sábado, 16 de março de 2013
Ayob contradiz seu advogado e garante pagar indemnizações ainda este ano
Ayob Satar, que saiu da cadeia na passada segunda feira em liberdade condicional, contactou ontem o Canalmoz para dizer que está disposto a pagar indemnizações às vítimas do “caso Cardoso” e que inclusive já contactou o tribunal e os advogados das vítimas para o efeito.
O semanário Canal de Moçambique, do mesmo grupo editorial que o Canalmoz, destacou na sua última edição que as indemnizações às vítimas do “caso Cardoso” só seriam pagas daqui a 12 anos, conforme deixou claro o advogado de Ayobe Manuel Escurinho, Simeão Cuamba.
Cuamba disse, no dia em que os seus constituintes foram soltos, que eles “estavam insolventes” e que quando terminassem as penas (daqui a 12 anos) iriam pagar as indemnizações.
Estas palavras caíram mal em muitos quadrantes sociais e ontem o próprio Ayob veio esclarecer ou contradizer o seu advogado, explicando que vai pagar as indemnizações “agora”.
“Já contactei o advogado do motorista Carlos Manjate para discutirmos sobre as indemnizações. Ainda na próxima semana pagarei. Quanto à família Carlos Cardoso, já havíamos falado com o tribunal sobre a modalidade de pagamento. Aguardamos pela resposta, mas esta semana os meus advogados irão falar com a Dra. Lucinda Cruz (advogada da família Cardoso)”, disse Ayob num contacto com o Canalmoz.
Ayob disse que “as decisões do tribunal säo para serem respeitadas e cumpridas, por isso vamos pagar todas as indemnizações fixadas pelo tribunal da 1ª instância”.
Disse ainda que no ano passado o seu advogado e do seu irmão Nini Satar teriam feito uma proposta ao tribunal para pagamento das indemnizações, mas ainda aguardam pelo despacho do tribunal.
“Na quarta-feira contactei pessoalmente o Dr. Hélder Matlaba, advogado do motorista de Carlos Cardoso e no encontro que tive com ele conversámos sobre as indemnizações e possivelmente ao longo da próxima semana poderemos encerrar o assunto no que toca à indemnização do Sr. Carlos Manjate”, disse Ayob.
Sobre a família Cardoso, Ayob disse que ao longo deste mês “os seus advogados poderão entrar em contacto com a Dra. Lucinda Cruz ou tribunal para discutir os pagamentos”, afirmou Ayob explicando que ficou mais de um ano incomunicável no Comando da PRM da cidade, sem acesso ao seu advogado.
“Agora ultrapassei esta situação”, afirmou ao mesmo tempo que repetiu que é inocente neste caso, mas vai respeitar a decisão do tribunal.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário