segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Dhlakama recua e diz que não quer Guerra
O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, recebeu, este sábado, uma delegação do Observatório Eleitoral, no seu burgo em Santungira. A organização tentou refrear os ânimos do líder da Renamo e agendar o encontro com o Chefe do Estado, Armando Guebuza.
O líder da Renamo esclareceu que não quer a guerra e que a mensagem da Renamo foi mal percebida. Disse ainda que as conversações com o presidente da República têm de ser realizadas a 20 Km de Santungira. Eis as principais linhas da conferência de imprensa de Afonso Dhlakama:
A Renamo anunciou que está disponível para repetir a guerra de 16 anos, com o objectivo de salvar a democracia. É esse o caminho que o líder da Renamo quer?
A Renamo está disponível para que tenhamos eleições condignas, transparentes, mas através de uma lei boa e não esta fantochada. É boato a ameaça de que a Renamo quer fazer a guerra. Quando iniciámos a guerra em 1977 ninguém sabia quem era André Matsangaissa nem quem era Afonso Dhlakama. Não se avisa uma guerra.
O porta-voz da Renamo disse que o partido vai usar todas as forças físicas e intelectuais para salvar a democracia...
O que estamos a dizer é que se a Frelimo continuar a atacar-nos, a escravizar-nos e a adiar a esperança do povo, não restem dúvidas que podemos aceitar o sacrifício mais longo que o dos 16 anos. Foi isso que falámos na nossa mensagem de 4 de Outubro e ninguém falou da guerra.
Então, em nenhum momento a Renamo volta a pegar em armas?
Tenho netos e filhos. Quero conduzir o meu carro com a família e escrever tudo o que fiz durante os 16 anos para trazer a democracia. Com 60 anos, com cabelo branco, não preciso de pegar mais numa espingarda para disparar. Mas uma coisa é certa: sou ser humano e tenho segurança, se alguém vier me atacar, vou responder, para não apanhar o tiro em primeiro lugar.
Mas assim nasce a guerra.
Isso não é fazer a guerra. É exactamente isso que estamos a advertir. Nunca falámos da guerra. Outra coisa que pusemos naquele documento - para ficar claro - é a seguinte: se a Frelimo ou o MDM como amigos irem às eleições para brincarem com o povo de Moçambique, as consequências são deles.
Quais serão as consequências?
Não vamos reconhecer os órgãos, porque isso até é um processo inconstitucional.
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Gente chega de ameaças procurem se intender e deixe o povo viver em paz, basta àquilo que nos saquearam durante a luta.
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