quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Polícia prende delegado político e candidatos à Assembleia Municipal do MDM
A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Gaza deteve na noite da última quarta-feira o delegado político e outros três membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), no município da Macia. Três dos quatro detidos são candidatos à Assembleia Municipal local.
Os presos são acusados de terem agredido três membros do partido Frelimo em retaliação à invasão protagonizada por aqueles à sede da Delegação Política do seu partido, naquele município.
Entretanto, A PRM na Macia já transferiu, da esquadra policial para a cadeia, os presos.
O MDM considera as detenções de ilegais, argumentando que os candidatos à Assembleia Municipal “gozam de imunidade e as detenções foram feitas de noite sem mandado judicial”.
"Queremos que a justiça seja feita e que os culpados sejam julgados pela forma como as detenções foram feitas e pelo abuso do poder", referiu o MDM em nota de Imprensa enviada ao Canalmoz.
As detenções ou diligências foram feitas ontem à noite. Contudo, a lei estabelece que as buscas e detenções devem ser efectuadas à luz do dia e não à noite, salvo em flagrante delito.
O comandante da PRM em Bilene, Isaías Parruque, em contacto telefónico com o Canalmoz confirmou as detenções dos quatro membros do MDM, argumentando que os mesmos "agrediram quatro jovens que neste momento estão hospitalizados no município da Macia".
O comandante Parruque negou que os detidos tivessem sido presos à noite da quarta-feira, dizendo que os mesmos foram deditos na manhã do mesmo dia.
"Por lei nós não temos mandato para fazer detenções à noite. O que fizemos foi esperar que amanhecesse para irmos fazer as detenções", disse Isaías Parruque, acrescentando que "na Polícia não há celas, por isso todos os presos são levados à cadeia".
Há 15 dias uma delegação de quadros do MDM reuniu-se com o Comando Geral da PRM para denunciar a má actuação da Polícia aos membros do MDM em quase todas as províncias e em particular em Gaza.
Na ocasião, a Polícia comprometeu-se a agir com isenção em defesa da lei para repor a legalidade.
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