quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Antigos operacionais do SISE amotinam-se no ministério dos combatentes
Antigos agentes dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) amotinaram-se, esta quarta-feira, defronte do Ministério dos Combatentes para exigir compensações justas. Os mesmos avisam que se não houver entendimento vão marchar até ao gabinete do Chefe de Estado, Armando Guebuza.
Depois do gabinete do primeiro-ministro, os desmobilizados dos Serviços de Segurança decidiram, esta quarta-feira, manifestar-se defronte do Ministério dos Combatentes, para pressionar o Governo a pagá-los uma compensação justa. É que nos princípios deste ano disponibilizou-se um valor por parte do Governo para pagar os antigos desmobilizados de segurança do Estado, mas o mesmo não chegou a ser pago na totalidade.
Os mesmos defendem que o que combinaram com o Governo não é o que está a ser pago e prometem lutar até ao fim.
“Nós somos desmobilizados da segurança do estado... fomos chamados para ser compensados pelos préstimos que demos na nossa juventude. Só que depois do chamamento para cá houve muitas ondulações na resolução do problema. O ministério dos combatentes não está a ser honesto e sincero nos pagamentos. Estamos agastados. Nove anos aquartelados e com a idade que temos não dá para estarmos no quartel. Há muita manobra e manipulação à volta deste processo. Por sabermos que há quem nos pode atender, viemos até aqui para apresentar esta preocupação”, lamentou o porta-voz dos antigos homens das “secretas”.
Outra questão levantada no encontro tem a ver com os sucessivos descontos feitos às viúvas, que os consideram “arbitrários”. “Não sabemos de onde veio essa orientação. Os documentos que assinámos com o Governo eram para todos, para os combatentes e órfãos receberem valor igual. Todavia, sem nenhuma explicação, as viúvas estão a receber valores descontados. Quando perguntámos disseram que existe um documento oficial no ministério das finanças que preconiza que as viúvas, de acordo com a data da morte do marido, fossem descontadas. Nós queremos ter acesso a esse documento”, desabafou.
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