Alguns guardas de
edifícios da cidade de Maputo pedem salários dignos para as actividades que
desempenham.
É a reacção de
trabalhadores ouvidos hoje pela Televisão de Moçambique a propósito da
celebração, na próxima sexta-feira, do dia Internacional do Trabalhador.
São guardas em
edifícios da cidade capital do país.
Augusto Cuiane,
vive no bairro de Dlhavela e trabalha na avenida Salvador Allende há onze anos.
Como trabalhador
deste edifício faz escalas de vinte e quatro horas por turno.
Quando um colega
falta ao serviço, Cuiane tem de dobrar a escala, fazendo no total quarenta e
oito horas sem descanso.
Trabalha como
guarda não por vontade, mas para sustentar os seus cinco filhos.
António Ngovene é
outro guarda.
Assim como
Augusto não gosta da actividade que desempenha.
Mas a falta de
emprego obrigou-lhe a optar por ser guarda.
Vive no bairro
Intaka e gasta de transporte mil e oitocentos meticais por mês para garantir o
sustento dos seus quatro filhos.
Porque o dia 1º
de Maio aproxima-se, estes trabalhadores aproveitam a oportunidade para falar
das suas vontades.
Augusto Cuiane
foi trabalhador durante doze anos da antiga fábrica Laurentina.
Quando a empresa
fechou restou para Augusto o emprego de Guarda.
Já António foi
antes motorista de transporte semi-colectivo de passageiros, vulgo chapa.
Os riscos que
corria todos os dias obrigaram-lhe a pensar noutro emprego.
A solução
encontrada foi ser guarda numa empresa de construção civil.
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