sábado, 6 de abril de 2013
Estudante de Direito da UEM vira ladrão disfarçado de militar
Um jovem de 18 anos de idade, identificado apenas por Marcelo, estudante do primeiro ano do curso de Direito na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), recolheu há dias aos calabouços da 4ª esquadra da Polícia, na Matola, acusado de uso de falsas qualidades, segundo escreve hoje o matutino Notícias.
O estudante em causa usava fardamento militar com o intuito de ameaçar as suas vítimas e despojá-las dos seus bens. Com Marcelo foi detido um suposto primo deste, de nome Arlindo, um furriel das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), que terá facultado o uniforme àquele.
Arlindo, até então afecto ao Quartel da Moamba, veio a escapulir-se na tarde de terça-feira à saída do Ministério Público, para onde os dois tinham sido conduzidos para a primeira audição, encontrando-se neste momento em parte incerta.
Os dois jovens actuavam no bairro da Liberdade, onde ameaçavam os moradores e estudantes do curso nocturno da escola secundária com o mesmo nome. Marcelo nega o seu envolvimento em tais actos, admitindo apenas ter usado o uniforme por uma questão de ambição.
“Eu pedi ao meu primo para vestir o uniforme dele, ao que ele cedeu e ainda pediu-me para que fôssemos à escola falar com a minha sobrinha. Foi aí que a Polícia nos deteve e nos conduziu até aqui (esquadra)”, afirmou.
O porta-voz da Polícia no Comando Provincial em Maputo, Emídio Mabunda, esclareceu que a detenção dos jovens aconteceu graças à denúncia da comunidade local, que alertou a corporação sobre a existência de homens que se faziam passar por militares para semear terror.
“Em coordenação com a comunidade e algumas estudantes da escola foi possível identificar a dupla e neutralizá-la. Infelizmente, um deles se escapuliu na tarde de terça-feira e encontra-se em parte incerta”, explicou.
Mabunda garantiu que investigações prosseguem para a neutralização de outros possíveis comparsas do grupo e uma equipa multissectorial está a seguir as pistas para a sua localização e posterior responsabilização.
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