Ecos do Comité
Central
A sucessão de
Armando Guebuza começou a ser traçada na tarde de quinta-feira, logo após a
saída da imprensa e de parte dos convidados, durante o processo da aprovação da
agenda da quarta sessão do Comité Central (CC) da Frelimo.
O jornal O País
teve acesso, através de fontes anónimas, do filme que se desenrolou na sala
grande da Escola Central da Frelimo. Zeca Morgado, membro do CC, terá sido o
primeiro a levantar a questão de sucessão, que até então parecia um mistério.
Após constatar
que a agenda proposta pela Comissão Política para a quarta sessão do CC ia ser
aprovada sem o ponto referente à sucessão na liderança da Frelimo, Morgado
interpelou a mesa, dirigida por Guebuza, e sugeriu que a matéria fosse
agendada. O argumento foi de que o assunto era tema de debate até nas
“barracas”, pelo que não fazia sentido que o CC ficasse indiferente.
Damião José,
porta-voz da Frelimo, foi das figuras que se mostraram contra o debate da
sucessão, advogando a continuidade de Guebuza na liderança da Frelimo até ao
término do seu mandato. As nossas fontes referem que Damião José chegou mesmo a
chamar de “Judas” os que defendiam a necessidade da passagem do poder
partidário a Filipe Nyusi.
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