quinta-feira, 30 de maio de 2013

Renamo diz que vai reagir a todas as tentativas de desarmamento dos seus guerrilheiros



A Renamo diz que vai reagir à força a tentativas de desarmar os seus guerrilheiros pela polícia da República, mas aceitará a desmobilização por via negocial. A discordância da Renamo a um desarmamento compulsivo do seu contingente residual foi reiterada pelo partido, numa conferência de imprensa sobre o incidente do último fim-de semana em Gorongosa, Sofala, em que, segundo as autoridades, nove membros da Força de Intervenção Rápida (FIR) ficaram feridos num tiroteio com guerrilheiros da Renamo. Porém, o principal partido da oposição diz que feriu 17 agentes da FIR, alguns dos quais terão morrido em consequência dos ferimentos.
O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, acusou o Governo pela ocorrência, por manter a FIR nas imediações da antiga base central do partido, na Serra da Gorongosa, onde o presidente do partido, Afonso Dhlakama, instalou-se em Novembro do ano passado, em protesto contra a alegada governação anti-democrática da Frelimo.
Dhlakama é guarnecido por homens armados, que não foram desarmados, no âmbito do Acordo Geral de Paz (AGP) de 1992, para garantir a segurança dos altos dirigentes daquele partido. “Quando exigimos que a polícia fosse retirada da Serra da Gorongosa era para desanuviar a tensão na zona e impedir uma hecatombe, que podia resultar de um confronto entre a polícia e os nossos homens”, afirmou Mazanga.

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