa, lamentou o ocorrido, que o classificou de violência contra a mulher. “A sociedade moçambicana é confrontada por uma atitude de agressão, violência doméstica contra a mulher, que culminou com a morte trágica desta jovem de grande humildade”.
Por seu turno, o governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, também lamentou o facto que disse constituir uma demonstração de violência. “É uma prova de que, de facto, a violência doméstica existe em Moçambique. É difícil saber o que se passa nas casas de cada um, mas o trabalho deve ser feito de tal forma que as pessoas entendam a necessidade de protecção mútua dos casais e não só, para que a solução de qualquer problema não seja com o fim da vida do outro”, considerou.
Patrício José, vice-ministro da Defesa Nacional, considera que independentemente do que terá havido entre o casal, nada explica o desfecho que teve. “Nada justifica que a solução seja esta. É de condenar, é repugnante”, lastimou.
Já a vice-ministra dos Transportes e Comunicações, Manuela Rebelo, também defende que nada justifica a retirada da vida de qualquer ser humano, e acrescenta que qualquer que for o problema, deve ser resolvido sem violência.

Cheques desaparecem misteriosamente do Conselho Municipal de Mocuba

Valor correspondente a um dos cheques já foi levantado do banco

Desapareceram dois cheques no Conselho Municipal de Mocuba. O primeiro cheque no valor de um milhão de meticais e outro no valor de novecentos mil meticais.
Este desaparecimento misterioso está a gerar polémica na governação da presidente do município Beatriz Gulamo, edil de Mocuba. Os referidos cheques desapareceram em Agosto deste ano, ostentando assinatura parecida a da presidente.
“Confirmo o desaparecimento dos dois cheques. Ainda não se sabe como desapareceram, a investigação ainda está sendo feita. Quando terminar, é que iremos saber”, disse a presidente do Município de Mocuba, Beatriz Gulamo.
Dos dois cheques em causa, um de um milhão de meticais o portador conseguiu levantar na cidade de Nacala, curiosamente o banco não tratou de perguntar ao conselho municipal sobre o referido valor. O segundo cheque não foi possível levantar por falta de cobertura. O caso de roubo já está na Procuradoria Distrital de Mocuba.
Por sua vez, o presidente da Assembleia Municipal de Mocuba, Artur Nirouca, deplora o desaparecimento dos dois cheques da contabilidade do conselho municipal e apela à justiça para rapidez no esclarecimento do caso.
Neste momento, aguarda-se o esclarecimento do caso para que a pessoa que cometeu tal acção responda pelos seus actos.

Divergências conjugais por detrás do assassinato de Valentina Guebuza

                                                  Empresária perdeu a vida ontem
A polícia acaba de reagir, oficialmente, à morte de Valentina Guebuza. Na conferência de imprensa registada esta manhã, em Maputo, as autoridades dizem que o motivo do crime, segundo contou o indiciado, sem entrar em detalhes, seriam divergências conjugais.
Valentina Guebuza foi assassinada com quatro tiros de uma pistola ilegal, adquirida na África do Sul pelo esposo, Zófimo Muiuane.
Além da pistola, a polícia conta que encontrou dois carregadores na residência do casal.
Quanto ao suposto suicídio do esposo da malograda, propalado nas redes sociais, as autoridades dizem que não corresponde à verdade. Neste momento, Zófimo Muiuane está detido numa das selas da PRM.

Notícia em desenvolvimento

Supostos criminosos barbaramente assassinados pela polícia em Maputo

   PRM diz que três indivíduos assassinados no Zimpeto são criminosos perigosos

Duas viaturas ligeiras em alta velocidade, acompanhadas de tiros, invadiram a Estrada Nacional Número 1 (EN1), em Maputo. De seguida, três corpos espalhados no chão, e todos ensanguentados, bem ao lado oposto ao Armazém Nacional de Medicamentos, no bairro de Zimpeto. Este foi o cenário vivido por volta das 19:00h da última terça feira naquele bairro.
Quando a nossa equipa de reportagem chegou ao local, apesar dos corpos já terem sido retirados, ainda eram visíveis poças de sangue e fragmentos do corpo humano, o que mostrava a violência do acto.
Na ocasião, nenhuma testemunha aceitou gravar entrevista, alegando temer represálias.
Hoje, a nossa equipa de reportagem voltou ao local e testemunhas descreveram o cenário como terror e pânico. As nossas fontes contaram que viram uma viatura ligeira a interceptar uma outra, cujas marcas não conseguiram descrever, tendo, de seguida, a mesma iniciado os disparos que resultaram na morte dos três indivíduos.
Os nomes das vítimas ainda não foram revelados. As nossas fontes, que preferiram falar na condição de anonimato, contaram que minutos depois do caso cinco pessoas vestidas à civil e com armas de fogo bem como colectes à prova de bala desceram da viatura da qual os disparos foram efectuados e começaram a isolar o local. Por sua vez, outros carros da Polícia, com agentes de protecção civil, começaram a chegar e a remover os corpos após uma perícia.
A situação gerou congestionamento por pouco mais de uma hora uma vez que os corpos das vítimas estavam estatelados quase na EN1, à espera de remoção.

PRM diz tratar-se de criminosos perigosos e reincidentes
Entretanto, o porta-voz do comando da PRM, ao nível da capital do país, disse, hoje, que as pessoas mortas faziam parte de uma quadrilha que trocou tiros com agentes após serem descobertas a tentar sequestrar alguém no centro da cidade. Aliás, Orlando Mudumane disse que ao todo eram quatro elementos pelo que um outro conseguiu escapulir-se. Mudumane explicou ainda que dois dos mortos são foragidos da cadeia de Mabalane, localizada na província de Gaza e que já fizeram parte de várias quadrilhas que se dedicavam a assaltos a mão armada. Mudumane disse também que a intenção não era matar mas os agentes agiram em legítima defesa.

Valentina Guebuza, filha do ex-presidente de Moçambique morta a tiro

            Valentina Guebuza foi morta pelo marido na noite da ultima quarta feira, em Maputo.
                                          Zofimo Moiane já terá sido detido pela polícia

  
De acordo com a polícia, Valentina Guebuza foi morta a tiro pelo marido, Zofimo Moiane, nesta quarta-feira, na capital do país.

Valentina Guebuza terá sido atingida por vários tiros. E enquanto se dirigia ao hospital para ser assistida, em Maputo, não resistiu aos ferimentos graves e morreu.

O marido estará detido numa das esquadras da cidade de Maputo.


Valentina Guebuza, que se casou em 2014, era conhecida como uma das princesas milionárias de África pelos vários negócios que detinha, era filha do antigo presidente da República, Armando Guebuza e Maria da Luz Guebuza.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

“Moçambique está entregue ao gangsterismo organizado”, Samo Gudo

Debate sobre as propostas do PES e OE 2017

O deputado da Renamo, que interveio no Parlamento, não tem dúvidas nenhumas, o país está entregue ao gangsterismo organizado, com gangsters actuando ao estilo al capone, num Estado contaminado com vírus da corrupção. Samo Gudo sustentou a sua tese focando-se nos vários nomes da administração que aparecem nas listas de pessoas corruptas, tendo, nesse capítulo, referindo-se às empresas EMATUM, MAM e os novos casos que envolvem as LAM .
Mas o deputado não ficou nisso. Ao longo do seu discurso, revelou uma percepção: “constatamos que o Governo eleva a paz como factor para garantir o alcance dos seus objectivos, mas no dia-a-dia faz o contrário, porque não está nada interessado com a paz, mas em eliminar o filho mais querido da nação moçambicana, Afonso Dhlakama, quem faz tremer os alicerces do regime”, disse Samo Gudo, acrescentando que a proposta do PES não é mais que um aglomerado de palavras, com erros infantis e cheios de truques para enganar as pessoas.
Não obstante, Ana Sithole, da Frelimo, na sua reacção, disse que as propostas do PES e OE devem ser analisadas tendo em conta o contexto actual que o país atravessa, com cultura de paz, de modo que os desestabilizadores do país se juntem por um objectivo comum, a luta contra pobreza, como tem feito o Governo.

Artistas moçambicanos juntam-se para cantar as beldades do país

Iniciativa é da Bang Entretenimento e foi lancada hoje através de diversas plataformas de comunicação

“Meus irmãos, o nosso país está a atravessar momentos difíceis, mas em nenhum momento devemos perder a esperança e principalmente temos que sempre, sempre, lembrar que Moçambique é ‘maningue nice’”, estas são as palavras que introduzem a música do projecto “A Malta”. Não podiam ser de outra voz, foram mesmo de Bang – mentor da iniciativa – mostrando assim que é necessário a união para o alcance da paz e o fim da crise financeira. 
A iniciativa que junta as grandes vozes de diferentes gerações da música moçambicana, pretende enaltecer a riqueza cultural, o potencial humano, e os recursos que o país tem como forma de mostrar que, realmente, “Mocambique é maningue nice”, aliás, é isso que diz um dos versos do coro.
O projecto foi abraçado por artistas que não passam despercebidos e que granjeiam simpatia de muitos moçambicanos. E não podia ser diferente. São eles: Lizha James, Doppaz, Dama do Bling, Liloca, Miguel Xabindza, Humberto Luís, Júlia Duarte e os mais velhos Roberto Chitsondzo, Roberto Isaías, Wazimbo, são para citar alguns.
Em entrevista ao programa Tarde Informativa da Stv Notícias, Bang disse que tanto o Presidente da República, Filipe Nyusi, como o presidente da Renamo, Afonso Dlhakama, estão interessados na paz e que não gostam da guerra. Entretanto, o empresário apela às partes a alcançarem consensos o mais rápido possível. Mesmo entendendo que esta campanha possa alcançar as partes, Bang é da opinião que a iniciativa deve inspirar toda a sociedade moçambicana. “Temos que nos unir, pois o nosso país é rico e tem inúmeras oportunidades”, realçou, destacando que os políticos devem fazer a sua parte, mas o grande objectivo é despertar a sociedade da necessidade da paz”.
O vídeo com cerca de cinco minutos pretende ser um hino para que as crises que o país enfrenta actualmente não se sobreponham as potencialidades de Moçambique e a vontade de vencer.

Oposição rejeita os programas apresentados pelo Governo

                   Bancadas parlamentares debatem sobre o PES e OE com acusações mútuas


Reunida em mais uma sessão, a Assembleia da República debate, sobre o PES e OE. Para o efeito, as bancadas parlamentares foram chamadas a intervir, deixando ficar mensagem de apoio ou de repúdio às propostas colocadas pelo Governo.
A primeira bancada a intervir foi da Frelimo, através dos pronunciamentos de Alberto Vaquina, quem sublinhou que seja qual for o problema que os moçambicanos tiverem uns com outros ou uns contra os outros, se destruírem Moçambique estarão a destruir a própria casa e os que vão sofrer com isso serão as famílias. Como se a indicar os caminhos para se evitar essa destruição, Vaquina defendeu que a proposta do OE vai permitir a resolução dos problemas do país, não todos, é verdade, mas será um passo, porque a construção de Moçambique está na mão de todos os moçambicanos.
Quem não foi muito nessa onda é António Muchanga, deputado da Renamo, que logo começou por criticar a incapacidade do Governo para chegar a consensos que garantam a paz no país. Mais uma vez, o deputado da Renamo acusou a Frelimo de não estar interessada com o dialogo, dizendo que as perseguições e assassinatos são acontecimentos que põem em risco a paz. Para Muchanga, o objectivo do Governo é enganar o povo. E os programas do PES e do OE devem ser chumbados porque concorrem para esse mesmo engano. No entanto, a Frelimo diz que é a Renamo que não quer a paz ao desencadear acções armadas no território nacional.
A terceira bancada do parlamento, o MDM, através da intervenção de Silvério Ronguane, disse que é urgente que os representantes do povo digam basta ao rumo desastroso que o país percorre ao precipício, com o orçamento feito para enriquecer uns, em detrimento do povo. Ronguane sugere que se chumbe os programas do PES e do OE e faça-se outro documento, desta vez, de salvação nacional.

Bancadas da FRELIMO e MDM divergem na avaliação de actividades anuais de 2016

Assembleia municipal de Chimoio

Bancadas da FRELIMO e MDM na Assembleia municipal de Chimoio, divergiram na manhã  desta quarta-feira (07) do mês de Novembro, quando avaliação das realizações anuais da edilidade no presente ano de 2016.
De acordo com chefe da bancada do MDM João Ferrão, está  na origem da divergência a não reabilitação do parque infantil 29 de Setembro, vedação do cemitério de Chissui entre outras.
Para Francisco Tomo chefe da bancada da Frelimo, avalia de positivo, as actividades da edilidade tendo como exemplos construção de infra-estruturas com destaque para Pontes, vias de acesso, drenagens entre outras realizações.
Na intervenção do presidente do Conselho Municipal de Chimoio, Raul Conde, disse que das 116 actividades planificadas já foram realizadas 99 dai que faz balanço positivo apesar da crise económica que afecta o país e a edilidade.


Por seu turno, o presidente da Assembleia Municipal de Chimoio, Manuel Sueta, sublinha que a edilidade tem condições para a produção de alimentos tendo citado a exploração da chamada zona da cintura verde.
Aliás, apelou também a preservação da paz e solidariedade com as vitimas da tragédia de caphirizaje na provincia de Tete centro de Moçambique, ao que chama todos membros da Assembleia Municipal a contribuírem para o apoio das mesmas.
De recordar que durante três dias, ou seja 7, 8 e 9, os membros da Assembleia Municipal de Chimoio, reunidos na V Sessão Ordenaria vão apreciar e aprovar o relatório, balanço das actividades de 2016 o plano de próximo ano de 2017 entre outras agendas.